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Informativo eletrônico - Edição 1436 Quinta-Feira, 17 de abril de 2014
 
Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IPCA-15 acumula alta de 6,19% em abril
  • Indicador Antecedente da Economia avança em março

    Economia Internacional

  • Produção industrial e inflação sobem nos Estados Unidos
  • Saldo em Transações Correntes da Zona do Euro atinge 2,8% do PIB

    Agenda Semanal

  • IPCA-15 acumula alta de 6,19% em abril

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), divulgado hoje (17/04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acelerou de 0,73% para 0,78% entre março e abril. No acumulado de 12 meses, o índice passou de 5,90% para 6,19%. Já no acumulado do ano, a alta chegou a 2,91%, taxa também superior àquela vista nos primeiros três meses de 2013 (2,58%).

    Na abertura por grupos de despesa, a classe de Alimentos e Bebidas foi novamente a principal responsável pela aceleração da taxa do IPCA-15 no mês de abril, impactando em 0,45 p.p. o índice geral, dada a aceleração de 1,10% em março para 1,84% na última leitura. Os itens carnes (2,83%), batata-inglesa (26,96%), leite (5,70%) e tomate (14,80%) foram os principais responsáveis pela aceleração. Já o grupo Transportes (de 1,22% para 0,54%) desacelerou em abril, refletindo a queda nos preços das passagens aéreas (de 27,08% em março para -1,79% em abril), a despeito da alta de itens importantes como gasolina (0,93%) e etanol (3,10%).

    Os grupos Habitação (de 0,44% para 0,58%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,46% para 0,69%) exerceram impactos de 0,08 p.p. sobre o resultado global, sendo que o segundo variou 0,69% em abril, como reflexo do aumento dos preços dos remédios. O grupo Comunicação (de -0,66% para -0,61%) foi o único a apresentar queda em seu nível de preços, em função da redução nas contas de telefone fixo (-2,03%).

    Por fim, dentre os índices regionais, Curitiba e Goiânia apresentaram as maiores variações (ambas com 1,10%%), sendo que a primeira capital sofreu com a alta dos alimentos consumidos em casa (4,39%), enquanto que a segunda foi pressionada pelas variações da gasolina (2,62%) e do etanol (5,79%). O menor índice foi verificado em Belém (0,32%). A capital de São Paulo, que detém o maior peso dentre as regiões, evidenciou crescimento de 0,78% em abril, representando uma sutil aceleração em relação ao resultado visto em março (0,77%), levando o IPCA-15 a acumular alta de 6,35% nos últimos 12 meses.

    Indicador Antecedente da Economia avança em março

    O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) cresceu 0,1% em março, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo The Conference Board na manhã de ontem (16/04). O resultado do mês não conseguiu anular o recuo aferido em fevereiro e janeiro (ambos de 0,6%). O IACE é um agregado de oito componentes que mede o ciclo econômico brasileiro, podendo assim antecipar períodos de estagnação ou crescimento. De acordo com a leitura atual, apenas três dos oitos componentes contribuíram positivamente com o índice em março.

    A FGV e o instituto The Conference Board também divulgaram o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que reflete a situação atual da economia brasileira. Tal indicador sofreu recuo de 0,2% em março, após ter apresentado elevações respectivas de 0,1% e 0,9% em fevereiro e março.

    Por fim, segundo os economistas responsáveis pelo relatório, tanto o mercado acionário quanto o comércio exterior contribuíram para a sutil elevação do IACE em março. Entretanto, o resultado fraco da produção industrial determinou a queda do ICCE no mês, levando à avaliação de um modesto crescimento econômico brasileiro nos meses à frente. Ainda segundo os economistas, não se deve esperar a volta de um cenário de rápida aceleração da atividade econômica, já que o crescimento global continua fraco e ainda há a redução gradual da política monetária expansionista (Quantitative Easing) do FED, banco central norte-americano.

    Produção industrial e inflação sobem nos Estados Unidos

    O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos avançou 0,2% em março, de acordo com os dados divulgados na terça-feira (15/04) pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS). Em fevereiro, a variação mensal tinha sido de 0,1%. No acumulado em 12 meses, a inflação atingiu 1,5%, acelerando em relação ao resultado de fevereiro (1,1%).

    A principal contribuição para a variação mensal veio do grupo de Alimentação, que avançou 0,4% em março, com destaque para o item de Carnes e Peixes, que variou 1,2%. Em 12 meses, o grupo de Alimentação mostrou alta de 1,7%, enquanto que o grupo de Energia recuou 0,1%, sendo que os itens gasolina e óleo combustível contribuíram fortemente para a queda, dadas as variações respectivas de 1,7% e 2,9%. No acumulado em 12 meses, o grupo de Energia apresenta uma variação de 0,4%.

    A desaceleração em março foi devido ao menor ímpeto na produção da Indústria de Transformação, especialmente na categoria de Bens de Consumo Duráveis. A Indústria de Transformação avançou 0,5% em março, ante a taxa de 1,4% em fevereiro. Na variação interanual, o crescimento foi de 2,8%. Já a categoria de Bens de Consumo Duráveis apresentou uma variação de 0,7%, ante o ganho de 1,3% em fevereiro, após ajuste sazonal. Na comparação interanual, tal categoria de uso avançou 3,2%. Por sua vez, a Indústria Extrativa expandiu fortemente em março, ao registrar crescimento de 1,5% (+0,9% em fevereiro). Na variação interanual, o ganho foi de 7,9%.

    Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada chegou a 79,2% em março, percentual inferior ao observado em fevereiro (78,8%), já expurgados os efeitos sazonais.

    Os resultados dos indicadores dos Estados Unidos sinalizam a retomada do crescimento econômico em 2014, especialmente devido ao melhor desempenho da produção industrial.

    Saldo em Transações Correntes da Zona do Euro atinge 2,8% do PIB

    O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da Zona do Euro avançou 0,5% em março de 2014, em comparação com igual mês do ano passado, de acordo com os dados divulgados ontem (16/04) pelo Departamento de Estatísticas Oficiais da União Europeia (Eurostat). O índice mostrou leve desaceleração em relação a fevereiro, quando a variação anual foi de 0,7%.

    Os maiores impactos positivos partiram dos seguintes itens: Fumo (0,08 ponto percentual), Restaurantes e Cafés (0,08 p.p.) e Leite, Queijo e Ovos (0,06 p.p.). Por outro lado, os itens Combustíveis (-0,24 p.p.) e Telecomunicações (-0,10 p.p.) exerceram as principais influências negativas sobre o resultado geral.

    Dentre os países-membros, as maiores variações anuais foram registradas na Áustria (1,4%), em Malta (1,4%) e na Finlândia (1,3%). Já a principais variações negativas foram observadas na Bulgária (-2,0%), na Grécia (-1,5%) e no Chipre (-0,9%). Por sua vez, França e Alemanha, as maiores economias da Zona do Euro, apresentaram aumentos respectivos de 0,7% e 0,9%.

    Ainda ontem (16/04), a Eurostat divulgou o Saldo de Transações Correntes da Zona do Euro, que atingiu superávit de € 67,4 bilhões no último trimestre de 2013. No terceiro trimestre, o saldo foi de € 49,1 bilhões. Com isso, a conta corrente da região chegou a 2,8% do PIB.

    O superávit na Balança Comercial foi de € 44,7 bilhões nos últimos três meses de 2013, ante o montante de € 67,4 bilhões no trimestre imediatamente anterior. Já o superávit na Balança de Serviços foi de € 30,8 bilhões no quarto trimestre do ano passado, após o volume de € 29,2 bilhões registrado entre julho e setembro.

    Os maiores superávits obtidos pela Zona do Euro vieram das relações com os seguintes parceiros comerciais: Estados Unidos (€ 30,9 bilhões), Suíça (€ 16,2 bilhões) e Brasil (€ 7,4 bilhões). Por outro lado, os maiores déficits partiram das relações com China (€ 24,5 bihões), Rússia (€ 14,2 bilhões) e Japão (€ 1,5 bilhão).

     
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