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Informativo eletrônico - Edição 1419 Terça-Feira, 25 de março de 2014
 
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Economia Brasileira

  • Déficit de transações correntes permanece em 3,7% do PIB em fevereiro

    Economia Internacional

  • Economias avançadas puxam comércio mundial em janeiro
  • Índice do Clima de Negócios da Alemanha recua em março
  • Inflação do Reino Unido chega a 1,7% em fevereiro no acumulado em 12 meses

  • Déficit de transações correntes permanece em 3,7% do PIB em fevereiro

    O saldo de transações correntes apresentou um déficit de US$ 7,4 bilhões em fevereiro, de acordo com dados divulgados ontem (25/03) pelo Banco Central do Brasil (BCB). No acumulado em 12 meses, o déficit atingiu US$ 82,5 bilhões, equivalente a 3,69% do Produto Interno Bruto (PIB). Já a conta financeira teve ingresso líquido de US$ 7,6 bilhões, sendo que a parcela dos investimentos diretos apresentou entradas líquidas de US$ 4,1 bi. Apesar disso, o balanço de pagamentos obteve superávit de US$ 222 milhões no mês passado.

    A balança de serviços, tradicionalmente deficitária, apresentou saldo negativo de US$ 3,5 bi em fevereiro, mostrando um aumento de 11,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Contribuiu fortemente o item de "viagens internacionais", com despesas líquidas de US$ 1,3 bi, 6,9% maior frente a fevereiro de 2013. Outros destaques se deram com "aluguel de equipamentos", "royalties" e "licenças e seguros", que aumentaram na comparação interanual 15,8%, 62,7% e 69,1%, respectivamente.

    Os investimentos estrangeiros diretos tiveram ingresso líquido de US$ 4,1 bi, com entradas em participação no capital de empresas no País em US$ 3,3 bi e empréstimo intercompanhia de US$ 868 mi. Já no acumulado em 12 meses, os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 65,8 bi, chegando a 2,94% do PIB, e os investimentos brasileiros diretos no exterior, tradicionalmente menores que o IED, registraram retorno líquido de US$ 582 mi.

    As reservas internacionais totalizaram US$ 377,2 bi em fevereiro no conceito liquidez, e, no conceito caixa, o estoque de reservas chegou a US$ 362,7 bi. Já a dívida externa bruta totalizou U$S 377,2 bi em fevereiro, aumentando em US$ 3,2 bi em relação a janeiro de 2014. No que se refere à dívida externa de longo prazo, esta chegou a US$ 279,2 bi, enquanto que o estoque a curto prazo somou US$ 32,6 bi, permanecendo estável.

    Economias avançadas puxam comércio mundial em janeiro

    O volume do comércio mundial aumentou 0,6% em janeiro após um declínio de 0,5% em dezembro, bem como mostrou elevação de 0,2% a produção mundial industrial na passagem de dezembro para janeiro, repetindo a taxa de crescimento visto na última leitura. Os dados, sazonalmente ajustados, foram divulgados nesta segunda-feira (24/03) pela CPB Netherlands.

    Diferentemente do ocorrido em meses anteriores, o avanço do comércio mundial foi puxado pelas economias avançadas. De acordo com a leitura atual, o crescimento da exportação mundial foi influenciado pela alta de 0,9% dos produtos vendidos pelas economias maduras, sobretudo as da Zona do Euro, cuja exportação teria crescido 1,3% no período. Já as exportações das economias emergentes cresceram apenas 0,1%, puxadas pelos países do leste europeu (1,7%) e africanos (0,8%), visto que os asiáticos (-0,3%) e latino-americanos (-0,5%) registraram menor demanda externa.

    A mesma situação é vista no lado das importações, onde o apetite por produtos estrangeiros foi maior nas economias desenvolvidas. Segundo o instituto, as importações das economias avançadas cresceram 0,9%, com destaque à alta de 6,8% do Japão, ao passo que as importações economias emergentes cresceram apenas 0,6%. Os resultados levaram as importações mundiais a crescerem 0,7%, uma aceleração frente ao resultado aferido em dezembro (0,2%).

    Por fim, a alta de 0,2% na produção industrial mundial reflete o aumento de 0,5% dos países avançados e estabilidade (0,0%) dos emergentes. Os maiores destaques positivos ficaram com Japão (3,8%) e América Latina (1,2%). Por outro lado, os países emergentes da Ásia (-0,4%), Zona do Euro e os EUA (ambos -0,2%) mostraram redução na atividade fabril no mês de janeiro.

    Índice do Clima de Negócios da Alemanha recua em março

    O Índice IFO (Índice do Clima de Negócios da Alemanha) divulgado hoje (25/03) pelo Ifo Institute, passou de 111,3 pontos em fevereiro para 110,7 no mês atual, registrando a primeira queda após mostrar quatro avanços seguidos. A queda em março reflete a piora na avaliação das empresas quanto às Expectativas Futuras, cujo índice passou de 108,3 para 106,4 pontos, enquanto que o subíndice de Situação Atual de Negócios subiu de 114,4 para 115,2 pontos, o maior resultado desde abril de 2012. Segundo o instituto, a perda da confiança reflete o menor desempenho da atividade econômica dos países emergentes, bem como a atual crise na Crimeia.

    O mês de março mostrou diminuição na maioria dos índices setoriais, sobretudo no setor produtivo. O índice que mensura o clima de negócios do Comércio e Indústria recuou para 13,8 pontos, ante 14,9 visto na leitura de fevereiro. No que tange à Indústria de Transformação, observou-se perda de 0,7 ponto, o que levou o índice ao patamar de 19,1 pontos em março. Já os empreiteiros do setor de Construção evidenciaram a maior queda dentre as categorias setoriais, dado que contraiu de 0,6 ponto para -3,5 pontos. O comércio atacado também sofreu com a perda de confiança, principalmente no curto prazo, refletido na queda de do índice de 12,6 para 10,9 pontos. Por outro lado, o início do ano continua mostrando resultados positivos para o comércio varejista, visto que o índice que havia iniciado 2014 em 4,3 pontos atingiu 8,5 pontos no mês atual, culminando numa alta de 0,1 ponto em relação a fevereiro.

    Inflação do Reino Unido chega a 1,7% em fevereiro no acumulado em 12 meses

    O Índice de Preços ao Consumidor do Reino apresentou alta de 1,7% em fevereiro no acumulado em 12 meses, de acordo com dados divulgados hoje (25/03) pelo Departamento de Estatísticas Nacionais (ONS). O índice mostra desaceleração em relação a janeiro, quando na mesma base de comparação chegou a 1,9%. Na comparação frente ao mês anterior houve alta de 0,5% em fevereiro, ante queda de 0,6% em janeiro.

    Na comparação com idêntico período do ano anterior, a principal desaceleração ocorreu com o item Transportes, que avançou 0,3%, uma significativa desaceleração em comparação com o mês anterior, que apresentou alta de 1,2%, na mesma base de comparação. Vale ressaltar que Vestuários e Serviços Caseiros também desaceleraram em relação a 2013, contribuindo para o decréscimo da inflação no acumulado em 12 meses.

     
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