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Informativo eletrônico - Edição 1452 Quinta-Feira, 15 de maio de 2014
 
Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Vendas no varejo recuam 1,2% em março
  • Atividade do comércio cresce 1,6% em abril, aponta Serasa
  • IGP-10 registra forte desaceleração em maio

    Economia Internacional

  • PIB da Zona do Euro cresce 0,2% no primeiro trimestre de 2014

  • Vendas no varejo recuam 1,2% em março

    As vendas no varejo ampliado recuaram 1,2% em março, livre de influência sazonal, segundo dados divulgados hoje (15/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O resultado apresenta uma melhora se comparado com o que foi obtido no mês imediatamente anterior (-2,7%), mas assim ainda apresenta um recuo significativo. O resultado foi pior do que a projeção do mercado (0,9%) e do que a projeção do Depecon/FIESP (0,6%). Na variação com o mesmo mês do ano anterior, houve recuo de 5,7%, ante avanço de 8,2% em fevereiro. Já no acumulado em 12 meses, as vendas no ampliado avançaram 3,2%. Esta mostra desaceleração em relação a abril, quando no acumulado em 12 meses a variação era de 3,9%.

    As vendas no varejo restrito, que exclui as vendas de Veículos, Motos, Partes e Peças e vendas de Material de Construção, apresentou recuo de 0,5% em março, ante resultado estável em fevereiro (0,0%), livre de influências sazonais. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, esta registrou recuo de 1,1%, ante abrupto aumento de 8,7% em fevereiro. No acumulado em 12 meses, este avançou 4,5% em março, desacelerando em relação a fevereiro, quando na mesma métrica de comparação a variação tinha sido de 5,0%.

    A queda no volume de vendas foi generalizada em seus setores: Combustíveis e Lubrificantes (-1,5%), Supermercados e Produtos Alimentícios (-1,0%), Tecidos, Vestuário e Calçados (-0,8%), Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação (-4,5%), Outros Artigos de Uso Pessoal (-0,2%), Material de Construção (-3,1%) e Veículos, Motos, Partes e Peças (-0,6%). Os únicos setores que apresentaram crescimento na margem foram os setores de Móveis e Eletrodomésticos (1,5%), Artigos Farmacêuticos e Médicos (0,5%) e Livros, Jornais e Papelaria (1,2%).

    Na variação com o mesmo mês do ano anterior, o destaque negativo vai para as Vendas de Veículos, Motos, Partes e Peças, que apresentou recuo de 16,0%, o que contribuiu fortemente para a queda de 5,7% no varejo ampliado. Outros setores que apresentaram quedas foram Supermercados e Produtos Alimentícios (-2,8%), Tecidos, Vestuário e Calçados (-7,3%), Equipamentos e Materiais para Escritório (-4,9%), Livros, Jornais e Papelaria (-8,2%) e Outros Artigos de Uso Pessoal (-3,8%). Apresentaram avanços Combustíveis e Lubrificantes (4,0%), Móveis e Eletrodomésticos (3,8%), Artigos Farmacêuticos e Médicos (9,6%) e Material de Construção (1,4%).

    Na comparação trimestral, as vendas no varejo ampliado apresentaram desaceleração em relação ao quarto trimestre do ano anterior (3,6%), ao variar 2,1% no primeiro trimestre de 2014. Já o varejo restrito, na mesma base de comparação, passou de 5,3% para 4,5%. Os principais destaques para essa desaceleração partiram dos setores de Supermercados e Produtos Alimentícios e Veículos, Motos, Partes e Peças, que variaram 3,7% e -0,1% no quarto trimestre de 2013 e nesse trimestre desaceleraram fortemente ao passar para 2,6% e -3,8%, respectivamente.

    Dentre as Unidades da Federação, as maiores variações em março frente a fevereiro foram registradas no Amapá (9,6%), Acre (6,6%) e Maranhão (6,0%), enquanto que as maiores variações negativas partiram do Espírito Santo (-4,3%), Rio de Janeiro (-5,7%) e Roraima (-7,3%). São Paulo, por sua vez, também apresentou um recuo de 0,5%.

    Com os resultados da PMC, percebe-se uma clara desaceleração na atividade comercial devido ao menor dinamismo do mercado de trabalho e menor crescimento do salário real, persistência da inflação e aumento contínuo das taxas de juros, em linha com o nosso prognóstico de arrefecimento do Consumo das Famílias no primeiro trimestre de 2014.

    Atividade do comércio cresce 1,6% em abril, aponta Serasa

    Atividade do comércio avança 1,6% em abril, já expurgados os efeitos sazonais, em comparação com março, segundo dados divulgados ontem (15/05) pela Serasa. O resultado apresenta forte aceleração em relação a março, quando houve queda de 3,2%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o crescimento foi 5,4% em abril, ante recuo de 1,6% em março, na mesma métrica. No acumulado do ano, observa-se crescimento de 3,8%, ante 3,3% em março.

    O aumento da atividade no comércio foi generalizado entre os segmentos analisados. Os destaques partiram dos setores de Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas, que avançou 3,4%, ante queda de 2,6% em março, do setor de Veículos, Motos e Peças, que cresceu 9,3%, ante recuo de 8,0%, e, por último, do setor de Material de Construção, com elevação de 13,5%, ante queda de 11,0%, na mesma base de comparação com dados dessazonalizados.

    Na comparação com abril do ano passado, o setor de Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas cresceu 6,6%, ante declínio de1,7% em março. Já os setores de "Veículos, Motos e Peças" e "Material de Construção" também apresentaram crescimento de 6,6%, ante recuo de 8,1% e 5,6% em março, respectivamente.

    De acordo com os economistas da Serasa, apesar da recuperação mostrada em março, o comércio segue contido pelos níveis inflacionários, além da diminuição da confiança dos consumidores e pelo aumento da taxa de juros, que desestimula o crédito e o consumo.

    IGP-10 registra forte desaceleração em maio

    O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou alta de 0,13% em maio, forte desaceleração frente à expansão de 1,19% do mês imediatamente anterior. Entre janeiro e maio, o IGP-10 avançou 3,54%, ao passo que no acumulado de 12 meses o indicador exibiu ganhos de 8,01%, conforme informado hoje (15/05) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os preços foram coletados no intervalo entre11 de abril e 10 de maio.

    Dentre os componentes do IGP-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que representa 60% do índice geral – registrou declínio de 0,22% em maio, após alta de 1,42% em abril. Na abertura por estágios de processamento, a pressão que se via na categoria de Matérias-Primas perdeu força neste mês, uma vez que os preços do grupo mostraram queda de 0,89% na última leitura, após aumento de 1,28% em abril. Os principais itens responsáveis foram minério de ferro (-2,03% para -5,94%), bovinos (5,00% para 0,90%) e milho (6,69% para -1,02%). Outro grupo que colaborou para a desaceleração no mês foi Bens Intermediários, que registrou variação de -0,26%, ante 0,36% no mês anterior, com destaque para Materiais e Componentes para a Manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,25% para -0,62%. Além destes, o grupo de Bens Finais mostrou taxa de variação de 0,42% em maio, ante 2,64% em abril, reflexo do menor aumento de preços do subgrupo de alimentos in natura, passando de 15,79% para 1,18%.

    Já em relação às origens, os preços de Produtos Agropecuários recuaram de 3,84% para 0,42% (alta de 11,86% no acumulado em 12 meses), enquanto que o grupo de Produtos Industriais registrou queda de 0,47% nesta última leitura, após exibir alta de 0,50% em abril.

    Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – responsável por 30% do índice geral – apresentou desaceleração de menor magnitude, de 0,88% em abril para 0,76% em maio. Dentre as oito classes de despesas, seis não apresentaram ritmo de alta na última leitura, sendo elas: Alimentação (1,71% para 1,16%), Educação, Leitura e Recreação (0,71% para -0,16%), Transportes (0,62% para 0,50%) e Vestuário (1,08% para 0,81%). Por outro lado, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,72% para 1,43%), Habitação (0,56% para 0,65%), Comunicação (-0,09% para 0,15%) e Despesas Diversas (0,35% para 0,39%) exibiram acréscimos no período. Os itens de maior influência negativa foram as Passagens Aéreas (de 5,92% para 14,62%) e Tomate (de 21,15% para -4,17%), ao passo que os de maior impacto positivo foram Tarifa de Eletricidade Residencial (de 0,06% para 2,54%) e Batata-inglesa (de 40,23% para 16,50%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – peso de 10% do índice – teve influência altista sobre o resultado do IGP-10 do mês, visto acelerou de 0,39% em abril para 1,06% em maio. O componente de Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou alta de 0,67%, pouca mudança frente à alta de 0,64% da última divulgação. Já o componente de Custo da Mão de Obra puxou os preços do setor para cima, tendo acelerado de 0,15% para 1,41%.

    PIB da Zona do Euro cresce 0,2% no primeiro trimestre de 2014

    Na manhã de hoje (15/05) a Eurostat (Departamento Estatístico da União Europeia) divulgou o resultado preliminar do PIB (Produto Interno Bruto) da Zona do Euro e da União Europeia como um todo. Segunda a estimativa atual, a Zona do Euro exibiu crescimento de 0,2% no primeiro trimestre de 2014, frente ao trimestre imediatamente anterior – já expurgados os efeitos sazonais – ao passo que a atividade econômica da comunidade europeia avançou 0,3%, em igual base de comparação. Os resultados ficaram muito abaixo das expectativas do mercado, que aguardavam praticamente o dobro de crescimento do produto das regiões. No último trimestre de 2013, a área da moeda comum havia crescido iguais 0,2%, enquanto que a União Europeia variou 0,4%.

    Dentre os países-membro da Zona do Euro, destaque para o crescimento de 0,8% da atividade econômica da Alemanha frente ao último trimestre de 2013 – após ajuste sazonal, tendo avançado também cerca de 2,3% em relação ao visto no primeiro trimestre do ano anterior. A Espanha registrou leve aceleração de 0,2% para 0,4% na comparação trimestral, ao passo que a França permaneceu estagnada (0,0%). Por outro lado, Holanda (-1,4%) Estônia (-1,2%), Chipre (-0,7%) e Portugal (-0,7%) registraram perda de produto nos três primeiros meses de 2014.

    Em relação à Alemanha, maior economia da Europa, a alta de 0,8% vista no primeiro trimestre do ano foi divulgada hoje (15/05) pela Destatis (Departamento Estatístico da Alemanha). Na comparação trimestral (após ajuste sazonal), as contribuições positivas advieram da demanda interna, de acordo com cálculos preliminares. Os consumos das famílias e das administrações públicas elevaram o consumo final neste início do ano. A formação bruta de capital também apresentou evolução positiva, ao passo que o comércio exterior impactou negativamente o crescimento econômico no período. De acordo com cálculos atuais, as exportações de bens caíram no início de 2014, enquanto que as importações mostraram elevação.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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