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Informativo eletrônico - Edição 1431 Quinta-Feira, 10 de abril de 2014
 
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Economia Internacional

  • Relatório de Oferta e Demanda Mundial Agrícola aponta desaceleração da demanda chinesa
  • OCDE: Países emergentes seguem com menor crescimento
  • Importações e Exportações chinesas recuam em março
  • Vendas no atacado dos EUA cresceram 0,7% em fevereiro

  • Relatório de Oferta e Demanda Mundial Agrícola aponta desaceleração da demanda chinesa

    O Relatório de Estimativa Mundial de Oferta e Demanda Agrícola, divulgado ontem (10/04) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), apresentou redução das estimativas de produção mundial das principais commodities em 2014. Os principais impactos originaram-se das condições climáticas adversas em várias regiões do mundo, bem como a redução da demanda chinesa.

    A estimativa para a produção de trigo foi reduzida em 0,2 milhão de toneladas, principalmente devido às condições climáticas desfavoráveis nas diversas partes do globo. A redução de importação de trigo da China (-1,5 milhão de toneladas) contribuiu para redução da exportação dessa commodity em vários países produtores, como Brasil, Austrália e Canadá, desestimulando também a produção.

    Já a estimativa da produção de milho cresceu 6,4 milhões de toneladas, com destaque para o aumento da produção brasileira, que avançou em 2,0 milhões de toneladas, alterando a projeção da safra para 72 mi de toneladas em 2014. O relatório cita que as chuvas nas regiões produtoras ajudaram a elevar a expectativa da produção no Brasil. Outros destaques positivos mencionados vem da África do Sul e da Rússia, com aumento de produção de 1 mi de tonelada cada.

    Para a produção de soja, a estimativa do USDA para a produção do Brasil flutuou entre 88,5 e 87,5 mi de toneladas, sendo que essa variação puxou para baixo a perspectiva de produção mundial.

    Foi divulgado hoje (10/04) o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do mês de março, divulgado pelo IBGE. O relatório aponta para uma estimativa da safra de 189,4 mi de toneladas para o Brasil, que seria 0,7% superior ao resultado da safra em 2013 (188,2 mi de toneladas). Os destaques vão para o aumento da produção de algodão herbáceo e arroz, que avançaram 10,4% e 1,3% em relação à estimativa de fevereiro, respectivamente. Milho e soja, entretanto, apresentaram recuos respectivos de 4,5% e 1,9% para a mesma base de comparação. Para a 1ª safra de milho, espera-se uma produção de 31,5 mi de toneladas, 4,5% menor do que a estimativa em fevereiro e, no tocante a 2ª safra de milho, projeta-se 42,2 mi de toneladas, uma estimativa 0,5% superior a de fevereiro. Para a soja em 2014, a projeção é de 86,8 mi de toneladas, 1,9% menor frente à estimativa em fevereiro.

    OCDE: Países emergentes seguem com menor crescimento

    A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira (08/04) os dados referentes ao índice de indicadores antecedentes. A leitura de fevereiro indicou manutenção em 100,7 pontos, patamar registrado nas últimas três avaliações. Leituras acima de 100,0 indicam que o crescimento econômico ficará em linha com a tendência positiva. Como já informado em outros relatórios, o crescimento deve mostrar retomada de vigor nas econômicas avançadas, ao passo que os principais países em desenvolvimento (com exceção da China) perdem seu ritmo expansivo, sinalizando menor tendência de crescimento.

    Dentre as econômicas emergentes (em especial os BRICS), o Brasil recuou de 98,5 para 98,3 pontos, atingindo o patamar mais baixo de sua série, completando o décimo-primeiro mês seguido em linha de menor crescimento. As pioras também foram vistas nos indicadores da Índia (de 97,7 para 97,6 pontos) e da Rússia (de 99,6 para 99,4 pontos). Já a China teve seu índice mantido em 99,3 pontos, nível que vem apresentando nas últimas três leituras, ao passo que a África do Sul recuou para 100,1 pontos (ante 100,2 pontos), sendo o único país do grupo a manter o resultado positivo.

    Já em relação às economias desenvolvidas, o destaque segue com a atividade na Zona do Euro, cujo índice avançou ligeiramente de 101,0 para 101,1 pontos. Na abertura por país, a Alemanha registrou 100,8 pontos, mesmo patamar registrado em janeiro. A França permaneceu pelo terceiro mês seguido em 100,3 pontos, completando o quinto mês acima dos 100,0 pontos. Destaque positivo para a Grécia (de 101,7 para 101,9 pontos), que atingiu um dos maiores resultados dentre as economias da região da moeda única, seguida pela Itália, cujo índice passou de 101,2 para 101,4 pontos em fevereiro, indicando a perspectiva de retomada econômica do país, apesar da base fraca dos anos anteriores. Os Estados Unidos (de 100,6 para 100,5 pontos) ainda mostram fragilidade em sua retomada da atividade econômica, em linha com a cautela informada pelo FOMC. Por fim, o Reino Unido, que vinha mostrando forte recuperação, viu seu índice passar de 101,2 pontos em janeiro para 101,1 pontos na leitura atual.

    Já nesta quarta-feira(09/04) a OCDE divulgou a pesquisa referente à taxa de desemprego dos países-membros da organização. Segundo a divulgação atual, o nível de desemprego total subiu de 7,5% para 7,6% em fevereiro, após três resultados seguidos de queda. Este fato sinaliza que cerca de 46 milhões de pessoas estavam desempregadas no período, 3,8 milhões a menos do que o nível máximo visto em abril de 2010, mas ainda 11,4 milhões a mais do que em julho de 2008.

    Destaque pelo alto desemprego na Zona do Euro (11,9%), em especial para os jovens até 25 anos, onde em países como Grécia, Espanha, Itália e Portugal apresentam altíssimas taxas de desemprego (de 58,3%, 53,6%, 42,3% e 35,0% respectivamente). Os EUA permaneceram em 6,7%, patamar considerado como não satisfatório para o país.

    Importações e Exportações chinesas recuam em março

    De acordo com os dados divulgados hoje (10/04) pela General Administration of Customs of China, o volume de importações do país recuou 11,3% em março, frente ao mesmo mês do ano anterior, totalizando US$ 162,41 bilhões. Já as exportações apresentaram recuo menor (6,6%) na mesma base de comparação, chegando a US$ 170,11 bilhões, o que levou a balança comercial do país a um superávit de US$ 7,71 bilhões, após apresentar déficit no mês anterior.

    No primeiro trimestre de 2014, as exportações caíram 3,4% ante o ano anterior, enquanto que as importações subiram 1,6 %, gerando um superávit comercial de US$ 16,7 bilhões, uma queda de 59,7 % em relação ao primeiro trimestre de 2013.

    Os números fracos em março levam a novas preocupações sobre a situação econômica da China, que tem mostrado sinais de fraqueza este ano em uma série de indicadores, incluindo produção industrial e gastos dos consumidores. O resultado fortalece as intenções do governo chinês em impulsionar o crescimento em desaceleração, inclusive estendendo as reduções de impostos para as pequenas empresas, bem como medidas de apoio aos bairros mais pobres.

    Vendas no atacado dos EUA cresceram 0,7% em fevereiro

    As vendas no atacado nos Estados Unidos em fevereiro cresceram 0,7% em relação a janeiro, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (10/04) pelo Departamento do Comércio dos EUA. Em janeiro, o resultado foi uma queda de 1,8% em relação a dezembro de 2013, resultado que refletiu as condições climáticas adversas que os EUA estavam passando. Em relação a fevereiro de 2013, as vendas aumentaram 3,1%. Tal resultado mostra uma maior recuperação das atividades econômicas no país, reforçando as expectativas em relação ao crescimento mais vigoroso em 2014.

    As vendas de Bens de Consumo Duráveis aumentaram 0,1% em fevereiro, ante queda de 0,9% na passagem de 2013 para 2014. Em relação a fevereiro de 2013, o aumento desse segmento foi de 2,9%. Já as vendas de Bens de Consumo Não Duráveis aumentaram 1,2% na margem (em relação ao mês anterior) e 3,3% na variação interanual (mesmo mês do ano anterior). Em janeiro, o resultado marginal tinha sido de -2,6%. Na questão energética, destaque para as vendas de petróleo, que avançaram 4,0% em fevereiro em relação a janeiro. Em janeiro, a variação na margem tinha sido de -5,2%.

     
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