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Informativo eletrônico - Edição 1429 Terça-Feira, 08 de abril de 2014
 
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Economia Brasileira

  • Produção Industrial paulista acumula perdas de 2,4% em 2014
  • Indicador Antecedente de Emprego recua 0,5% em março

    Economia Internacional

  • Produção Industrial do Reino Unido cresce 2,7% em fevereiro
  • Japão tem primeiro superávit em transações correntes em cinco meses

  • Produção Industrial paulista acumula perdas de 2,4% em 2014

    Na manhã de hoje (08/04), o IBGE divulgou os dados referentes à Pesquisa Industrial Mensal Regional, e mostrou que a elevação de 0,4% da produção industrial nacional na passagem de janeiro para fevereiro não teve perfil generalizado dentre as regiões, uma vez que apenas sete dos quatorze locais pesquisados mostraram alta na margem, após ajuste sazonal.

    Os destaques positivos de fevereiro frente ao mês anterior foram o estado do Paraná (18,4%), que eliminou a perda de 15,9% sofrida entre novembro e janeiro, e Amazonas (4,7%), que acumula alta de 7,7% nos dois primeiros meses deste ano em relação aos últimos do ano passado. Além destas, as seguintes regiões também apresentaram avanço na produção industrial entre janeiro e fevereiro: Rio de Janeiro (1,0%), Goiás (0,8%), São Paulo (0,7%), Rio Grande do Sul (0,5%) e Santa Catarina (0,5%). Em sentido contrário, Espírito Santo (-4,3%), Pernambuco (-3,9%), Região Nordeste (-1,7%), Ceará (-1,6%), Minas Gerais (-1,6%) e Bahia (-1,2%) apresentaram contração, enquanto que o Pará registrou estabilidade (0,0%). Todas as variações já consideram os efeitos da sazonalidade.

    No primeiro bimestre de 2014, a indústria nacional mostrou expansão de 1,3% em sua produção, comparada ao mesmo período de 2013. O resultado positivo advém da alta em nove das quatorze regiões, sendo que sete delas apresentaram avanço acima da média nacional. As altas vistas em Pernambuco (8,3%), Amazonas (6,0%), Região Nordeste (2,9%), Pará (2,7%), Minas Gerais (2,5%), Paraná (2,3%) e Rio Grande do Sul (2,0%). Santa Catarina (1,1%) e Ceará (0,8%) refletem o aumento na produção dos bens de capital (para transporte, construção, fins industriais e agrícolas) e de bens de consumo duráveis (eletrodomésticos da "linha marrom", motocicletas e telefones celulares). Já São Paulo (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,2%), Espírito Santo (-2,2%), Goiás (-0,8%) e Bahia (-0,1%) apresentaram menor produção no início deste ano.

    No que se refere ao estado de São Paulo, especificamente, a produção industrial avançou 0,7% em fevereiro frente ao mês imediatamente anterior (acima da média nacional, de 0,4%), na série dessazonalizada, acumulando ganhos de 4,4% neste primeiro bimestre do ano frente ao último do ano anterior. Já na comparação do acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano anterior, a indústria paulista apresentou a maior retração dentre as regiões (-2,4%), tendo maior impacto negativo a produção de veículos automotores (-7,7%). Por sua vez, a taxa anualizada, que consiste no índice acumulado nos últimos dozes meses, registra retração de 0,1%, mesma taxa apresentada no mês anterior e mantendo a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013.

    Na comparação com idêntico mês do ano anterior, a produção industrial de São Paulo apresentou crescimento de 0,3% em fevereiro de 2014, bem abaixo da média nacional de 5,0%. O desempenho paulista foi positivo em dez das vinte atividades pesquisadas. Importante mencionar a influência do efeito calendário (Carnaval) neste tipo de comparação, já que fevereiro desse ano teve dois dias úteis a mais (20) do que no ano anterior (18). As influências altistas mais relevantes sobre a média global da região partiram dos seguintes setores: outros equipamentos de transporte (15,1%); máquinas e equipamentos (6,9%); material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (21,5%); e veículos automotores (3,1%). De forma contrária, os principais destaques negativos ocorreram em: atividades de edição, impressão e reprodução de gravações (-12,1%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,1%); refino de petróleo e produção de álcool (-5,4%); produtos de metal (-7,3%); e outros produtos químicos (-4,7%).

    Indicador Antecedente de Emprego recua 0,5% em março

    O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 0,5% em março, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados ontem (07/04) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com os resultados, o IAEmp recuou para 85,7 pontos em março, ante 86,1 pontos em fevereiro, mês no qual o resultado permaneceu estável (0,0%). O IAEmp visa antecipar a situação do mercado de trabalho com base nas Sondagens da Indústria, Serviços e Expectativa do Consumidor.

    As principais contribuições advieram do grau de satisfação atual de negócios (Sondagem da Indústria), que recuou 3,0%, e da expectativa dos empresários em relação à tendência de negócios (Sondagem de Serviços), que sofreu queda de 0,8%.

    Outra pesquisa divulgada pela FGV foi o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que apresentou queda de 4,6% em março, já expurgados os efeitos sazonais. Em fevereiro, o índice apresentou avanço de 1,7%, o que mostra uma possível reversão da situação do mercado de trabalho.

    O ICD é construído com base nas Sondagens do Consumidor, através da decomposição dos dados em quatro classes de renda familiar. A principal contribuição para o resultado do ICD adveio dos consumidores com renda familiar entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, cujo Indicador de Emprego variou -6,8%. Ambos os indicadores indicam um arrefecimento do mercado de trabalho para os próximos meses, o que vem refletindo, principalmente, os resultados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego.

    Produção Industrial do Reino Unido cresce 2,7% em fevereiro

    A Produção Industrial do Reino Unido avançou 2,7% em fevereiro de 2014, em comparação com o mesmo mês em 2013, de acordo com dados divulgados hoje pela Departamento de Estatísticas Oficiais do Reino Unido (ONS). O resultado mostra leve desaceleração em relação a janeiro, quando a produção industrial cresceu 2,8%, na mesma métrica de comparação. Já na comparação com o mês imediatamente anterior, expurgados os efeitos sazonais, a produção de fevereiro cresceu 0,9%, resultado que surpreendeu o mercado, que esperava alta de 0,3%.

    A indústria de transformação apresentou crescimento de 3,8% em fevereiro na comparação com idêntico mês do ano anterior, mostrando forte aceleração em relação ao crescimento reportado em janeiro (3,2%), considerando a mesma base de comparação. No confronto com o mês imediatamente anterior, a indústria de transformação cresceu 1,0% em fevereiro, ante 0,3% registrado em janeiro.

    As principais contribuições positivas ocorreram em Abastecimento de Água e Esgoto, que subiu 8,5% em fevereiro de 2014 (em comparação com fevereiro de 2013), e Mineração, cuja produção avançou 0,2%. Todavia, houve recuo de 8,8% nos Serviços de Utilidade Pública.

    Japão tem primeiro superávit em transações correntes em cinco meses

    O Japão obteve um superávit em Transações Correntes de 612,7 bilhões de ienes em fevereiro, de acordo com dados divulgados ontem (07/04) pelo Ministério das Finanças do país. O resultado interrompeu uma série de quatro meses seguidos de déficit em transações correntes. O superávit foi 5,7% menor do que o resultado obtido em fevereiro do ano passado, ocasião em que o superávit atingiu 649,7 bi de ienes.

    O déficit na Balança Comercial foi de 533,4 bi de ienes, ante 540,7 bi em fevereiro de 2013. Tal diminuição ocorreu devido ao aumento das exportações, resultado do fim dos feriados no Japão e em outras partes da Ásia.

     
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