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Informativo eletrônico - Edição 1418 Segunda-Feira, 24 de março de 2014
 
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Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado eleva inflação pela terceira semana seguida
  • Apesar da sutil melhora em março, empresário industrial paulista segue pessimista quanto a situação atual e os próximos seis meses

    Economia Internacional

  • Prévia do PMI mostra recuperação da atividade econômica europeia
  • Prévia da Indústria de Transformação chinesa mostra desaceleração em março

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Mercado eleva inflação pela terceira semana seguida

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24/03) pelo Banco Central, demonstrou revisão na maioria das principais variáveis macroeconômicas avaliadas. De acordo bom o boletim atual, as previsões do crescimento do PIB para 2014 permaneceram em 1,70%, ficando acima das estimativas vistas há quatro semanas (1,67%). Para 2015, as previsões do PIB permaneceram em 2,00% pela quinta semana.

    Em relação a inflação, a mediana das previsões do IPCA em 2014 se elevaram em 0,17p.p., chegando ao patamar de 6,27% esta semana, ante 6,11% semana passada e 6,00% a quatro semanas. A terceira revisão altistas segunda da inflação veio após a divulgação do IPCA-15 na última sexta-feira (21/03), onde seu valor acumulado em 12 meses saltou de 5,65% para 5,80%, acelerando em grande medida devido à alta nos preços dos Alimentos. As previsões se aproximam cada vez mais do teto limite da meta de inflação, de 6,50%.

    Em relação a taxa SELIC, após as previsões manterem-se por duas semanas em torno de 11,00%, o mercado elevou as projeções para o juros básico em 2014 para 11,25%, acreditando em novos apertos monetários por parte do Banco Central frente a pressão maior dos preços. Em 2015, o juros deve permanecer em 12,00%, patamar em que o boletim vem informando nas ultimas sete leituras.

    Já para a taxa de câmbio, o mercado continuou com a aposta de um taxa de R$/US$ 2,49 em 2014, enquanto para 2015, as projeções subiram sutilmente, de R$/US$ 2,54 para R$/US$ 2,55, retornando ao patamar visto a quatro semanas.

    As projeções para o déficit da conta corrente do balanço de pagamentos em 2014 passaram para US$ 75,00 bilhões, inferior ao resultado que se esperava na semana anterior (em US$ 76,00 bilhões). Em relação ao saldo comercial, o mercado que apostava em um superávit comercial de US$ 7,90 bilhões a quatro semanas, reduziu este montante para apenas US$ 4,71 bilhões nesta leitura, se aproximando cada vez mais do pior resultado visto em 12 anos registrado em 2013 (US$ 2,56 bilhões). Em 2015, as expectativas de superávit continuam em US$ 10,00 bilhões pela quarta semana seguida.

    Por fim, pela quinta semana, o mercado revisou para baixo o crescimento da atividade industrial brasileira em 2014, passando de 1,44% para 1,41% nesta última leitura, enquanto para o ano que vem o crescimento deve ser maior (3,00%).

    Apesar da sutil melhora em março, empresário industrial paulista segue pessimista quanto a situação atual e os próximos seis meses

    O Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI – SP), divulgado sexta-feira (24/03) pela FIESP, avançou para 45,9 pontos em março, ficando ainda distante do nível de estabilidade (50 pontos), mantendo-se pelo sexto mês em quadro de pessimismo. O resultado continua bem abaixo da média histórica (54,7 pontos), e o avanço de apenas 0,4% registrado em março foi insuficiente para anular a queda vista em fevereiro (4,0%). Na abertura por porte, houve alta apenas para as grandes empresas, ao passo que as pequenas recuaram no período e as medias ficaram estáveis.

    O ICEI – Brasil, na mesma base de comparação, após três quedas seguidas registra seu primeiro avanço nesta última leitura. Desta vez, o índice mostrou crescimento de 0,1 ponto, passando de 52,4 para 52,5, indicando que o empresariado industrial brasileiro segue otimista. Nesta terceira leitura do ano, indicador brasileiro segue acima do nível de estabilidade (50 pontos), ao passo que o paulista ainda continua abaixo deste nível, divergências que foram vistas nas ultimas cinco leituras. Cabe ressaltar, entretanto, que o resultado nacional se mantem na zona de otimismo devido às boas expectativas para os próximos meses (Índice de Expectativa – 56,4 pontos), visto que as condições correntes mostram claro pessimismo por parte dos empresários (Índice de Condições – 44,7 pontos).

    Nos últimos seis meses a confiança do empresário paulista segue em ritmo de contração, patamar em que o ICEI-SP mantem-se ainda neste terceiro mês de 2014 abaixo da marca de estabilidade (50 pontos), ainda longe de qualquer melhora sustentável na confiança deste empresário, principalmente em relação as situação atual. Os indicadores relativos às condições atuais apresentaram nova queda no mês, (-0,2 ponto), estando em cenário pessimista desde março de 2011, impactando na baixa atividade industrial vista nos últimos meses. Por fim, o indicador referente às expectativas, por sua vez, continuam abaixo dos 50 pontos pela segunda leitura, deixando de ser o ponto positiva para os empresários, que cada vez mais veem suas esperanças para a economia brasileira diminuírem.

    Os últimos resultados ruins ficam ainda mais claros quando se comparados com aquele vistos no mesmo meses do ano anterior. De acordo com a leitura atual, o ICEI-SP (45,9 pontos) se situa 13,1% abaixo do patamar visto em março de 2013 (52,8 pontos), reflexo das quedas de 13,8% nas condições atuais, além da perda de 13,1% das expectativas futuras.

    Prévia do PMI mostra recuperação da atividade econômica europeia

    A prévia do Índice de Gerência de Compras composto (PMI) da Zona do Euro apresentou uma leve desaceleração em março, chegando a 53,2, ante 53,3 na prévia de fevereiro, de acordo com dados divulgados na manhã de hoje (24/03) pelo instituto Markit. A prévia do PMI de Serviços também sofreu uma leve desaceleração, atingindo 52,4 em março, ante 52,6 pontos na prévia de fevereiro. Já o PMI da Indústria de Transformação chegou a 53,0 pontos em março, assim como os outros dois índices, desacelerando em relação à prévia de fevereiro (53,2). Todavia, os índices permanecem acima de 50, indicando crescimento das atividades econômicas.

    A maioria dos índices que compõem o PMI mostrou crescimento na prévia de março. Novas encomendas, que representa 30% do PMI composto, obteve vigoroso crescimento, chegando ao maior nível em 34 meses. Emprego, que representa 20% do índice, apesar de não ter mostrado um crescimento marginal forte, continua avançando, representando a melhora na situação econômica na Zona do Euro.

    A Alemanha apresentou um índice PMI composto de 55,0 pontos em março, abaixo da leitura anterior (56,4), mostrando uma pequena desaceleração do índice. Tanto o PMI de Serviços quanto o PMI da Indústria de Transformação apresentaram desacelerações, chegando a 54,0 pontos e 57,0 pontos, respectivamente. Já a França apresentou um crescimento robusto, passando da Zona de Contração para a Zona de Crescimento, passando de 47,9 em fevereiro para 51,6 em março, no PMI composto. O PMI de Serviços francês chegou a 51,4 pontos, enquanto que o PMI da Indústria de Transformação foi de 51,9 pontos.

    De acordo com o economista-chefe da Markit, Chris Williamson, a atividade econômica na Zona do Euro pode mostrar o melhor crescimento desde o segundo trimestre de 2011, com a Alemanha mantendo o ritmo de crescimento e a França mostrando uma melhor estabilização econômica, afetando assim, o resto da região.

    Prévia da Indústria de Transformação chinesa mostra desaceleração em março

    Foi divulgado na madrugada de hoje (24/03), a prévia do Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação da China, que chegou a 48,1 pontos, ante 48,5 da prévia em fevereiro, de acordo com dados divulgados pelo instituto Markit. Saída de produtos finais, novas encomendas, emprego, estoques e quantidades de compras mostraram decréscimo na margem, trazendo o índice para baixo, enquanto que novos pedidos para exportação houve acréscimo.

    De acordo com o economista-chefe Hongbin Quo do HSBC, instituição financeira que junto com a Markit prepara o PMI, a prévia de março mostra que a China passa por uma desaceleração no crescimento econômico, já que a atividade econômica chinesa passa por um monte de transição entre a Indústria e o Consumo, reduzindo a possibilidade de um crescimento vigoroso.

     
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