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Informativo eletrônico - Edição 1445 Terça-Feira, 06 de maio de 2014
 
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Economia Brasileira

  • Preços ao produtor da indústria de transformação registra deflação em março
  • Inflação em São Paulo varia 0,53% e desacelera em abril

    Economia Internacional

  • OCDE reduz crescimento do Brasil para 1,8% em 2014
  • PMI da Zona do Euro avança em abril

  • Preços ao produtor da indústria de transformação registra deflação em março

    De acordo com os dados divulgados na manhã de hoje (06/05) pelo IBGE, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) da Indústria de Transformação recuou 0,22% em março, frente ao mês anterior, após ajuste sazonal. É uma significativa queda nos preços frente ao resultado aferido em fevereiro (0,52%), além de ser o primeiro resultado negativo desde outubro de 2013 (-0,45%). Em março de 2014, o índice ficou praticamente estável (0,04%) em relação ao visto no mesmo mês do ano anterior. O índice acumula alta de 1,73% em 2014, inferior aos 1,96% registrados em fevereiro, tendo esta desaceleração se repetido na métrica do acumulado em 12 meses, cuja inflação passou de 8,24% para 7,96% nesta última leitura. O IPP mensura a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", desconsiderando impostos e fretes.

    A leitura atual reflete a queda de preços de 18 das 23 atividades avaliadas. As maiores retrações ocorreram em: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,54%), fumo (-2,01%), impressão (-1,66%) e madeira (-1,60%). Entretanto, ao se avaliar em termos de impacto no avanço do índice geral, tem-se: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,07 pontos percentuais), fabricação de máquinas e equipamentos (-0,04 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,04 p.p.) e outros produtos químicos (-0,04 p.p.).

    Por outro lado, as maiores altas de março foram vistas em artigos do vestuário e acessórios (1,05%), produtos têxteis (0,96%), produtos de borracha e de material plástico (0,45%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (0,39%).

    Inflação em São Paulo varia 0,53% e desacelera em abril

    O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-FIPE) apresentou variação de 0,53% em abril, de acordo com dados divulgados hoje (06/05) pela FIPE. O índice mostra clara desaceleração em relação a março, quando o índice chegou a 0,74%. No acumulado em 12 meses, o IPC-FIPE apresentou variação de 5,18%. O IPC-FIPE representa o custo de vida na cidade de São Paulo.

    A desaceleração deste mês deve-se à queda dos preços dos alimentos, que apresentou variação de 1,23% no mês de abril, ante 2,00% em março. Do seis grupos de despesas restantes, dois apresentaram decréscimos em abril, a saber, Transportes (0,81% para 0,16%) e Vestuário (0,45% para 0,07%). Os quatro que apresentaram acréscimos foram: Habitação (-0,01% para 0,04%), Despesas Pessoais (0,67% para 1,00%), Saúde (0,50% para 1,15%) e Educação (0,06% para 0,08%).

    OCDE reduz crescimento do Brasil para 1,8% em 2014

    A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira (06/05) o Outlook Econômico de Maio, com as revisões de suas últimas projeções apresentadas em novembro do ano passado. De acordo com o documento, a economia mundial irá exibir crescimento mais vigoroso nos próximos dois anos, entretanto, deve-se manter o foco na redução do desemprego, entre outros desafios impostos pela crise econômica mundial.

    O relatório indica avanço de 3,4% e 3,9% na economia mundial em 2014 e 2015, respectivamente. Já o crescimento do PIB dos 34 países membros da OCDE deve ficar em 2,2% em 2014 e acelerar para 2,8% em 2015.

    Dentre as principais economias avançadas, a recuperação é mais evidente nos Estados Unidos, onde a organização projeta um crescimento de 2,6% em 2014 e 3,5% em 2015. Já a Zona do Euro deve voltar a crescer após três anos seguido de contração, tendo seu crescimento projetado para 1,2% em 2014 e 1,7% em 2015. No Japão, o crescimento deve ter seu avanço prejudicado pelas medidas fiscais recentes, e espera-se que o país apresente crescimento de 1,2 % em 2014 e 2015.

    Já em relação ao BRIICS (Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia e África do Sul), a instituição projeta crescimento do PIB, em média, de 5,3% este ano e 5,7% em 2015. A China segue com o maior crescimento no grupo, desacelerando de 7,4% em 2014 para 7,3% em 2015. No caso do Brasil, a organização espera crescimento de 2,2% para 2014 em seu último relatório divulgado em dezembro, tendo revisado para baixo essa projeção, atingindo 1,8% em 2014 e 2,2% em 2015 (ano que também sofreu revisão baixista, ficando abaixo dos 2,5% divulgado anteriormente).

    O documento ainda informa que o investimento e comércio continuam mostrando sinais de recuperação, embora moderado para os padrões do passado. As condições financeiras estão melhorando nas economias avançadas, apesar das condições de crédito estarem apertadas e do arrefecimento das economias emergentes.

    Por fim, a OCDE destaca uma série de sugestões de política econômica para o fortalecimento da economia mundial. A política monetária recomendada para a Zona do Euro é de mais uma redução da taxa de juros, dada a inflação baixa e em ritmo de queda. Para os EUA, espera-se a manutenção da gradual redução dos estímulos monetários.

    PMI da Zona do Euro avança em abril

    O Índice de Gerente de Compras (PMI) composto da Zona do Euro chegou a 54 pontos em abril, de acordo com dados divulgados hoje (06/05) pelo instituto Markit. O resultado foi o mesmo da prévia e veio acima do índice de março, situado em 53,1 pontos. Com isso, o índice chegou ao seu maior nível desde maio de 2011, resultado que reforça a expectativa de recuperação da Zona do Euro para os anos posteriores.

    O Índice de PMI de Serviços, que junto com o PMI da Indústria de Transformação compõe o PMI composto, chegou a 53,1 pontos em abril, o mesmo valor da prévia e acima do resultado do mês passado, quando este chegou a 52,2 pontos. Além das melhores condições no clima de negócios, novas encomendas também ajudaram a elevar o PMI de Serviços nas economias da Zona do Euro. Os destaques desse mês vão para os países periféricos, como Irlanda e Espanha, que apresentaram crescimento pelo 86º e 85º mês seguido, respectivamente.

    O PMI da Indústria de Transformação da Zona do Euro chegou a 53,4 pontos em abril, ante 53,3 da prévia e 53,0 pontos em março. Os destaques vão para as novas encomendas, que cresceram em todos os países da Zona do Euro. Entre os países, os destaques no PMI industrial vão para Irlanda e Itália, que cresceram pelo 38º e 36º mês consecutivo.

    Segundo o economista-chefe da Markit, Chris Williamson, o resultado do PMI sugere maior crescimento no segundo trimestre em três anos, o que mantém perspectivas positivas em relação a essa área. A Alemanha continua a liderar o crescimento na Zona do Euro por ser a economia mais dinâmica junto à França; entretanto, a França ainda apresenta certa inércia, retirando velocidade do avanço do PMI.

     
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