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Informativo eletrônico - Edição 1435 Quarta-Feira, 16 de abril de 2014
 
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Economia Brasileira

  • Banco Central: Atividade econômica desacelera em fevereiro
  • Índice de confiança do empresário industrial sofre queda em abril
  • Receita de serviços cresce 10,3% em fevereiro

    Economia Internacional

  • PIB chinês avança 7,4% no primeiro trimestre de 2014

  • Banco Central: Atividade econômica desacelera em fevereiro

    O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), proxy mensal para o PIB, apresentou crescimento de 0,24% em fevereiro, resultado levemente inferior ao projetado pelo Depecon/FIESP (0,39%) e pelo mercado (0,30%). Apesar do crescimento no mês, o índice exibiu desaceleração frente ao registrado no mês anterior (2,35% - dado revisado de 1,26% divulgado anteriormente). Todos os dados foram sazonalmente ajustados.

    Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, o índice exibiu forte aceleração frente ao resultado de janeiro, de 0,93% para 4,04%, superando também o resultado registrado em fevereiro de 2013 (0,44%), na mesma base de comparação. No que se refere ao acumulado em 12 meses, o IBC-Br exibiu crescimento de 2,57% nesta leitura, além de acumular ganhos de 2,46% nos dois primeiros meses de 2014.

    A despeito da alta, o índice refletiu a desaceleração de 3,8% para 0,4% da produção industrial em fevereiro, bem como a forte queda nas vendas no varejo ampliado (-1,6%, ante alta de 2,8% no mês anterior), influenciados pela desaceleração da produção de bens de capital (de 13,3% para 0,1%) e, sobretudo, pela forte queda nas vendas de veículos automotores, motos, partes e peças (-7,6%).

    Por fim, cabe destacar que o índice global também sofreu com a queda de 0,4% da atividade econômica apresentada pela região Sudeste, já expurgados os efeitos sazonais, após apresentar alta de 2,37% na leitura anterior.

    Índice de confiança do empresário industrial sofre queda em abril

    Nesta terça-feira (16/04) a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou o resultado de abril do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). De acordo com a leitura atual, o índice recuou de 52,5 pontos em março para 49,2 pontos em abril, sendo que este patamar (abaixo dos 50,0 pontos) indica a falta de confiança por parte dos empresários do setor. O resultado é o menor dos últimos cinco anos, indicando que os investimentos do setor não devem mostrar recuperação nos próximos meses, dado o menor nível de confiança do empresariado.

    A perda de confiança foi puxada em grande medida pela piora do item Condições Atuais, cujo índice passou de 44,7 para 41,2 pontos em abril, reflexo do baixo patamar apresentado quanto às condições atuais da economia brasileira (de 38,6 para 34,3 pontos). O índice Expectativas Quanto Ao Futuro ficou em 53,3 pontos em abril, o que demonstra otimismo, mas com menor força em relação ao resultado anterior, de 56,4 pontos. Novamente vale frisar que a confiança quanto ao futuro não é sustentada pela melhora quanto à economia brasileira, cujo índice caiu de 48,4 para 44,5 pontos, e sim pelas expectativas nas empresas (de 60,4 para 57,7 pontos), que ainda se mantiveram em patamar otimista, acima dos 50,0 pontos.

    Na abertura por segmentos industriais, foi visto perda de grau de confiança por parte da Indústria de Transformação (de 51,8 para 48,2 pontos), tendo 23 das 27 atividades mostrado níveis abaixo dos 50 pontos. A Indústria da Construção (de 53,0 para 50,9 pontos) e a Indústria Extrativa (de 54,4 para 52,9 pontos) apresentaram índices acima dos 50,0 pontos, indicando confiança do segmento, embora ambas em menores patamares frente ao mês anterior.

    Receita de serviços cresce 10,3% em fevereiro

    O setor de serviços apresentou crescimento de 10,3% da receita em fevereiro, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados divulgados hoje (16/04) sobre a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, esse crescimento foi de 9,2%, o que mostra um maior impulso em fevereiro. No acumulado no primeiro bimestre de 2014, o avanço foi de 9,8%, e, no acumulado em 12 meses, crescimento de 8,7%. Vale ressaltar que fevereiro desse ano teve dois dias úteis (20) a mais que no ano passado (18).

    Dos cinco setores que compõem a PMS, três aceleraram em relação ao mês anterior: o item serviços prestados às famílias passou de 13% em janeiro para 13,2% em fevereiro; serviços profissionais, administrativos e complementares passou de 8,9% para 9,3%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio teve uma forte aceleração ao passar de 9,7% para 14,7%; já serviços de informação e comunicação desacelerou ao passar de 8,7%para 7,5%; por fim, outros serviços mostrou leve desaceleração, passando de 6,8% para 6,6%.

    Quanto ao resultado da PMS por Unidade da Federação, Distrito Federal, Mato Grosso e Goiás apresentaram os maiores crescimentos ao variarem 26,8%, 24,0% e 22,8%, respectivamente. Os menores ocorreram em Alagoas, Sergipe e Tocantins, com variações respectivas de 2,6%, 3,4% e 4,3%. São Paulo e Rio de Janeiro, os estados com os setores de serviços mais dinâmicos do país, apresentaram crescimento de 7,9% e 13,9%, respectivamente.

    PIB chinês avança 7,4% no primeiro trimestre de 2014

    O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 7,4% no primeiro trimestre de 2014, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, de acordo com dados divulgados ontem (15/04) pelo Departamento de Estatísticas Nacionais da China (NBS). O resultado veio ligeiramente acima das expectativas dos analistas (7,3%). Apesar de ser maior do que a previsão do mercado, observou-se leve desaceleração em relação ao último trimestre de 2013, quando o país cresceu 7,7%. Na comparação com o último trimestre de 2013, houve crescimento de 1,4%, já expurgados os efeitos sazonais. Para 2014, o Fundo Monetário Internacional projeta crescimento de 7,5%.

    A produção industrial apresentou crescimento de 8,7% nesse primeiro trimestre na variação interanual, enquanto que no mesmo trimestre do ano anterior a produção industrial havia avançado 9,5%. No primeiro bimestre, a produção industrial cresceu 8,6%. A Indústria Extrativa apresentou crescimento interanual de 3,3%, ao passo que a Indústria de Transformação mostrou crescimento de 9,9%. Serviços Industriais de Utilidade Pública, por sua vez, cresceram 4,5%.

    Além da desaceleração da produção industrial, outro fator de arrefecimento foi a queda nas exportações. As exportações sofreram recuo de 3,4% nesse primeiro trimestre, na base interanual, alcançando US$ 491,3 bilhões, enquanto que as importações aumentaram 1,6%, chegando a US$ 474,6 bilhões.

    As vendas no varejo cresceram 12,0% nesse primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior, ante elevação de 11,8% no último trimestre de 2013. O resultado vem em consonância com as políticas de transição dos pilares de crescimento da economia chinesa, na tentativa de elevar a participação do consumo no crescimento econômico.

     
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