

IPP varia 0,51% em fevereiro
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) da Indústria de Transformação apresentou variação de 0,51% em fevereiro de 2014, de acordo com dados divulgados hoje (01/04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação com o mês imediatamente anterior, o IPP mostrou forte desaceleração, já que em janeiro a variação tinha sido de 1,43%. No acumulado em 12 meses, a variação foi de 8,24%. O IPP mede o preço dos produtos sem impostos e fretes, na porta da fábrica.
Dos 23 grupos de preços, 14 apresentaram variações positivas. As quatro maiores variações foram: Artigos do Vestuário e Acessórios (2,19%), Papel e Celulose (1,87%), Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (1,77%) e Calçados e Artigos de Couro (1,56%). Já os grupos que mais contribuíram para a elevação em fevereiro foram: Outros Produtos Químicos (0,17 ponto percentual), com destaque para adubos fertilizantes e seus intermediários e resinas de petróleo; Alimentos (0,09 p.p.), com forte influência do Leite Longa Vida; e Veículos Automotores (0,07 p.p.), sendo que as maiores influências vieram de Automóveis de Passageiros, Gasolina e Álcool.



PMI: Atividade industrial nas economias europeias segue em expansão
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da Indústria da Transformação na Zona do Euro registrou 53,0 pontos em março, ligeiramente abaixo do seu resultado anterior de 53,2 pontos. Embora mostrando desaceleração, o índice permanece acima dos 50,0 pontos nos últimos nove meses consecutivos, sinalizando uma expansão contínua da atividade empresarial desde o ano passado. As informações foram divulgadas na manhã de hoje (01/04) pela Markit Economics.
A queda vista nos índices da Alemanha (de 54,8 para 53,7 pontos), Holanda (de 55,2 para 53,7 pontos) e Áustria (de 53,0 para 51,0 pontos) só não impactaram mais o índice geral pois foram compensadas por elevações na Irlanda (de 52,9 para 55,5 pontos), Espanha (de 52,5 para 52,8 pontos), Itália (de 52,3 para 52,4 pontos), e, finalmente, o retorno do índice industrial da França à zona de expansão (de 49,7 para 52,1 pontos), apresentando o maior resultado em 33 meses. Por outro lado, o PMI grego retornou ao território de contração pela primeira vez em três meses.
Na leitura do economista-chefe da Markit, apesar de ter arrefecido em março, o setor industrial da zona do euro continua a desfrutar de seu melhor período de crescimento desde início de 2011. A taxa de crescimento da produção permanece encorajadora, indicando que esta cresceu cerca de 1,0% no primeiro trimestre de 2014. As estimativas sinalizam um aumento do PIB em 0,5% no primeiro trimestre do ano.
Além das economias da Zona do Euro, a Markit também divulgou hoje (01/04) o resultado do PMI Industrial do Reino Unido, região que mostra maior vigor em sua recuperação pós-crise. Na leitura de março, embora tenha recuado de 56,2 para 55,3 pontos, isto indica continuidade do ritmo expansionista, visto que está acima dos 50 pontos. Os índices de produção e de novos pedidos continuam mostrando crescimentos robustos, acompanhados por uma maior criação de empregos. Por outro lado, a pressão sobre os preços continua a diminuir, com queda nos custos dos insumos e nos preços de vendas. O ritmo das exportações mostra clara desaceleração, sinalizando que a recuperação está sendo puxada em grande medida pelo mercado doméstico. Segundo o economista responsável pelo relatório, a expansão contínua na atividade do setor deve impulsionar a economia a um crescimento de 0,7% no primeiro trimestre.

PMI: Setor fabril dos países emergentes perde ímpeto em março
Na manhã desta terça-feira (01/04) a Markit Economics divulgou o Índice de Gerentes de Compras (PMI) da Indústria da Transformação das principais economias emergentes do mês de março. De acordo com a leitura atual, o PMI industrial da China recuou de 48,5 para 48,0 pontos, mantendo ritmo de contração na atividade do setor. Já o setor produtivo da Índia mostrou recuou de 52,5 para 51,3 pontos na passagem de fevereiro para março, mostrando arrefecimento no ritmo de expansão da produção, ao passo que o índice da Rússia permaneceu abaixo dos 50,0 pontos, atingindo 48,3 ante 48,5 pontos visto na leitura de fevereiro.
O recuo marginal no índice da Índia foi reflexo da desaceleração das exportações e das novas encomendas, contrapondo-se à nova melhora nas condições de negócios do país. A inflação também se mostrou em ritmo moderado, reflexo do aperto monetário, alta alavancagem das empresas e a queda nos empréstimos do sistema bancário, o que representa ventos contrários ao crescimento econômico.
Na Rússia, a indústria continua mostrando queda de produção pelo quarto mês consecutivo, com deterioração do clima de negócios e das perspectivas de novos pedidos, com ritmo de contração mais rápido desde maio de 2009. A demanda externa também vem mostrando impactos negativos, com a sétima queda seguida no índice de novas encomendas. A moeda também sofreu desvalorização, levando a pressão inflacionária mais forte aos insumos dos últimos três anos.
A queda na produção industrial da China foi influenciada pelo terceiro recuo consecutivo nas condições de negócio do país, acompanhada pela retração nas saídas e novos pedidos. A indústria também vem cortando funcionários e compra de insumos, levando a inflação aos menores níveis desde agosto de 2012. Por sua vez, os índices de novos negócios no exterior mostrou expansão pela primeira vez em quatro meses. O resultado da pesquisa leva os economistas responsáveis à expectativa de crescimento trimestral do PIB (em comparação ao mesmo período do ano anterior) abaixo dos 7,5% no início de 2014, reflexo da piora da demanda doméstica.
Por fim, o resultado da Markit para a China se contrapõe ao divulgado pela NBS (National Bureau of Statistics of China), órgão estatal responsável pelas divulgações estatísticas e econômicas do país. Na leitura do órgão, o PMI industrial chinês avançou ligeiramente de 50,2 pontos em fevereiro para 50,3 pontos em março, o que seria a primeira alta desde novembro.

Desemprego na Zona do Euro é de 11,9% em fevereiro
A taxa de desemprego na Zona do Euro foi de 11,9% em fevereiro, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (01/04) pelo Departamento de Estatísticas Oficiais da União Europeia (Eurostat). No mesmo período em 2013, a taxa de desemprego foi de 12,0%. Em números absolutos, havia aproximadamente 19 milhões de desempregados na Zona do Euro em fevereiro de 2014, permanecendo estável em relação a janeiro de 2014.
As menores taxas de desemprego foram registradas na Áustria, Alemanha e Luxemburgo, com índices de 4,8%, 5,1% e 6,1%, respectivamente, entretanto, as maiores taxas de desemprego estão em países duramente afetados pela crise econômica, como Croácia (17,6%), Espanha (25,6%) e Grécia (27,5%), sendo que este último os dados referem-se a dezembro de 2013. França, que constitui uma das economias mais dinâmicas da Europa, apresentou uma taxa de desemprego de 10,4% em fevereiro de 2014.
Entre as pessoas de 25 anos ou menos, a taxa de desemprego continua elevada, chegando a 23,5% em fevereiro de 2014. No mesmo período em 2013, esse índice foi de 24,0%. As menores taxas de desemprego entre os jovens foram registradas na Alemanha, Áustria e Holanda, com taxas de 7,7%, 9,4% e 11,5%, respectivamente. Já os países que detém as maiores taxas são: Croácia (48,8%), Espanha (53,6%) e Grécia (58,3%), sendo que os dados deste último são de dezembro de 2013.




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