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Informativo eletrônico - Edição 1430 Quarta-Feira, 09 de abril de 2014
 
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Economia Brasileira

  • Inflação acumulada em 12 meses atinge 6,15% em março

    Economia Internacional

  • FMI reduz projeção de crescimento do Brasil de 2,3% para 1,8% em 2014
  • Balança comercial Alemã tem superávit de 15,7 bilhões de euros em fevereiro
  • Déficit da Balança de Bens e Serviços do Reino Unido mostra leve recuo em fevereiro

  • Inflação acumulada em 12 meses atinge 6,15% em março

    Na manhã desta quarta-feira (09/04) o IBGE divulgou o resultado de março para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). De acordo com a leitura atual, o índice registrou variação de 0,92%, muito acima do registrado em fevereiro último (0,69%), bem como do observado em março do ano passado (0,47%). A taxa é a maior para os meses de marços desde 2003, quando havia apresentado variação de 1,23%. Após essa variação em março, o índice mostrou um significante salto em seu acumulado em 12 meses, passando de 5,68% para 6,15%, aproximando-se das expectativas apresentadas no boletim FOCUS (6,35%) reportado nessa semana. O IPCA de março considerou os dados coletados entre 27/02 e 28/02, comparado aos apresentados entre 30/01 e 26/02.

    Dentre as classes avaliadas, os maiores impactos ocorreram nos grupos de "Alimentos e Bebidas" e "Transportes". Sozinha, a primeira classe foi responsável por 51% do crescimento do IPCA no mês (0,47p.p.), ao apresentar variação de 1,92% na passagem de fevereiro para março. O resultado reflete a alta de 2,43% dos alimentos consumidos em casa, em especial tomate (32,85%) e batata inglesa (35,05%), consequência da seca que atingiu as lavouras de alguns estados, prejudicando a oferta desses produtos. Já a segunda classe impactou em 0,26p.p. o índice geral, com variação de 1,38% em março, ante deflação de 0,05% no mês anterior, reflexo do aumento das passagens aéreas (26,49%), componente que liderou o ranking de maior impacto no IPCA do mês (0,12p.p.).

    Além destes, as classes Vestuário (de -0,40% para 0,31%) e Despesas Pessoais (de 0,69% para 0,79%) também mostraram aceleração. Por outro lado, Habitação (de 0,77% para 0,33%), Artigos de Residência (de 1,07% para 0,38%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,74% para 0,43%) e Educação (de 5,97% para 0,53%) desaceleraram, e, por fim, Comunicação (de 0,14% para -1,26%) foi a única classe avaliada que registrou queda de preços no período.

    Em relação às regiões avaliadas, destaque para o IPCA de Brasília (1,92%), que sentiu a forte alta nas tarifas das passagens aéreas (51,65%). Em contrapartida, os menores índices foram vistos em Recife (0,52%) e Belém (0,53%), onde os alimentos consumidos em casa (0,99% e 0,78%, respectivamente) apresentaram menor aceleração frente à média nacional (2,43%). São Paulo, por sua vez, apresentou variação de 0,93%, ante 0,97% visto no mês de fevereiro, acumulando, portanto, alta de 6,41% no IPCA em 12 meses.

    FMI reduz projeção de crescimento do Brasil de 2,3% para 1,8% em 2014

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem (08/04) as projeções de crescimento das economias mundiais em 2014 e 2015. O Brasil teve o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) revisto para 1,8% em 2014, ante 2,3% na última projeção, divulgada em janeiro. Quanto a 2015, a projeção para o PIB é de 2,7% de crescimento.

    Entre as principais causas para a revisão baixista, o FMI cita a persistência do avanço inflacionário e a necessidade de uma política monetária mais austera. Outra fonte de ameaça ao maior crescimento brasileiro deve-se à política fiscal, devido ao avanço nos gastos públicos. A instituição recomenda diminuição do déficit fiscal, inclusive como ferramenta importante para auxiliar o controle inflacionário. Ademais, quanto ao crescimento econômico, o documento ressalta a baixa taxa de investimento, entre outros fatores largamente conhecidos que diminuem a competitividade do país.

    Entre os demais países emergentes, o relatório afirma que estes ainda serão os grandes responsáveis pela recuperação da economia mundial. O destaque é a economia chinesa, cujas projeções de crescimento permaneceram em 7,5% e 7,3% para 2014 e 2015, respectivamente. Por fim, o Fundo destaca que a dinâmica dos fluxos de capitais pode ser um risco aos emergentes, devido principalmente à redução dos estímulos monetários do Federal Reserve (FED), já que estes estão voltando para os países desenvolvidos, tornando mais custoso o financiamento externo e, portanto, reduzindo a possibilidade de crescimento.

    Quanto às economias avançadas, os analistas da instituição apontam para o crescimento dos Estados Unidos como baluarte da economia mundial. As projeções de crescimento para este estão em 2,8% em 2014 e 3,0% em 2015. Reforçam, ainda, que a evolução da situação fiscal do país, junto com a melhora do sistema hipotecário e a acomodação da política monetária sustentam um maior crescimento em 2014 e 2015. Nas economias da Zona do Euro, a redução da austeridade fiscal é um aspecto positivo que mostra uma leve aceleração do crescimento, apesar da alta restrição ao crédito e do aperto fiscal forte em várias economias europeias. As previsões de crescimento da Zona do Euro para 2014 e 2015 são, respectivamente, 1,2% e 1,5%. Apesar da melhora nas previsões, o FMI reforça a preocupação com os índices de preços, principalmente na Zona do Euro, que não tem respondido adequadamente aos estímulos monetários dos Bancos Centrais. O fenômeno da deflação deve ser evitado, visto que reduz a possiblidade de crescimento econômico e de melhor arrecadação fiscal.

    Balança comercial Alemã tem superávit de 15,7 bilhões de euros em fevereiro

    De acordo com os dados divulgados nesta manhã (09/04) pela Destatis, o Departamento Oficial de Estatística da Alemanha, a balança comercial do país registrou superávit de 15,7 bilhões de euros em fevereiro, reflexo do volume de 93,3 bilhões de euros em exportações frente aos 77,6 bilhões de euros em importações, após o ajuste sazonal. O resultado indica queda de cerca de 1,4% das exportações em relação ao mês anterior, ao passo que a demanda interna dos produtos estrangeiros cresceu 0,4%, na mesma base de comparação. Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume de exportações cresceu 4,6% em fevereiro, enquanto que as importações subiram 6,5%, resultando em um superávit comercial de 16,3 bilhões de euros.

    Após o superávit comercial (sem ajuste), segundo os resultados prévios do Bundesbank (Banco Central da Alemanha), a conta corrente do balanço de pagamentos apresentou superávit de 13,9 bilhões de euros em fevereiro deste ano. As demais rubricas apresentaram os seguintes resultados: balança de serviços (+ 1,7 bilhões de euros), lucro líquido (+6,2 bilhões de euros), transferências correntes (-7,4 bilhões de euros) e itens comerciais suplementares (-2,9 bilhões de euros). Em fevereiro de 2013, a conta corrente alemã havia registrado saldo de 15,7 bilhões de euros.

    Déficit da Balança de Bens e Serviços do Reino Unido mostra leve recuo em fevereiro

    O déficit na Balança Comercial de Bens e Serviços do Reino Unido foi de £ 2,1 bilhões em fevereiro de 2014, de acordo com dados divulgados hoje (09/04) pelo Departamento de Estatísticas Oficias (ONS), na base dessazonalizada. O resultado mostra leve redução em relação a janeiro, quando o déficit atingiu £ 2,2 bilhões. Quanto à Balança Comercial de Bens em específico, esta teve um déficit de £ 9,1 bilhões, frente ao déficit de £ 9,5 registrado em janeiro.

    As exportações de bens foram de £ 23,5 bilhões, o que mostra uma redução de 1,6% em relação a janeiro. Já as importações também mostraram redução em janeiro ao cair 2,2%, chegando a £ 32,6 bilhões. As quedas nas importações de aeronaves e navios foram responsáveis pela diminuição nesse índice (sem este efeito, as importações sofreriam recuo de apenas 0,6%). Já a Balança de Serviços mostrou superávit de £ 7,0 bilhões, o que contribuiu para financiar parte do déficit da Balança Comercial. Apesar da perspectiva de maior crescimento em 2014, os resultados da exportação e importação mostram leve desaceleração da economia no 1º trimestre de 2014.

     
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