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Informativo eletrônico - Edição 1416 Quinta-Feira, 20 de março de 2014
 
Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Brasil criou aproximadamente 300 mil empregos até fevereiro de 2014

    Economia Internacional

  • Taxa de juros americanas pode continuar baixa mesmo após termino dos estímulos
  • Déficit de Transações Correntes dos EUA decresce e chega a 1,9% do PIB
  • Índice de Preços ao Produtor na Alemanha recua 0,9% em fevereiro

  • Brasil criou aproximadamente 300 mil empregos até fevereiro de 2014

    Foi divulgado na segunda-feira (17/03) os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) pelo Ministério de Trabalho e Emprego (MTE), que mostrou criação de 260.823 vagas em fevereiro de 2014, representando uma variação de 0,64% no nível de empregos formais no Brasil. Na série ajustada (que considera as informações entregues fora do prazo), o saldo gerado no acumulado do ano foi superior ao acumulado no mesmo período de 2013, mas inferior aos três anos anteriores. Tanto a Indústria de Transformação brasileira quanto a paulista apresentaram aumento do nível de emprego no mês (0,62% e 0,43% respectivamente). Já no acumulado no ano, a criação de empregos foi de 302.190 empregos, maior que na comparação com 2013, que no mesmo período criou 244.462 empregos.

    A indústria de transformação teve aumento de 0,62% em fevereiro em relação ao mês anterior, com a criação de 51.951 vagas. Os principais destaques positivos foram: alimentos (0,65%); calçados (2,13%) e química (0,74%). Por outro lado, o setor de material de transporte (-0,01%) apresentou um pequeno saldo negativo.

    Nesse primeiro bimestre de 2014, a indústria de transformação brasileira apresentou saldo positivo de 92.335 vagas, representando uma variação de 1,10%, superior ao gerado no mesmo período de 2013. No acumulado em 12 meses, a variação da indústria de transformação foi positiva em 1,49%, com a geração de 124.097 vagas no período. Com este resultado, a variável continua sua trajetória de acomodação.

    No Estado de São Paulo, o mês de fevereiro de 2014 apresentou saldo positivo de empregos, com a criação de 77.928 postos de trabalho, o que significou um aumento de 0,61% no nível de emprego em relação a janeiro.

    A indústria de transformação paulista apresentou resultado positivo, com a criação de 12.563 vagas no mês. Com isso, o nível de emprego apresentou variação de 0,43% em relação ao mês anterior. Os principais destaques positivos foram: alimentos (1,08%); calçados (4,61%) e têxtil (0,65%). Por outro lado, o setor de material de transporte (-0,44%) foi o principal destaque negativo. Nesse primeiro bimestre, acumulou um saldo de 31.322 vagas, representando um aumento de 1,09% no nível de emprego, porém com saldo inferior ao gerado no mesmo período de 2013 na série ajustada. No acumulado em 12 meses, o nível de emprego da indústria de transformação paulista ficou praticamente estável, aumentando apenas 0,05%, com a geração de 1.489 vagas no período.

    Quando comparamos os resultados do CAGED para indústria de transformação para o Estado de São Paulo com os da FIESP, temos um desempenho pior do segundo no mês de fevereiro (criação, no CAGED, de 12.563 vagas e, na FIESP, criação de 7.500 vagas). No ano de 2014, a geração foi de 31.322 vagas no CAGED enquanto foram geradas 14.000 vagas na FIESP. No acumulado em 12 meses, enquanto o CAGED aponta a abertura de 1.489 vagas, foram fechadas 42.500 vagas no período segundo a pesquisa da FIESP.

    Taxa de juros americanas pode continuar baixa mesmo após termino dos estímulos

    Na tarde desta quarta-feira (19/03), a reunião do FOMC (Federal Open Market Committee) realizada pelos agentes do FED (Federal Reserve, banco central americano) decidiu pela redução de mais US$ 10 bilhões de seu programa de compra de bônus mensal, ficando agora em US$ 55 bilhões (sendo US$ 25 bilhões em títulos lastreados em hipotecas e US$ 30 bilhões em títulos de longo prazo do Tesouro) – mas com a ressalva que o comitê irá provavelmente reduzir o ritmo de compras de ativos nas reuniões futuras, visto que a compra de ativos não estão em um curso pré-definido.

    As participações consideráveis e ainda crescentes do Comitê nos títulos de longo prazo deve manter a pressão sobre as taxas de juro de longo prazo, apoiar os mercados de hipotecas e ajudar a tornar as condições financeiras mais acomodatícias, o que por sua vez, devem promover uma recuperação econômica mais forte e ajudar a assegurar que a inflação convirja para a meta (2,0%).

    Apesar da redução, o comunicado do comitê confirma que no início de 2014, o crescimento da atividade econômica desacelerou durante os meses de inverno, em parte refletindo condições climáticas adversas. Apesar de ser considerada alta, a taxa de desemprego deve se reduzir aos poucos, e por isso a manutenção da acomodação da política monetária. Os gastos das famílias e os investimentos das empresas continuam a avançar, ao passo que a recuperação no setor da habitação permanece lenta. Outro ponto importante para a reunião foi a inflação, onde o comitê reconhece que continua abaixo de sua meta e podendo ser um fato de risco para o desempenho da atividade econômica.

    O FOMC também divulgou as projeções de seus 15 participantes para os indicadores macroeconômicos até 2016. Para 2014, as projeções atuais apostam em um crescimento do PIB entre 2,8% e 3,0%, inferiores ao intervalo de 2,8% e 3,2% divulgados nas projeções de dezembro. Em relação a taxa de desemprego, em dezembro o comitê apostava entre 6,3% e 6,6% para 2014, passando agora para o intervalo de 6,1% a 6,3% - com mínima de 5,2% em 2016. Já a inflação passou de 1,4% a 1,6% para 1,5% a 1,6%, se aproximando mais da meta, que pode ser atingida em 2015, cujas projeções para a inflação estão entre 1,5% e 2,0%.

    Em relação a taxa de juros das treasuries (títulos do tesouro americano), o comitê afirma que devem manter-se em torno de 0% a 0,25% de acordo com o desempenho da inflação e do emprego, e avaliando que provavelmente esta meta vai ser mantida por um tempo considerável mesmo após o programa de compra de ativos terminar. Apenas no longo prazo (acima de 2016) é que o juros deve deixar definitivamente este patamar e atingir cerca de 4,0%, conforme votado por 8 dos 15 participantes da reunião, sendo que os outros 4 apostam em juros em torno de 3,5%, 2 acreditam em 3,75% e os outros 2 em 4,25%, todos no longo prazo.

    Déficit de Transações Correntes dos EUA decresce e chega a 1,9% do PIB

    O déficit em Transações Correntes dos Estados Unidos (EUA) chegou a US$ 81,1 bilhões no último trimestre de 2013, de acordo com dados divulgados ontem (19/03) pelo Departamento de Análise Econômica (BEA) dos EUA, passando de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,9%.

    O déficit da Balança Comercial passou de US$ 178,4 bi no terceiro trimestre para US$ 171,8 bi no quarto trimestre. A diminuição desse déficit se deve a maior exportação de Alimentos e Bebidas, especificamente soja e a exportação de petróleos e derivados. Já as importações atingiram US$ 577,2 bi, ante US$ 576,2 bi no terceiro trimestre de 2013, principalmente devido às importações de peças para computador e componentes de aviação. Já o superávit da Balança de Serviços acelerou, passando de US$ 56,9 bi para US$ 57,9 bi no quarto trimestre, liderado principalmente pelas exportações de serviços financeiros.

    Índice de Preços ao Produtor na Alemanha recua 0,9% em fevereiro

    O Índice de Preços ao Produtor na Alemanha (PPI) recuou 0,9% em fevereiro de 2014, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados divulgados hoje (20/03) pelo Departamento de Estatísticas Oficiais da Alemanha (Destatis). Em janeiro, o índice recuou 1,1%, na mesma base de comparação, mostrando uma leve desaceleração da queda na leitura atual. Já na comparação com o mês imediatamente anterior, não houve variação em relação a janeiro, quando o índice recuou 0,1%.

    Os preços dos bens de consumo não duráveis avançaram 1,3%, enquanto que os bens intermediários recuaram 1,9% junto com energia, cujo recuo foi mais forte, de 2,6%, contribuindo fortemente para a queda do PPI em fevereiro.

     
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