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Informativo eletrônico - Edição 1444 Segunda-Feira, 05 de maio de 2014
 
Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado volta a reduzir crescimento do PIB e da produção industrial em 2014
  • Vendas de autoveículos volta a crescer em abril
  • PMI da Indústria de Transformação brasileira recua em abril

    Economia Internacional

  • Taxa de desemprego dos EUA recua para 6,3% em abril
  • PMI da Indústria de Transformação da China aponta ligeiro avanço em abril

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Mercado volta a reduzir crescimento do PIB e da produção industrial em 2014

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (05/05) pelo Banco Central, mostrou revisões em grande parte de suas principais variáveis macroeconômicas avaliadas. As expectativas para o crescimento do PIB em 2014 voltaram a recuar sutilmente esta semana, passando de 1,65% para 1,63%, mesmo patamar visto há quatro semanas. Para 2015, após permanecerem por dez semanas em torno de 2,00%, as previsões do mercado sofreram revisão baixista chegando a métrica de 1,91% nesta leitura.

    No que tange ao IPCA, a mediana das previsões da inflação em 2014 segue no limite máximo da meta de inflação (6,50%), resultado significativamente acima do aferido há quatro semanas (6,35%). Pela sétima semana o mercado manteve suas projeções para a taxa SELIC, o juro básico, em 11,25% para 2014, enquanto que para 2015 as previsões, que se encontravam em 12,00% nas últimas doze leituras, apresentaram alta de 0,25p.p. nesta semana ao atingir 12,25%.

    Para a taxa de câmbio, o mercado segue apostando numa taxa em torno de R$/US$ 2,45 em 2014, ao passo que para 2015 as expectativas mostram o real levemente mais desvalorizado, passando de R$/US$ 2,50 para R$/US$ 2,51, mas ainda menos depreciado do que se acreditava há quatro semanas atrás (R$/US$ 2,55).

    Já as projeções para o déficit da conta corrente do balanço de pagamentos em 2014 mostraram novo ajuste baixista, passando de US$ 77,10 bilhões para 78,60 bilhões, totalizando assim a quinta estimativa consecutiva de queda. Em relação ao saldo comercial, o mercado revisou a expectativa de superávit comercial para apenas US$ 3,00 bilhões este ano, mantendo-se abaixo do visto na semana passada e há quatro semanas (US$ 3,02 bilhões e US$ 4,00 bilhões, respectivamente). Em 2015 as expectativas de superávit continuam em US$ 10,00 bilhões pela décima semana seguida.

    Por fim, após permanecer estável na semana passada, as projeções para o crescimento da atividade industrial brasileira em 2014 caíram para 1,21% nesta semana, ante 1,40% na avaliação precedente – avaliação que muito provavelmente sofrerá ajuste nesta semana após a divulgação (em 07/05) da produção industrial de março. Em 2015, as perspectivas apontam crescimento de 2,65%, igual patamar registrado na leitura anterior.

    Vendas de autoveículos volta a crescer em abril

    De acordo com os dados divulgados na última sexta-feira (02/05) pela Fenabrave, as vendas de veículos ao mercado interno varejista avançaram 3,7% em abril, devolvendo a queda de 2,9% registrada no mês anterior – já expurgados os efeitos sazonais. A leitura atual indica vendas de 432,5 mil unidades, desconsiderando as máquinas agrícolas. O indicador é um importante termômetro de avaliação para o volume de vendas no varejo, sendo um indicador coincidente da PMCA (Pesquisa Mensal do Comércio Ampliado).

    A alta é reflexo do aumento das vendas em todas as categorias avaliadas pela entidade. A maior taxa de variação foi vista na categoria "Caminhões", onde após exibir queda de 10,3% na última leitura, as vendas apresentaram crescimento de 6,7% na passagem de março para abril. A categoria "Automóveis", responsável por cerca de 51% das unidades totais de veículos vendidos, anulou a queda de 2,8% aferida em março ao registrar crescimento de 5,6% nesta leitura, com base em dados sazonalmente ajustados, superando também o crescimento aferido em abril de 2013 (1,5%), em igual base de comparação. Em relação aos Comerciais Leves, a terceira maior categoria em peso, foi visto crescimento de 4,1% no volume de vendas, ao passo que "Ônibus" (1,5%) e "Motocicletas" (0,1%) mostraram expansão menos vigorosa no período.

    Apesar da alta mensal, o resultado em abril não é positivo quando comparado à retração de março e à queda de igual mês do ano anterior. De acordo com a instituição, o volume de veículos ao mercado interno foi cerca de 12,6% menor do que o registrado em abril de 2013. A queda foi generalizada, com perdas de 14,3% nas vendas de Automóveis, seguidos por Motocicletas (-13,6%), Comerciais Leves (-2,6%), Caminhões (-21,5%), Implementos Rodoviários (-19,7%) e Ônibus (-17,3%).

    Portanto, apesar da retomada nas vendas no mês, o setor automobilístico ainda mostra grande fragilidade, principalmente em relação ao desempenho do ano anterior.

    PMI da Indústria de Transformação brasileira recua em abril

    O Índice Gerente de Compras (PMI) da Indústria de Transformação do Brasil recuou 1,3 ponto na passagem de março para abril, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados sexta-feira (05/05) pelo instituto Markit. O PMI passou de 50,6 pontos para 49,3 pontos, sendo este resultado o mais baixo em nove meses. Esse indicador sinaliza que a indústria brasileira se encontra na faixa de contração.

    As principais contribuições advieram da redução de novos pedidos e, consequentemente, da queda no nível de emprego. Além disso, os setores entrevistados afirmaram que as condições econômicas atuais não favorecem o setor manufatureiro. Entretanto, houve um arrefecimento nos custos ao produtor, o que indica um certo recuo na inflação de custos, apesar do aumento no custo de matérias-primas importadas, devido à desvalorização do real perante o dólar.

    De acordo com Andre Loes, economista-chefe do HSBC no Brasil, o resultado reflete a piora nas condições econômicas na passagem do primeiro para o segundo trimestre, resultado que será refletido nas divulgações dos próximos índices econômicos.

    Taxa de desemprego dos EUA recua para 6,3% em abril

    Foi divulgado na sexta-feira (02/05), pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS), o índice de desemprego dos Estados Unidos, que recuou para 6,3% em abril, dado já ajustado sazonalmente. Em março, a taxa de desemprego era de 6,7%. Foram criados em abril 288 mil postos de trabalho, frente a uma média de 190 mil empregos no acumulado em 12 meses.

    A taxa de desemprego entre os homens chegou a 5,9% e, entre as mulheres, o resultado foi de 5,7%. Os principais setores que contribuíram para esse resultado foram serviços e setor industrial, ambos com criação de 55 mil empregos.

    Os resultados do mercado de trabalho dos Estados Unidos mostram a retomada da atividade econômica depois do longo inverno, que prejudicou diversos setores da economia e, ademais, reforçam a retirada dos estímulos monetários pelo Banco Central americano (FED), já que o mercado de trabalho tem exibido revigoramento.

    PMI da Indústria de Transformação da China aponta ligeiro avanço em abril

    O Índice de Gerente de Compras (PMI) da Indústria de Transformação da China continua sinalizando contração, apesar da melhora do índice na passagem de março para abril ao atingir 48,1 pontos, ante 48,0 em março, na base dessazonalizada, de acordo com dados divulgados na manhã de hoje (05/05). O resultado final mostrou-se ligeiramente abaixo da prévia do PMI, de 48,3 pontos em abril.

    De acordo com a publicação, a queda nos componentes do PMI foi generalizada, com maior contribuição do item novas encomendas e do nível de emprego, sendo que este último apresentou queda pelo sexto mês consecutivo. Outro indicador que também recuou em abril foi o referente à encomendas para exportação, o que representa bastante na composição do PMI.

    De acordo com o economista-chefe do HSBC para a Ásia, Hongbin Qu, os resultados refletem a perda do ímpeto da economia chinesa e que somente as ações tomadas pelo governo para estimular o investimento privado não serão suficientes, o que exige medidas mais fortes por parte de Pequim.

     
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