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Informativo eletrônico - Edição 1437 Terça-Feira, 22 de abril de 2014
 
Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Projeções para inflação superam o teto da meta do Banco Central
  • SERASA: Atividade Econômica cresce 0,9% em fevereiro

    Economia Internacional

  • Indicadores dos EUA apresentam sinais positivos em relação à atividade econômica

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Projeções para inflação superam o teto da meta do Banco Central

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (22/04) pelo Banco Central, mostrou revisão na maioria das principais variáveis macroeconômicas avaliadas. As expectativas para o crescimento do PIB em 2014 recuaram sutilmente para 1,63%, ante 1,65% visto na semana passada. Em relação a 2015, as previsões do PIB permaneceram em 2,00% pela nona semana consecutiva.

    No que tange ao IPCA, a mediana das previsões da inflação em 2014 se elevou de 6,47% para 6,51%, ultrapassando, portanto, o teto da meta estipulada pelo Banco Central, de 6,50%. Este resultado reflete a aceleração de 5,90% para 6,19%do IPCA-15 no mês de abril, informação que foi divulgada na semana passada (17/04). Para 2015, o mercado manteve as projeções de inflação em torno de 6,00%.

    A despeito da alta nas expectativas inflacionárias, o mercado manteve as projeções para o juro básico, a taxa SELIC, em 11,25% para 2014 pela quinta semana seguida, e em 12,00% para 2015, patamar no qual o boletim vem informando nas últimas onze leituras. O mesmo movimento foi visto para a taxa de câmbio, onde o mercado continua apostando numa taxa em torno de R$/US$ 2,45 em 2014, com sutil ajuste de R$/US$ 2,53 para R$/US$ 2,51 em 2015.

    Já as projeções para o déficit da conta corrente do balanço de pagamentos em 2014 sofreram um leve ajuste, atingindo US$ 77,05 bilhões, frente ao déficit de 77,00 bilhões apresentado na leitura precedente. Em relação ao saldo comercial, após sete revisões baixistas, o mercado elevou a projeção, embora de forma sutil, visto que a expectativa atual é de um superávit comercial de apenas US$ 3,02 bilhões este ano, pouco acima do resultado da semana anterior (US$ 3,00 bilhões). Em 2015, as expectativas de superávit continuam em US$ 10,00 bilhões pela oitava semana seguida.

    Por fim, após forte revisão baixista na semana passada do crescimento da atividade industrial brasileira em 2014, onde as projeções situavam-se em 0,70%, o mercado elevou-as para 1,40%, praticamente igual ao aferido há quatro semanas atrás (1,41%).

    SERASA: Atividade Econômica cresce 0,9% em fevereiro

    Nesta sexta-feira (18/04) a Serasa Experian divulgou sua proxy mensal para o PIB, que mostrou crescimento de 0,9% na passagem de janeiro para fevereiro, após efetuados os ajustes sazonais. O resultado denota uma aceleração frente ao visto em janeiro (0,8%), além de estar 4,4% acima do aferido em fevereiro de 2013.

    Ao se analisar a atividade pela ótica da oferta, o setor que apresentou crescimento mais vigoroso foi a Indústria (2,7%), embora tenha registrado desaceleração em relação ao resultado de janeiro (3,6%). A Agropecuária, por sua vez, exibiu crescimento 2,4%, após apresentar estabilidade na leitura anterior. Já o setor de Serviços, o qual detém o maior peso no produto interno do país, manteve a mesma taxa de variação apresentada no mês passado (0,7%). Todos os dados estão livres das influências sazonais.

    Já no que se refere à ótica da demanda, o consumo mostrou fraco desempenho no período, visto que os gastos das famílias cresceram apenas 0,3%, enquanto que a demanda do governo recuou 0,1% no mês. Já o investimento (formação bruta de capital fixo) registrou aceleração em fevereiro, ao passar de 3,1% para 3,2%. Por fim, quanto ao setor externo, o volume de exportação de bens e serviços cresceu 3,6% em fevereiro, após queda de 2,6% no primeiro mês do ano, enquanto que as importações mostraram desaceleração, passando de 5,1% para 3,4% nesta última leitura.

    Indicadores dos EUA apresentam sinais positivos em relação à atividade econômica

    O Indicador Antecedente da Economia americana (LEI) do Conference Board avançou 0,8% em março, de acordo com dados divulgados ontem (21/04) pelo instituto. O resultado mostra aceleração em relação a fevereiro (0,5%) e janeiro (0,2%). Em março, o índice chegou a 100,9 pontos.

    O Indicador Coincidente da Economia (CEI) apresentou elevação de 0,2% em março, chegando a 108,3 pontos. Este desacelerou em relação ao mês imediatamente anterior, quando a variação foi de 0,4%. De acordo com o economista do Conference Board, Ataman Ozyioldirim, os indicadores vêm mostrando a retomada de crescimento depois do forte inverno nos EUA, com destaque positivo para o mercado de trabalho.

    Já o Índice de Atividade Nacional dos EUA desacelerou 0,20 ponto em março, de acordo com dados divulgados pelo Federal Reserve (FED) na manhã de ontem (21/04). Em fevereiro, o índice tinha avançado 0,53 ponto. O índice é uma média ponderada de 85 indicadores divididos em 4 categorias principais: Produção Industrial, Emprego, Vendas e Consumo. Resultados acima de 0 indicam crescimento acima da média histórica e, simetricamente, resultados negativos sinalizam crescimento abaixo da média histórica.

    Das quatro categorias principais, duas contribuíram fortemente para a desaceleração em março: os indicadores de produção, ao passarem de 0,54 em fevereiro para 0,21 ponto em março; e os indicadores de vendas recuaram 0,02 ponto em março, ante aumento de 0,08 ponto em fevereiro. Já os indicadores de emprego e consumo tiveram resultados melhores em março: o emprego passou de 0,07 para 0,14 ponto, resultado que indica maior dinamização do mercado de trabalho; já o consumo passou de -0,17 em fevereiro para -0,13 ponto em março. Apesar da desaceleração, os índices também mostram maior dinamização da atividade econômica nos EUA, reforçando as expectativas de um maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014.

     
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