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Informativo eletrônico - Edição 1442 Terça-Feira, 29 de abril de 2014
 
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Economia Brasileira

  • IGP-M desacelera e chega a 0,78% em abril
  • Confiança do setor de Serviços recua 3,1% em abril

    Economia Internacional

  • Setor de Serviços e da Construção puxam confiança da Zona do Euro para baixo
  • GfK: Confiança do consumidor alemão permanece estável em maio

  • IGP-M desacelera e chega a 0,78% em abril

    O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) apresentou uma variação de 0,78% em abril, de acordo com dados divulgados hoje (29/04) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado mostra clara desaceleração em relação a março devido a acomodação dos preços agrícolas, quando o índice teve um avanço de 1,67%. No acumulado em 12 meses, o IGP-M apresentou uma variação de 7,98%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-M, registrou uma taxa de variação de 0,79%. Na leitura anterior, o índice variou 2,20%. O índice de Bens Finais, que compõe o IPA, apresentou uma variação de 2,19%, ante 2,23% no mês imediatamente anterior. O subgrupo de alimentos in natura passou de 17,48% para 10,45% em abril. Já o grupo de Bens Intermediários variou 0,18%, resultado este que mostra desaceleração em relação a variação em março, quando a variação foi de 1,28%. O principal componente responsável pela desaceleração foi o subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, cuja variação foi de -0,05%, ante 1,70% em março. Ao analisar o índice do processo inicial de produção, o grupo de Matérias-Primas Brutas recuou 0,06% em abril. Em março, este variou 3,25%. As principais contribuições vieram dos seguintes itens: café (34,47% para -1,71%), soja (4,06% para -1,66%) e laranja (15,73% para -15,82%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-M, apresentou uma variação de 0,82%, permanecendo estável em relação ao mês imediatamente anterior. A principal contribuição veio do grupo de Saúde e Cuidados Pessoais, que passou de 0,49% em março para 0,97% em abril. Os outros grupos que sofreram acréscimo foram: Vestuário (0,25% para 1,09%), Alimentação (1,55% para 1,62%) e Despesas Diversas (0,36% para 0,43%). Já os grupos que sofreram decréscimo foram: Transportes (0,78% para 0,53%), Habitação (0,63% para 0,55%), Comunicação (0,23% para -0,03%) e Educação, Leitura e Recreação (0,67% para 0,00%), sendo que este último teve uma contribuição importante no IPC.

    Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que representa 10% do IGP-M, apresentou uma variação de 0,67% em abril, ante 0,22% em março, conforme divulgado pela FGV na última sexta-feira (25/04) e relatado no Macro Visão de edição 1440. O índice de Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou uma variação de 0,93%, ante 0,45% em março. Já o índice de Mão de Obra variou 0,42% em abril, ante 0,01% em março.

    Confiança do setor de Serviços recua 3,1% em abril

    O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 3,1% em abril, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (29/04) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Este resultado representa a maior queda desde julho de 2013 (-4,1%), cujo resultado foi afetado pelas manifestações de junho. Em março, o ICS recuou 0,4%. Com isso, o resultado chegou a 113,3 pontos, ante 116,9 pontos em março, o que faz com que o ICS permaneça abaixo da média histórica (123,7).

    Ambos os índices que compõem o ICS recuaram em abril. O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 3,8% em abril, enquanto que o Índice de Expectativas (IE-S) registrou uma queda de 2,5%. A queda do ISA reflete a perspectiva com o setor. Entre as respostas da pesquisa, aqueles que consideram que o Volume de Demanda Atual como forte recuou para 12,1% em abril, ante 15,5% em março. Na avaliação da Situação Atual de Negócios, a proporção que a considera boa aumentou para 24,6%, ante 23,9%. Entretanto, isso não foi o suficiente para impedir o recuo do ISA, já que a parcela que a parcela que considera a Situação Atual de Negócios como ruim aumentou para 19,6% em abril, ante 17,0% março.

    A queda no IE se refere ao recuo nas Tendências de Negócios. A proporção das empresas que esperam um aumento da demanda para os próximos meses sofreu um decréscimo ao passar para 39,1%, ante 40,3% em março. Já a parcela que prevê um recuo da demanda para os próximos meses passou para 11,1%, ante 8,5% em março.

    Setor de Serviços e da Construção puxam confiança da Zona do Euro para baixo

    Nesta terça-feira (29/04), a Comissão Europeia (EC) divulgou o resultado para abril de seu Indicador de Sentimento Econômico (Economic Sentiment Indicator, em inglês). De acordo com a quarta leitura do ano, o ESI registrou perda de 0,5 ponto na Zona do Euro (atingindo 102,0 pontos), ao passo que a avaliação para a União Europeia registrou acréscimo de 0,9 ponto nesta leitura (alcançando 106,2 pontos).

    Na abertura por área avaliada, a piora da confiança na área do euro foi puxada em grande medida pelas quedas de 1,0 ponto na confiança do setor de Serviços e de 1,6 ponto na confiança do setor da Construção. A confiança da Industria (-0,3 ponto) e do Varejo (-0,1 ponto) recuaram ligeiramente na passagem de março para abril, apontando praticamente estabilidade. Por outro lado, da mesma forma que a leitura anterior, a confiança do Consumidor segue em ritmo de alta, exibindo ganho de 0,7 ponto nesta leitura, reflexo da alta confiança da população quanto a futuro da economia em geral, bem como o nível de emprego.

    Dentre os países analisados, as maiores quedas foram vistas nos Países Baixos e Espanha (-1,0 ponto), seguidos por Alemanha (-0,4 ponto) e França (-0,3 ponto), enquanto Itália (0,5 ponto) registrou um modesto avanço.

    A Comissão Europeia também divulgou sua avaliação do Indicador de Clima de Negócios (Business Climate Indicator, em inglês), cujo índice decresceu 0,13 ponto em abril, recuando ao patamar de 0,27 ponto no mês (ante 0,40 ponto em março), reflexo dos resultados ruins em relação as avaliações das encomendas totais, além do fraco resultado visto nas expectativas de produção.

    GfK: Confiança do consumidor alemão permanece estável em maio

    De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pela GfK (Associação alemã de Pesquisas ao Consumidor), a confiança do consumidor alemão permaneceu em 8,5 pontos em abril, igual patamar visto no mês anterior – em linha com as previsões registradas na divulgações de março. Além do resultado oficial do mês, o instituto ainda indica que através de alguns indicadores e previsões já conhecidas, há possibilidade da confiança do consumidor se manter pela terceira vez em 8,5 pontos no mês de maio.

    Após a alta de 1,3 ponto em março, as expectativas do consumidor quanto a econômica voltaram a cair este mês, recuando 1,1 ponto até o patamar de 32,1 pontos, mas mantendo-se muito superior aos visto em igual mês do ano anterior (-1,5 ponto em abril/13). A atual crise na Ucrânia começou a incomodar os alemães com relação ao desenvolvimento da economia nacional, resultado contrastante em relação ao Índice de Clima de Negócios da Ifo Institute, que indica que as empresas alemãs ainda estão confiantes nos negócio, apesar da Ucrânia. O temor dos consumidores vem de uma possível piora na crise, levando os países do Ocidente a responder com sanções econômicas mais fortes contra a Rússia.

    Em relação a renda, o indicador exibiu crescimento de 6,7 pontos em abril passando de 45,6 para 52,3 pontos – o maior resultado desde o recorde aferido em 1991, quando apresentou-se a primeira confiança do consumidor após a unificação do país. A situação estável no mercado de trabalho deixaram os funcionários confiantes de um aumento considerável de salario este ano, com salários subindo a 3% ou mais, e a inflação em patamares baixos (1% em março), aumentando o poder de compra da população alemã.

     
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