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Informativo eletrônico - Edição 1441 Segunda-Feira, 28 de abril de 2014
 
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Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado apresenta poucas revisões e inflação segue acima da meta
  • Confiança do Comércio recua 3,1% em abril
  • Saldo de Transações Correntes em março recua levemente para 3,64% do PIB

    Economia Internacional

  • Confiança do consumidor dos Estados Unidos avança em abril

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Mercado apresenta poucas revisões e inflação segue acima da meta

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (28/04) pelo Banco Central, demonstrou poucas revisões em suas principais variáveis macroeconômicas avaliadas. As expectativas para o crescimento do PIB em 2014 avançaram sutilmente para 1,65%, ante 1,63% visto na semana passada, mas permanecendo abaixo do resultado aferido há quatro semanas (1,69%), enquanto que para 2015 as previsões do PIB permaneceram em 2,00%, pela décima semana seguida.

    No que tange ao IPCA, a mediana das previsões da inflação em 2014 foi ajustada levemente para 6,50%, ante 6,51%, ficando exatamente no teto da meta estipulada pelo Banco Central. Para 2015, o mercado manteve suas projeções de inflação em torno de 6,00% pela terceira semana consecutiva. Novamente o mercado manteve suas projeções para a taxa SELIC, o juro básico, em 11,25% para 2014, completando nesta leitura a quinta semana seguida neste patamar, igual movimento visto para 2015, onde as projeções permaneceram em 12,00% nas últimas doze leituras.

    Para a taxa de câmbio, o mercado continua apostando numa taxa em torno de R$/US$ 2,45 em 2014, ao passo que para 2015 foi visto o terceiro ajuste baixista seguido, tendo o câmbio apresentado uma pequena valorização, passando de R$/US$ 2,51 para R$/US$ 2,50, mas permanecendo mais depreciado em relação ao ano passado.

    Já as projeções para o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2014 também mostraram ajuste, atingindo US$ 77,10 bilhões, frente ao déficit de 77,05 bilhões apresentado na leitura precedente. Em relação ao saldo comercial, o mercado manteve a aposta de superávit comercial de apenas US$ 3,02 bilhões neste ano, mantendo-se abaixo do visto há quatro semanas (US$ 4,25 bilhões). Em 2015 as expectativas de superávit continuam em US$ 10,00 bilhões pela nona semana seguida.

    Por fim, após forte revisão altista na semana passada do crescimento da atividade industrial brasileira em 2014, a mediana das projeções permaneceu em 1,40% nesta leitura. Em 2015, as perspectivas apontam crescimento de 2,65%, inferior aos 2,95% aferidos uma semanas antes.

    Confiança do Comércio recua 3,1% em abril

    O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) apresentou recuo de 3,1% no trimestre findo em abril, de acordo com dados divulgados hoje (28/04) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em março, a variação na mesma métrica foi de -2,1%, o que mostra maior ímpeto na perda de confiança no mês atual. Com este resultado, a pesquisa sinaliza desaceleração na passagem para o segundo trimestre de 2014.

    O resultado desse mês foi principalmente influenciado pelo momento presente. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) apresentou variação de -7,0% em abril, ante -8,0% em março na variação interanual trimestral. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) apresentou recuo de 0,4% na mesma base de comparação em abril, depois de uma sequência de sete meses de avanço do índice.

    Nos setores avaliados pela pesquisa, destacam-se negativamente os setores de Atacado e Veículos, Moto e Peças. O primeiro apresentou recuo de 3,3%, ante queda de 0,5% em março. Já o segundo variou -12,9%, ante -9,9% na leitura anterior, na mesma base de comparação. Já o Varejo Restrito variou -0,6% em abril, ante -0,9% em março. O grupo de Material de Construção apresentou melhora no trimestre findo em abril ao variar -3,6%, ante -4,9% em março. O Varejo Ampliado, que engloba Veículos, Moto e Peças, Material de Construção e Varejo Restrito, passou de -2,7% para -2,8% em abril.

    Entre os resultados da pesquisa, a parcela que considera que o Nível de Demanda está forte avançou para 15,0% em abril, ante 14,7% em março. Em sentido divergente, a parcela que considera o Nível de Demanda fraco também avançou ao passar de 23,3% para 23,5%. Todavia, os que consideram que a Tendência de Negócios para os próximos 6 meses irá aumentar diminuiu para 53,0%, ante 53,9% em março. Já a proporção que acredita que vai piorar aumentou para 6,2%, ante 5,7% em março.

    Saldo de Transações Correntes em março recua levemente para 3,64% do PIB

    O saldo de Transações Correntes apresentou déficit de US$ 6,2 bilhões em março, de acordo com dados divulgados na última sexta-feira (25/04) pelo Banco Central do Brasil (BCB). Com isso, no acumulado em 12 meses, o déficit acumulado chegou a US$ 81,6 bi em março, resultado que representa 3,64% do Produto Interno Bruto (PIB), ligeiramente abaixo do resultado em fevereiro (3,69% do PIB) devido à melhora da Balança Comercial (superávit de US$ 122 mi) em março. Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) apresentaram ingressos líquidos de US$ 5,0 bilhões. No acumulado em 12 meses, essa rubrica chegou a US$ 65 bi, o que representa 2,9% do PIB.

    A conta de Serviços, tradicionalmente deficitária no Brasil, registrou saldo negativo de US$ 3,7 bilhões em março, 0,7% menor frente ao resultado de março de 2013. Os destaques foram as elevações das despesas líquidas com aluguel de equipamentos (10,2%), royalties e licenças (13,4%), além do aumento de 10,7% nas despesas de viajantes estrangeiros, o que reduziu as despesas líquidas de viagens internacionais para US$ 1,3 bilhão.

    Os IED acumularam US$ 5,0 bilhões líquidos em março. Os ingressos líquidos em participação no capital somaram US$ 3,6 bilhões, já os empréstimos intercompanhias atingiram US$ 1,4 bilhão. No acumulado em 12 meses, o IED apresentou ingressos líquidos de US$ 65 bilhões, ligeira queda se comparado com o mês imediatamente anterior, quando essa rubrica foi de US$ 65,8 bilhões. As reservas internacionais permaneceram praticamente estáveis ao totalizarem US$ 363,9 bilhões em março no conceito caixa. Já no conceito liquidez, que considera títulos em dólar e outros recursos, estas totalizaram US$ 377,2 bilhões.

    Confiança do consumidor dos Estados Unidos avança em abril

    De acordo com os dados divulgados na última sexta-feira (25/04) pela Universidade de Michigan, o índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos avançou 4,1 pontos em abril, ao passar de 80,0 para 84,1 pontos, superando também a leitura preliminar, que apontava índice no patamar de 82,6 pontos. A confiança atingiu o maior nível desde julho de 2013.

    O resultado reflete a melhora da situação corrente bem como a futura. O Índice de Situação Atual (ISA) apresentou alta ao passar de 95,7 para 98,7 pontos entre março e abril, superando a leitura preliminar de 97,1 pontos, sendo este o maior patamar desde julho de 2007. Já o índice de Expectativas (IE) passou de 70,0 para 74,7 em abril, também superando a leitura prévia (73,3 pontos).

     
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