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Informativo eletrônico - Edição 1455 Terça-Feira, 20 de maio de 2014
 
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Economia Brasileira

  • Nível de confiança da indústria registra queda em maio
  • Setor de serviços desacelera e receita varia 6,8% em março

    Economia Internacional

  • Preços ao produtor na Alemanha segue em deflação
  • Inflação do Reino Unido chega a 1,8% em abril

  • Nível de confiança da indústria registra queda em maio

    A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou nesta segunda-feira (19/05) o resultado de maio do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). De acordo com a leitura atual, o índice recuou de 49,2 pontos em abril para 48,0 pontos em maio, afastando-se dos 50,0 pontos, o que indica perda de confiança por parte dos empresários do setor. O resultado é o menor desde janeiro de 2009, sinalizando fraca disposição a investimentos, o que tende a implicar em manutenção de baixa atividade industrial ao longo do ano.

    A queda da confiança tem como base a piora da avaliação quanto às Condições Atuais, cujo índice passou de 41,2 para 40,7 pontos em maio, reflexo do baixo patamar apresentado pela sensação quanto às condições da economia brasileira atual (de 34,3 para 33,8 pontos), bem como em relação ao desempenho das empresas (de 44,6 para 44,2 pontos). Por sua vez, deve-se ressaltar que as Expectativas quanto ao futuro por parte dos empresários ainda estão boas, dado que o índice ficou em 51,7 pontos em maio, mas perdendo força em relação ao resultado anterior (53,3 pontos em abril). Como nas outras leituras, a confiança quanto à economia brasileira, neste caso a situação futura, não é promissora, tendo-se em vista que o índice caiu de 44,5 para 43,8 pontos, sendo a confiança do industrial brasileiro sustentada pelas expectativas futuras nas empresas (de 57,7 para 55,6 pontos), que se mantiveram ainda em patamar otimista (acima dos 50,0 pontos).

    Na abertura por segmentos industriais, a Indústria de Transformação apresenta o pior grau de confiança dentre os subsetores industriais, ao apresentar recuo de 48,2 pontos em abril para 47,1 em maio, tendo 22 das 27 atividades mostrado ausência de confiança. A Indústria da Construção (de 50,9 para 49,9 pontos) e a Indústria Extrativa (de 52,9 para 49,9 pontos) perderam o grau de confiança, o que tende a impactar no desempenho futuro do setor.

    Concomitantemente, a FIESP/CNI divulgou o resultado do ICEI para São Paulo. De acordo com a leitura atual, o índice recuou de 42,2 para 40,5 pontos, o oitavo mês em quadro de pessimismo. O resultado é o pior atingido pelo índice desde o início da série histórica, superando o recorde de pessimismo visto na crise de 2009. A baixa confiança é resultado da compilação da piora da avaliação quanto às Condições Atuais (de 36,5 para 34,0 pontos), somada às novas perdas nas Expectativas Futuras (de 45,1 para 43,8 pontos).

    Por fim, o resultado mensal mantém o cenário de baixo nível de confiança por parte dos empresários industriais do Brasil, sobretudo os paulistas, corroborando a expectativa de manutenção de fraco crescimento da atividade da indústria nos próximos meses.

    *Leituras acima de 50,0 pontos indicam otimismo, abaixo dos 50,0 apontam pessimismo por parte dos industriais.

    Setor de serviços desacelera e receita varia 6,8% em março

    A receita nominal do setor de serviços avançou 6,8% em março, com relação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados divulgados hoje (20/05) na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado apresenta forte desaceleração em relação ao divulgado em fevereiro, quando a receita variou 10,1%, na mesma base de comparação. Lembrando que março de 2014 teve dois dias úteis a menos do que março de 2013, o que afeta o resultado da pesquisa.

    No acumulado em 12 meses, o resultado ficou estável ao apresentar a mesma variação de fevereiro (8,7%). O primeiro trimestre de 2014 apresentou avanço de 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para efeito de comparação, a variação do último trimestre de 2013 foi de 8,6%, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

    Todos os cinco setores da PMS apresentaram desaceleração na comparação com março de 2013: Serviços Prestados às Famílias passou de 13,3% em fevereiro para 10,0% em março; Serviços de Informação e Comunicação de 6,7% para 4,4%; Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares passou de 9,3% para 8,8%; Transportes, Serviços Auxiliares dos Transportes e Correio apresentou forte desaceleração, de 14,7% para 8,0%; e, por fim, o setor de Outros Serviços apresentou recuo de 3,2 pontos percentuais, ao atingir 3,3% em março.

    Entre as Unidades da Federação, Mato Grosso, Distrito Federal e Acre apresentaram variações de 20,4%, 20,3% e 15,1%, respectivamente, o que constitui as maiores variações em março de 2014 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já Rondônia, Piauí e Roraima apresentaram as menores variações, de 0,7%, 0,7% e 1,2%, respectivamente. São Paulo e Rio de Janeiro, os estados com os setores de serviços mais dinamizados, apresentaram variações de 6,8% e 6,3%, respectivamente.

    Preços ao produtor na Alemanha segue em deflação

    O Índice de Preços ao Produtor (PPI) na Alemanha recuou 0,9% em abril, frente a igual mês do ano anterior. O índice replica a taxa de variação vista em março (-0,9%), na mesma base de comparação, o que mostra a manutenção do ritmo de queda dos preços dos produtos na porta de fábrica. Na comparação mensal, o índice registrou queda de 0,1%, retração menos intensa em relação à aferida no mês anterior (-0,3%). Os dados foram divulgados hoje (20/05) pelo Destatis (Departamento Oficial de Estatística da Alemanha).

    A evolução dos preços de energia exerceu a maior influência sobre o índice geral. Em abril, os preços da energia ficaram cerca de 3,0% abaixo do que o visto no mesmo mês do ano passado, enquanto que na comparação com março deste ano a queda sofrida foi de 0,5%. Dentre as categorias de uso, os preços de bens de consumo cresceram 1,4% na comparação com abril de 2013, ao passo que os preços dos bens intermediários recuaram 1,6%, sendo esta última categoria influenciada pela queda dos preços dos metais (-4,6%) e laminados de aço (-5,5%). A categoria de bens de capital, por sua vez, registrou alta de 0,4%, na mesma base de comparação.

    Inflação do Reino Unido chega a 1,8% em abril

    O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do Reino Unido avançou 1,8% no acumulado em 12 meses em abril, de acordo com dados divulgados hoje (20/05) pelo Escritório de Estatísticas Oficiais do Reino Unido (ONS). O resultado apresenta aceleração em relação a março, quando a variação foi de 1,6%. Na comparação mensal, abril apresentou leve aceleração ao variar 0,4%, ante 0,2% em março.

    A principal contribuição em 12 meses veio do grupo de Transportes, ao crescer 1,6% ante queda de 1,0% em março, na mesma métrica de comparação. Destaque para passagens aéreas, que avançaram 18,5% em abril, no acumulado em 12 meses, em razão principalmente dos feriados de Páscoa. O grupo de Serviços de Utilidade Pública apresentou variação de 3,0% em abril, ante 3,1% março, considerando a mesma base de comparação.

    Já o grupo de Bebidas Alcoólicas e Fumo apresentou desaceleração no acumulado em doze meses findo em abril, ao passar de 5,0% para 3,5%. O grupo de Saúde também desacelerou em abril ao variar 2,9%, ante 3,4% em março, na mesma base de comparação. Nesse último, destaque para a desaceleração dos preços de produtos e equipamentos terapêuticos, ao passar de 3,4% para 2,6%.

     
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