

IPCA-15 acelera e acumula alta de 5,90% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), divulgado hoje (21/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou aceleração no mês de março ao variar 0,73%, frente a 0,70% em fevereiro. No acumulado de 12 meses, o índice mostrou forte aceleração na comparação com o mês anterior ao passar de 5,65% para 5,80%. Já no acumulado do ano, a alta chegou a 2,11%, taxa muito próxima àquela vista no primeiro trimestre de 2013 (2,06%).
Na abertura por grupos de despesa, a classe de Alimentos e Bebidas foi a principal responsável pela aceleração da taxa do IPCA-15 no mês de março, impactando em 0,27p.p. o índice geral ao ter seu nível de preços aumento de 0,52% em fevereiro para 1,11% nesta última leitura. Os itens tomate (28,53%), a batata-inglesa (14,59%), as hortaliças (12,72%), os ovos (3,07%) e as frutas (2,05%) levaram a aceleração do índice no mês. O grupo Transportes (de -0,09 % para 1,22%) após recuo no mês anterior voltou a subir na análise atual, visto as tarifas de passagens aéreas (27,08%) e de ônibus urbano (1,51%) registraram forte avanço na passagem de fevereiro para março. O grupo Vestuário também mostrou aceleração no seu nível de preços na passagem para março (de -0,68% para 0,19%), enquanto os demais grupos de produtos e serviços pesquisados mostraram desaceleração em suas taxas de variação em relação a fevereiro.
Por fim, dentre os índices regionais, Brasília apresentou a maior variação (1,26%), refletindo especialmente o aumento dos preços das passagens aéreas (51,65% com impacto de 0,84p.p.). O menor índice foi o de Recife (0,29%). A capital de São Paulo, que detém o maior peso dentre as regiões, evidenciou crescimento de 0,77% em março, perdendo ímpeto em relação aquele visto em fevereiro (0,87%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de fevereiro a 14 de março, e comparados com aqueles observados entre 16 de janeiro a 13 de fevereiro.

Confiança da Industria aponta terceira queda seguida em março
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado pela FGV nesta sexta-feira (21/03), sinaliza recuo de 1,7% neste resultado prévio de março, frente ao patamar visto em fevereiro – já expurgados os efeitos sazonais. Passando de 98,5 para 96,8 pontos, o índice completa a terceira queda seguida (acelerando frente a queda de 0,4% em janeiro e de 1,0% em fevereiro), além de permanecer abaixo de sua média histórica (105,2 pontos) pelo decimo terceiro mês consecutivo. O resultado é mais alarmante quando se comparado ao mesmo mês do ano anterior, visto que a previa da confiança em março mostrou recuo de 7,6% nesta base de comparação, denotando a forte perda da confiança dos empresários desse setor nos últimos meses.
A aceleração no recuo em março é reflexo da maior degradação da confiança do industrial tanto em relação ao momento presente, quanto as perspectivas futuras. O Índice de Situação Atual (ISA), que havia apresentado recuo de 1,3% em fevereiro, dobrou o recuo em março, para 2,6%, passando de 99,6 para 97,0 pontos, o pior resultado desde junho de 2009 (93,1 pontos). O Índice de Expectativas (IE), que havia recuado 1,9% em janeiro e 0,7% em fevereiro, apresentou queda de 0,8% nesta leitura atual, mostrando forte queda nas expectativas quanto a atividade do setor nos próximos meses. O índice passou de 97,4 para 96,6 pontos, muito aquém de sua média histórica de 104,4 pontos.
Em relação ao Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), o índice permaneceu em 84,6% pelo terceiro mês seguido nesta leitura de março, ficando também acima de sua média de 83,8%. Vale lembrar que a pesquisa, que foi feita com 808 empresas entre 06 e 18 de março, terá seu resultado final divulgado na próxima quinta-feira (27/03).



EUA: Indicador antecedente da economia americana avança em fevereiro
A Conference Board, associação de pesquisas global, divulgou nesta quinta-feira (21/03) sua pesquisa mensal de Indicadores Antecedentes dos EUA (Leading Economic Index, em inglês). De acordo com a leitura atual, o indicador mostrou crescimento de 0,5% em fevereiro, após exibir crescimento de 0,1% em janeiro e queda de 0,1% em dezembro.
Segundo os economistas da Conference Board, a alta de fevereiro indica que as volatilidades relacionadas ao clima foram de curta duração, e que a econômica deve melhorar seu desempenho na segunda metade do ano. Em fevereiro, foi visto aumentos nas licenças de habitação, bem como melhoras na indústria transformadora e nas expectativas do consumidor.
Já o Índice de Coincidente Econômica (The Coincident Economic Index, em inglês) avançou 0,2% nesta última leitura, acelerando frente aos resultados anteriores – 0,1% em janeiro e 0,0% em dezembro. O índice, que avalia mais a situação corrente, mostra que ritmo da atividade econômica permaneceu lento no início de 2014, tendo como principal desafio a demanda fraca do consumidor, ligado ao crescimento fraco dos salários.






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