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Informativo eletrônico - Edição 1454 Segunda-Feira, 19 de maio de 2014
 
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Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado reduz projeções para o PIB e eleva inflação
  • Prévia do IGP-M recua 0,04% em maio
  • Indicador antecedente da economia recua em abril

    Economia Internacional

  • Nível de confiança do consumidor dos EUA sofre queda em maio

  • FOCUS: Mercado reduz projeções para o PIB e eleva inflação

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (19/05) pelo Banco Central, mostrou revisões em grande parte de suas principais variáveis macroeconômicas avaliadas. As expectativas para o crescimento do PIB em 2014 recuaram nesta semana, passando de 1,69% para 1,62%, ficando abaixo também do patamar visto há quatro semanas (1,63%). Em 2015, por sua vez, as projeções saltaram após recuarem duas semanas seguidas, tendo subido nesta leitura de 1,90% para 2,00%.

    Em relação ao IPCA, a mediana das previsões da inflação em 2014 voltou a crescer neste boletim, tendo avançado de 6,39% para 6,43%, mas permanecendo abaixo do teto da meta de inflação (6,50%), enquanto que para 2015 a expectativa situa-se em 6,00% pela sexta leitura seguida. No que tange à taxa Selic, as expectativas para o juro básico da economia seguem em 11,25% para 2014 pela nona leitura seguida, ao passo que em 2015 as previsões permaneceram em um patamar mais elevado, em 12,25%.

    Para a taxa de câmbio, o boletim informa a manutenção da expectativa de uma taxa em torno de R$/US$ 2,45 em 2014 pela sétima leitura, ao passo que para 2015 as expectativas sofreram leve desvalorização, passando de R$/US$ 2,50 para R$/US$ 2,51, idêntico patamar visto há quatro semanas atrás.

    No que tange ao setor externo, as projeções para o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos deste ano foram amenizadas, após mostrarem seis revisões baixista seguidas, tendo o déficit diminuído de US$ 80,00 bilhões para US$ 79,30 bilhões. Em relação ao saldo comercial, o mercado manteve as expectativas de superávit comercial em US$ 3,00 bilhões em 2014, igual patamar visto na semana passada, mas levemente abaixo do visto há quatro semanas (US$ 3,02 bilhões). Para 2015, as expectativas de superávit continuam em US$ 10,00 bilhões pela décima segunda semana seguida.

    Por fim, as projeções para o crescimento da atividade industrial brasileira em 2014 subiram para 1,40% nesta semana, ante 1,24% na avaliação precedente. O forte ajuste não foi visto para 2015, onde as perspectivas permaneceram em 2,37%, mostrando baixo crescimento da produção fabril neste e no próximo ano.

    Prévia do IGP-M recua 0,04% em maio

    O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) apresentou recuo de 0,04% de acordo com a segunda prévia divulgada hoje (19/05) pela FGV. No segundo decêndio em abril, a variação foi de 0,83%. A segunda prévia do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 de abril e 10 de maio.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-M, recuou 0,45% nesse segundo decêndio. Na leitura anterior, o IPA tinha variado 0,91%. O grupo de Bens Finais passou de 2,25% para -0,21% do segundo decêndio de abril para maio, com forte contribuição do subgrupo de alimentos in natura, que passou de 10,97% para -0,84%, o que indica melhor acomodação dos preços dos alimentos em maio. O grupo de Bens Intermediários também apresentou recuo, na mesmo métrica de comparação, ao variar -0,25% em maio, ante 0,30% em abril, com forte queda do subgrupo de materiais e componentes para manufatura, cuja variação foi de -0,49% ante 0,19% na leitura anterior. O índice referente a Matérias-Primas Brutas recuou 0,97% no segundo decêndio, influenciado pelas quedas nos preços de bovinos (3,94% para 0,00%) e aves (1,49% para -3,91%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do IGP-M, apresentou leve desaceleração em maio, ao passar de 0,76% para 0,66%. A principal contribuição partiu do grupo de Alimentos, cuja variação foi de 0,63%, ante 1,44% no mês imediatamente anterior. Apresentaram decréscimos os grupos de Vestuário (1,33% para 0,88%), Transportes (0,58% para 0,54%) e Despesas Diversas (0,47% para 0,37%). Já os seguintes grupos aceleraram: Saúde e Cuidados Pessoais (0,70% para 1,31%), Habitação (0,57% para 0,70%), Educação, Leitura e Recreação (-0,07% para 0,13%) e Comunicação (-0,09% para 0,17%). No grupo de Habitação, vale destacar o aumento nas tarifas de energia elétrica, cuja variação foi de 2,93%, ante 0,11% no decêndio anterior.

    O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% do IGP-M, variou 1,06% nesse decêndio, ante 0,47% na leitura anterior. A principal contribuição veio do índice de Mão de Obra, cuja variação foi de 1,61%, ante 0,22% na leitura anterior. Por sua vez, o índice de Materiais, Equipamentos e Serviços variou 0,46%, ante 0,74% na leitura anterior.

    Indicador antecedente da economia recua em abril

    O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) apresentou recuo de 0,4% em abril, de acordo com dados divulgados sexta-feira (16/05) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em conjunto com o Conference Board. Com isso, o índice chegou a 123,7 pontos em abril. Em março, o IACE também apresentou recuo de 0,3%. O IACE é um agregado de oito componentes que visa mensurar o ciclo econômico brasileiro, podendo assim antecipar períodos de estagnação ou crescimento. De acordo com a leitura atual, apenas quatro dos oitos componentes contribuíram positivamente em abril.

    Outro indicador divulgado foi o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), cujo resultado apresentou variação de 0,1%, ante -0,2% em fevereiro. O ICCE reflete a situação atual da economia brasileira.

    Segundo os economistas do Conference Board e da FGV, apesar da melhora do cenário externo em abril, os índices de confiança dos diversos setores contribuíram para o recuo do IACE, já que a persistência inflacionária ainda afeta as decisões de investimentos dos empresários. De acordo com os mesmos, não se deve esperar uma mudança drástica na situação econômica ao longo dos próximos meses, persistindo o pessimismo em relação à atividade econômica brasileira.

    Nível de confiança do consumidor dos EUA sofre queda em maio

    De acordo com os dados divulgados na última sexta-feira (16/05) pela Universidade de Michigan, o índice preliminar de confiança do consumidor dos Estados Unidos caiu 2,3 pontos em maio, ao passar de 84,1 para 81,8 pontos. O resultado inicial ficou bem abaixo frente à média esperada do mercado (84,5 pontos), o que ainda mostra fragilidade na retomada do poder de compra das famílias, bem como a necessidade de se manter a atenção para o mercado de trabalho.

    O resultado reflete a piora da situação corrente, bem como a futura. O Índice de Situação Atual (ISA) apresentou queda ao passar de 98,7 para 95,1 pontos entre abril e maio, ao passo que o índice de Expectativas (IE) passou de 74,7 para 73,2 pontos em igual período.

     
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