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Informativo eletrônico - Edição 1448 Sexta-Feira, 09 de maio de 2014
 
Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial recua em 7 das 14 regiões em março
  • Inflação ao consumidor chega a 6,28% em abril

    Economia Internacional

  • Indústria do Reino Unido avança 0,7% no primeiro trimestre
  • Balança Comercial da Alemanha soma 16,4 bilhões de euros em março

    Agenda Semanal

  • Produção industrial recua em 7 das 14 regiões em março

    Na manhã de hoje (09/05), o IBGE divulgou os dados referentes à Pesquisa Industrial Mensal Regional, e mostrou que a queda de 0,5% da produção industrial nacional na passagem de fevereiro para março atingiu metade das regiões avaliadas, uma vez que apenas sete dos quatorze locais pesquisados mostraram queda na margem, após ajuste sazonal. Cabe ressaltar que a partir da leitura deste mês, os resultados regionais passam a respeitar as novas mudanças metodológicas implementadas na nova PIM-PF (baseada nas nomenclaturas da CNAE 2.0 e ponderações de acordo com a PIA de 2010). Foi acrescentado também o Estado de Mato Grosso, que ainda não terá os resultados mensais divulgados, dado que não apresenta longevidade suficiente para compor a série ajustada sazonalmente.

    A entrada da nova região na pesquisa impactará os resultados da Indústrias de Transformação, sobretudo nas atividades de produtos alimentícios, bebidas, produtos de madeira, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, outros produtos químicos e minerais não-metálicos, setores importantes na produção industrial em Mato Grosso.

    Em março, os destaques negativos foram: Rio Grande do Sul (-3,0%), revertendo parte do ganho de 8,5% registrado nos meses de janeiro e fevereiro, além do Paraná (-2,1%) e Bahia (-2,0%). Além destas, as seguintes regiões também apresentaram recuo: Rio de Janeiro (-1,0%), São Paulo (-0,9%), Ceará (-0,5%) e Minas Gerais (-0,2%), tendo as duas primeiras regiões também superado a retração da média nacional. Em sentido contrário, Pernambuco (2,8%), Amazonas (1,7%), Pará (1,6%), Espírito Santo (1,3%), Santa Catarina (1,1%), Goiás (1,0%) e região Nordeste (0,2%) apresentaram expansão em sua atividade fabril no mês de março. Todas as variações estão livres dos efeitos da sazonalidade.

    Com a queda de 0,5% da produção em março, a indústria brasileira encerrou o primeiro trimestre de 2014 em declínio de 0,4%, frente ao último trimestre de 2014, após ajuste sazonal. Na base regional, 8 dos 14 locais avaliados recuaram na mesma base de comparação. Destaque para a queda trimestral na produção do Ceará (-4,9%), Goiás (-4,6%), Espírito Santo (-3,9%) e São Paulo (-2,5%). De forma distinta, a Região Nordeste (4,3%) exibiu a maior alta dentre as localidades avaliadas, seguida por Pernambuco (2,9%) e Amazonas (2,6%).

    Na comparação com igual mês do ano anterior, a queda vista na produção nacional (-0,9%) atingiu 7 dos 15 locais pesquisados. Cabe ressaltar que março de 2014 (18 dias) teve dois dias úteis a menos do que o mesmo mês do ano anterior (20), reflexo do deslocamento do Carnaval para março neste ano. Os recuos mais elevados foram registrados por Mato Grosso (-9,6% - região que foi incluída na atual pesquisa), Goiás (-4,4%), São Paulo (-4,0%), Paraná (-3,3%), Rio de Janeiro (-2,4%) e Espírito Santo (-2,1%), enquanto Ceará (-0,4%) mostrou queda mais moderada. Por outro lado, as regiões do Pará (13,6%), Pernambuco (12,5%), região Nordeste (8,4%), Santa Catarina (6,1%), Minas Gerais (3,0%), Bahia (1,5%), Amazonas (1,4%) e Rio Grande do Sul (0,9%) completaram o conjunto de locais apontando variações positivas.

    Importante ressaltar que a indústria de São Paulo, principal parque industrial do país, exibiu resultados piores frente à média nacional em 2014. Enquanto que o desempenho da indústria nacional acumula alta de 0,4% no ano, a indústria paulista exibe forte queda (-2,9%), mesma discrepância vista ao se avaliar no acumulado em 12 meses, onde o setor fabril do Estado de São Paulo cresce apenas 1,8%, frente à alta de 2,1% do setor industrial brasileiro.

    Inflação ao consumidor chega a 6,28% em abril

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação de 0,67% em abril, de acordo com dados divulgados hoje (09/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado surpreendeu o mercado, que esperava uma alta de 0,79% na leitura atual. Em relação ao mês imediatamente anterior (0,92%), houve clara desaceleração, influenciada pelo grupo de Transportes e Alimentos. No acumulado em 12 meses, todavia, o IPCA acelerou, chegando a 6,28%, ante 6,15% em março.

    Dentre os nove grupos que compõem o IPCA, cinco apresentaram decréscimos em suas variações: Artigos de Residência passou de 0,38% em março para 0,20% em abril; Despesas Pessoais passou de 0,79% para 0,31%; Educação desacelerou para 0,03%, ante 0,53%, passada a euforia dos reajustes de material escolar e mensalidades. Por outro lado, Alimentação e Bebidas e Transportes foram os grandes responsáveis pela desaceleração mensal do índice: o primeiro passou de 1,92% para 1,19% em abril, devido à acomodação dos preços de diversos produtos em função das condições climáticas adversas nos meses anteriores; a batata inglesa apresentou variação de 22,26%, ante 35,05% em março; o feijão-carioca passou de 11,81% para 4,71%; e o leite longa vida avançou 3,37%, ante 5,17% no mês imediatamente anterior. Os grandes destaques dos alimentos ocorreram em tomates, cuja variação no mês passou de 32,85% para -1,94%, e as Hortaliças, cujo índice passou de 9,36% para -1,00%. Já o grupo de Transportes variou 0,32% em abril, ante 1,38% em março, reflexo da queda dos preços das passagens aéreas, que recuou 1,87% ante avanço de 26,49% no mês anterior. Outro fator importante foi a desaceleração dos preços de etanol, que passou de 4,17% em março para 0,59% em abril.

    Entre as categorias que apresentaram acréscimos em abril, destaque para Habitação, que passou de 0,37% para 0,87%, e Saúde e Cuidados Pessoais, cuja variação foi de 1,01%, ante 0,43% em março. O aumento dos preços de Habitação decorreu do reajuste da conta de energia elétrica, cujo avanço foi de 1,62% devido ao aumento de preços em algumas Regiões Metropolitanas. No caso do grupo de Saúde e Cuidados Pessoais, o avanço deveu-se ao aumento nos preços dos remédios, cuja alta foi de 1,84%. Comunicação e Vestuários passaram de -1,26% para 0,02% e 0,31% para 0,47% em abril, respectivamente.

    Nas Regiões analisadas pelo IBGE, as maiores variações foram vistas em Porto Alegre, Fortaleza e Curitiba, de 1,08%, 1,08% e 0,88% em abril, ante 0,93%, 0,70% e 1,00% em março, respectivamente. Já as menores variações foram registradas em Belém, São Paulo e Rio de Janeiros, cujas taxas de variação foram de 0,52%, 0,47% e 0,42%, ante 0,53%, 0,93% e 1,28% em abril. No acumulado em 12 meses, as maiores variações foram registradas no Rio de Janeiro (7,69%), Porto Alegre (6,84%) e Curitiba (6,63%). Já as menores foram registradas em Vitória (2,35%), Campo Grande (2,86%) e Belém (4,15%).

    Indústria do Reino Unido avança 0,7% no primeiro trimestre

    Na manhã de hoje (09/05), o ONS (Office For National Statistics) divulgou os dados referentes à produção industrial do Reino Unido para o fechamento do primeiro trimestre do ano. De acordo com o relatório, a produção industrial do Reino Unido apresentou crescimento de 0,7% na passagem do último trimestre de 2013 para o primeiro trimestre de 2014. Na leitura mensal, a indústria evidenciou perdas de 0,1% em sua produção na passagem de fevereiro para março. Todos os dados estão sazonalmente ajustados.

    O resultado trimestral foi puxado pela alta de 1,4% na produção da indústria de transformação (que corresponde a 68,4% da indústria local), elevação de 0,9% na indústria SIUP e 0,3% na extrativa. Em contrapartida, a indústria de energia registrou forte queda na passagem do quarto para o primeiro trimestre (-5,1%).

    As maiores contribuições para o aumento do crescimento da indústria no trimestre advieram dos produtos de borracha e material plástico (7,3%), responsáveis por 0,41p.p. do crescimento trimestral do setor, além das altas na produção de alimentos, bebidas e tabaco (3,4%) e máquinas e equipamentos (3,8%), impactando positivamente a indústria em 0,38p.p. e 0,19p.p., respectivamente. Em contraste, as maiores contribuições negativas ocorreram em produtos farmacêuticos (-5,8%), coque e produtos de petróleo (-7,2%) e equipamentos elétricos (-1,9%).

    O relatório ainda revisa para baixo o crescimento do valor adicionado da indústria no primeiro trimestre de 2014. Na divulgação de 29 de abril, a ONS esperava um crescimento de 0,8% no PIB industrial, sendo revisado sutilmente para uma alta de 0,7% na passagem do quarto trimestre de 2013 para o primeiro de 2014, após ajuste sazonal.

    Por fim, o departamento de estatística também divulgou hoje (09/05) os resultados da balança comercial do bloco. Segundo a leitura atual, o déficit comercial de bens e serviços recuou de 1,7 bilhão de libras em fevereiro, para 1,3 bilhão de libras em março, expurgados efeitos sazonais. As exportações de bens subiram 4,9% em março, puxados pela venda de manufaturados (principalmente automóveis), enquanto que as importações elevaram-se apenas 2,8% no mesmo período.

    Balança Comercial da Alemanha soma 16,4 bilhões de euros em março

    O saldo de Transações Correntes na Alemanha totalizou € 19,5 bilhões em março, de acordo com dados divulgados hoje (09/05) pelo Departamento de Estatísticas Oficiais da Alemanha (Destatis). O resultado representa um aumento de € 8,7 bilhões em relação a fevereiro de 2014, mas uma diminuição de € 1,6 bilhão em relação a março de 2013. No trimestre findo em março, o superávit nas Transações Correntes totalizou € 48,5 bi, ante € 47,4 bi em 2013.

    O resultado positivo nas Transações Correntes deve-se ao fato da Alemanha ter apresentado forte superávit na Balança Comercial, que somou € 16,4 bilhões em março de 2014, leve avanço em relação ao mês imediatamente anterior, de € 16,2 bilhões. As exportações atingiram € 96,0 bilhões enquanto que o valor das importações foi € 79,6 bilhões em março. No primeiro trimestre de 2014, o saldo da Balança Comercial totalizou € 47,7 bilhões, enquanto que no mesmo período do ano anterior esta somou € 49,3 bilhões.

    A Balança de Serviços apresentou um superávit de € 1,2 bilhão em março, o mesmo resultado de março de 2013. Em fevereiro, esta atingira € 1,7 bilhão, o que mostra desaceleração. No trimestre findo em março, o superávit totalizou € 4,3 bilhões, valor muito superior se comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, quando o setor de Serviços apresentou saldo nulo.

     
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