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Produção Industrial paulista recua em março
Nesta quarta-feira (23/04) a FIESP/CNI divulgou a Sondagem Industrial Mensal de São Paulo referente ao mês de março, onde o indicador de produção recuou 8,2 pontos com relação ao mesmo mês do ano anterior, distanciando-se ainda mais dos 50 pontos, fixando-se no patamar de 45,1 pontos, o que indica contração na atividade no mês em referência.
O resultado impactou na perda de utilização da capacidade instalada, ao atingir 39,6 pontos, diminuindo em 3,9 pontos na comparação com o mesmo mês do ano anterior, estando abaixo da linha divisória desde novembro de 2010. No que tange às variáveis de estoque, foi visto novo acúmulo no índice de produto final (+2,2 pontos em relação ao ano anterior), e no estoque efetivo versus planejado (+1,0 ponto), ambos em patamares de elevado nível (52,9 pontos).
Em relação aos próximos seis meses, o indicador de expectativas de demanda apresentou queda de 8,5 pontos, ao passar de 58,2 para 49,7 pontos. Quanto à compra de matérias-primas, o índice também entrou em cenário pessimista ao passar de 55,8 para 49,8 pontos. A percepção quanto ao nível de exportações para os próximos meses foi o único indicador futuro que mostrou ganho na comparação com março de 2013, passando de 48,5 para 48,8 pontos, entretanto, permanecendo dentro de uma linha pessimista, visto que está abaixo de 50 pontos.
Ao analisar os indicadores que avaliam a situação atual e as expectativas para os próximos meses, corroboram-se as projeções pessimistas, sinalizando que o cenário industrial continua repleto de incertezas, com início de ano bem abaixo do esperado e perspectivas de fraco crescimento para o setor ao longo do ano.
Prévia da Confiança da Indústria avança 0,3% em abril
Foi divulgado hoje (24/04) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a prévia do Índice de Confiança da Indústria (ICI), que apresentou leve alta de 0,3% em abril, expurgados os efeitos sazonais. Com isso, o índice chegou a 96,5 pontos, ante 96,2 em março. Apesar de interromper a sequência de quedas desde o começo de 2014, o ICI ainda permanece abaixo da média histórica (105,4 pontos).
O Índice de Situação Atual (ISA) puxou o ICI para cima ao avançar 1,1%, passando de 96,6 para 97,7 pontos. Não obstante, o Índice de Expectativas (IE) manteve-se na mesma trajetória ao recuar 0,5%, já ajustado sazonalmente, resultado que faz com que o IE chegue a 95,3 pontos, ante 95,8 pontos de março.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) atingiu 84,2%, uma mudança de 0,2 ponto percentual em relação a março, quando o NUCI situava-se em 84,4%. O resultado efetivo da pesquisa será divulgado no dia 30 de abril.
Volume de comércio mundial recua em fevereiro
O volume do comércio mundial recuou 0,7% em fevereiro, após avanço de 0,2% em janeiro, na base de dados sazonalmente ajustados. O resultado reflete o declínio de 0,9% no volume de importações, bem como a perda de 0,5% nas exportações. Vale ressaltar que a produção industrial mundial desacelerou em fevereiro, dado que depois de mostrar elevação de 0,4% no início do ano, exibiu variação de apenas 0,1% na passagem de janeiro para fevereiro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24/04) pela CPB Netherlands.
A queda no volume de comércio foi vista tanto nas economias emergentes (-1,0%), quanto nas avançadas (-0,4%), tendo o primeiro grupo acelerado o ritmo de contração aferido na última leitura (-0,3%), e o segundo anulado parcialmente a alta vista em janeiro (0,8%).
De acordo com a leitura atual, a queda no volume de exportação mundial foi influenciada fortemente pela perda de 1,3 % dos produtos vendidos pelas economias emergentes, sobretudo dos países do leste europeu, cuja exportação sofreram retração de 5,5% no período. Já as exportações das economias avançadas cresceram 0,3%, puxadas pelo Japão (4,2%), enquanto que os Estados Unidos (-1,9%) registraram menor demanda externa na passagem de janeiro para fevereiro.
Já no lado das importações, o apetite por produtos estrangeiros foi menor nas economias desenvolvidas. Segundo o instituto, as importações das economias maduras recuaram 1,1%, principalmente devido à queda de 5,0% do Japão, e, no mesmo sentido, verificou-se que as economias emergentes recuaram 0,6%, novamente se destacando o Leste Europeu (-4,3%) como vetor negativo para os ofertantes mundiais.
Por fim, a alta de 0,1% na produção industrial mundial reflete o aumento de 0,4% dos países avançados, ao passo que os emergentes apresentaram retração de 0,2%. Os maiores destaques positivos ficaram com Estados Unidos (1,2%) e África (0,7%). Por outro lado, Japão (-1,7%) e os países emergentes da Ásia (-0,6%) mostraram redução na atividade fabril no mês de fevereiro.
Índice de clima de negócios da Alemanha avança em abril
O Índice de Clima de Negócios da Alemanha, divulgado hoje (24/04) pelo instituto IFO, apresentou resultado positivo em abril, ao atingir 111,2 pontos, ante 110,7 em março. De acordo com o instituto, a elevação do índice ocorreu tanto devido ao avanço na situação atual, a despeito da crise política na Ucrânia, quanto às melhores expectativas em relação ao futuro.
O Índice da Situação Atual (ISA) passou de 115,2 pontos em março para 115,3 em abril, já expurgados os efeitos sazonais. Já o Índice de Expectativas (IE) passou de 106,4 para 107,3 pontos, também expurgados os efeitos sazonais. O Índice de Indústria e Comércio avançou 1,0 ponto, passando de 13,8 para 14,8 pontos percentuais; neste sentido, contribuíram fortemente o avanço do Índice de Transformação e o Índice de Vendas no Varejo, que passaram de 19,1 para 20,2 pontos e 10,9 e 14,4 pontos, respectivamente.
Por fim, o Índice de Clima de Negócios IFO do setor de serviços da Alemanha avançou em abril, ao passar de 19,2 para 22,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE) passou de 6,7 para 11,5 pontos, resultado este que contribuiu fortemente para o avanço do Clima de Negócios. O Índice de Situação Atual (ISA) também avançou, embora com menor ímpeto, passando de 32,4 para 33,2 pontos. Os resultados reforçam a expectativa de crescimento econômico substantivo da Alemanha em 2014.
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