Se você não está conseguindo visualizar este e-mail, clique aqui.

Informativo eletrônico - Edição 1421 Quinta-Feira, 27 de março de 2014
 
Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Ritmo de contração da produção industrial paulista diminui em fevereiro
  • Confiança da Indústria recua em março

    Economia Internacional

  • Vendas no varejo crescem em fevereiro no Reino Unido
  • Prévia do PMI de Serviços dos EUA acelera em março

  • Ritmo de contração da produção industrial paulista diminui em fevereiro

    A indústria paulista mostrou nova queda da produção em fevereiro. O indicador subiu 0,8 ponto na passagem de janeiro para fevereiro, muito inferior à elevação dos 12,9 pontos visto na leitura anterior (que sofria efeitos sazonais de retomada da atividade no início de ano) e chegou a métrica de 47,1 pontos. Visto que o indicador ainda permanece abaixo dos 50,0 pontos nas últimas quatro leituras, isto indica retração da produção, embora em menor magnitude tendo em vista a elevação do índice no mês passado. Cabe destacar que a série não tem ajuste sazonal. Os dados foram divulgados nesta quarta (26/03) pela FIESP/CNI na Sondagem Industrial.

    De forma geral, o comportamento dos indicadores que avaliam a situação atual da indústria paulista nos mostra manutenção de um quadro de retração da atividade do setor, com quedas na produção e na capacidade instalada, embora em menor ritmo que anteriormente, acúmulo de estoques e menor aquecimento do mercado de trabalho.

    Dentre os quatro indicadores que avaliam a percepção da indústria para os próximos seis meses, apenas dois se firmam acima dos 50,0 pontos. Quando comparada a fevereiro de 2013, observa-se expansão das expectativas de exportações nos próximos meses. O mesmo vale para a demanda, que apesar de menor que um ano antes, a expansão de seu índice é de suma importância para o avanço da atividade no setor. O nível de emprego e as compras de matérias primas sofreram redução em fevereiro de 2014, o que indica que boa parte da expansão da demanda externa e interna será atendida pelo estoques que vêm se acumulando.

    Em suma, ao analisar os indicadores que avaliam a situação atual e as expectativas para os próximos meses, ainda há uma atmosfera adversa ao crescimento da atividade industrial, que pode ser agravada com o aumento dos custos dos insumos devido à elevação da inflação, bem como manutenção ou mesmo de aumento dos juros, os quais já se encontram em patamares superiores ao do mesmo período do ano passado.

    Confiança da Indústria recua em março

    O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou recuo de 2,3% em março, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na manhã de hoje (27/03). O ICI passou de 98,5 para 96,2 pontos, dados já ajustados sazonalmente. O patamar atual mostra-se o menor desde junho de 2009 e constata um recuo mais forte frente ao apurado pela prévia, que apresentava uma queda de 1,7%. Com isso, espera-se um resultado ruim para a produção industrial em março.

    O Índice de Situação Atual (ISA), principal responsável pela queda do ICI, registrou declínio de 3,0% em março, ao passar de 99,6 para 96,6 pontos, já expurgados os efeitos sazonais. Já a queda no Índice de Expectativas (IE) não se mostrou tão abrupta quanto o resultado do ISA, de 97,4 para 95,8 pontos, também considerando os ajustes sazonais.

    O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) sofreu leve queda, de 84,6% para 84,4% entre fevereiro e março, na série ajustada sazonalmente, no entanto, o patamar atual está acima da média histórica de 5 anos, que se situa em 83,8%. Em fevereiro de 2013, o NUCI se encontrava em 84,1%.

    A proporção de empresas que se avalia com nível forte de demanda caiu de 10,9% para 8,0% em março, enquanto que houve aumento da parcela de empresas que se considera em um nível fraco de demanda, ao passar de 14,1% para 15,1% de fevereiro para março. Quanto às expectativas futuras, houve também uma diminuição na proporção de empresas que preveem uma melhora da produção no próximo trimestre, já que esta passou de 35,8% para 30,9% em março. Já a perspectiva de piora na produção teve um leve aumento ao passar de 11,0% em fevereiro para 11,4% em março. Os dados reforçam o diagnóstico de baixo dinamismo da indústria neste começo de 2014.

    Vendas no varejo crescem em fevereiro no Reino Unido

    De acordo com os dados divulgados na manhã de hoje (27/03) pela ONS (Office for National Statistics), o volume de vendas no varejo do Reino Unido aumentou 3,7% em fevereiro de 2014, comparado ao mesmo mês do ano anterior. Já na comparação de fevereiro contra o mês imediatamente anterior, foi registrado alta de 1,7 %, na série de dados sem influências sazonais. Os dados foram obtidos através de uma pesquisa com 5.000 vendedores varejistas, entre os dias 02 de fevereiro e 01 de março.

    Dentre os principais setores do varejo, a maior contribuição na variação interanual veio das Non-food stores, que exibiram crescimento de 4,3%, (mpactando o crescimento anual do varejo em 1,9.p.p). A segunda maior contribuição veio de Non-store retailing (contribuição de 0,8p.p.), que registrou elevação de 20,1% (impacto de 1,2 p.p.), seguido por Food stores, com 1,6% de crescimento interanual, (responsável por 0,8p.p). Em sentido oposto, Petrol stations contribuiu negativamente com 0,2 p.p. no índice geral, após mostrar recuo de 1,5% na quantidade de vendas, na mesma base de comparação.

    Prévia do PMI de Serviços dos EUA acelera em março

    A prévia do Índice de Gerência de Compras (PMI) do setor de serviços dos Estados Unidos avançou para 55,5 pontos em março, ante 53,3 pontos na leitura anterior, de acordo com dados divulgados ontem (27/03) pelo instituto Markit. De acordo com a publicação, a forte retomada das atividades de serviços alavancou o índice, principalmente após as intempéries climáticas do país.

    Os principais indicadores mostraram sentidos opostos. O indicador de emprego permaneceu estável em 51,9 pontos em março, e o indicador de novos negócios passou de 56,0 para 53,9 pontos. Em relação aos próximos meses, o índice de expectativa de negócios apresentou alta, ao passar de 73,4 para 78,1 pontos em março.

    De acordo com o economista-chefe da Markit, Chris Williamson, a elevação do índice está dentro do esperado devido às condições climáticas adversas no começo do ano, entretanto, o economista também destaca que o crescimento do setor de serviços pode não ser tão robusto quanto se espera.

     
     Copyright © 2014 Fiesp. Todos os direitos reservados. Dúvidas e sugestões, clique aqui
    Se você não deseja mais receber esse informativo, clique aqui.

    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

    Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

    Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini