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Informativo eletrônico - Edição 1457 Quinta-Feira, 22 de maio de 2014
 
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Economia Brasileira

  • Confiança da Indústria recua 4,6% em maio
  • Sondagem Industrial paulista completa a sexta contração seguida em abril

    Economia Internacional

  • PMI: Zona do Euro continua mostrando expansão da atividade econômica em maio
  • PIB do Reino Unido cresce 0,8% no primeiro trimestre de 2014

  • Confiança da Indústria recua 4,6% em maio

    A prévia do Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou queda de 4,6% em maio, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (22/05) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mês imediatamente anterior, a queda foi mais sutil (0,6%). Com isso, o ICI chegou a 90,7 pontos, ante 91,2 em abril. Esse resultado aumenta a distância em relação à média histórica recente (105,5), atingindo o menor resultado desde junho de 2009 (90,7 pontos) além de ser a maior variação negativa desde dezembro de 2008 (-9,2%).

    Tanto o Índice de Situação Atual (ISA) quanto o Índice de Expectativas (IE) apresentaram recuos em abril. O primeiro apresentou um recuo de 4,8% em abril, ante avanço de 0,7% em abril. Já o IE registrou um recuo de 4,5%, ante recuo de 2,0% em abril.

    O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) avançou na prévia, apesar dos resultados do ISA e do IE. Livre de influências sazonais, o NUCI passou de 84,1% para 84,3% em maio. O resultado efetivo da pesquisa será divulgado no dia 28 de maio.

    Sondagem Industrial paulista completa a sexta contração seguida em abril

    Nesta quarta-feira (21/05) a FIESP/CNI divulgou a Sondagem Industrial Mensal de São Paulo referente ao mês de abril, quando o indicador de produção recuou 7,4 pontos com relação ao mesmo mês do ano anterior, distanciando-se ainda mais dos 50 pontos ao ficar no patamar de 44,9 pontos, indicando contração na atividade do setor paulista pela sexta leitura seguida em abril. A pesquisa ainda não possui ajuste sazonal, por isto as comparações interanuais. Para o Brasil como todo, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou queda da sondagem Industrial de 52,8 para 47,3 pontos.

    O resultado impactou em novas perdas de utilização da capacidade instalada, que diminuiu em 6,4 pontos na análise interanual e registrou 38,5 pontos, estando abaixo da linha divisória (e portanto em constante diminuição) desde novembro de 2010. No que tange as variáveis de estoque, foi visto novo acúmulo no índice de produto final (+1,7 pontos em relação ao ano anterior), e no estoque efetivo versus estoque planejado (+0,9 ponto), ambos em patamar de elevado nível de estoque (52,8 e 54,2 pontos, respectivamente). O mercado de trabalho também não apresentou bons resultados, visto que seu indicador recuou de 49,1 para 45,5 pontos, completando assim a sétima leitura de contração no número de empregados das indústrias paulistas.

    Em relação aos próximos seis meses, o indicador de expectativas de demanda apresentou queda de 11,0 pontos, fazendo o índice passar de 57,0 para 46,0 pontos, a pior expectativa de demanda já registrada na série. Quanto a compra de matérias-primas, o índice também entrou em cenário pessimista ao passar de 53,9 para 44,6 pontos. A percepção quanto ao nível de exportações para os próximos meses foi o único indicador futuro que já estava deteriorado em abril de 2013 e piorou em abril de 2014, passando de 45,7 para 43,7 pontos, ao passo que o indicador que mensura o número de empregados foi de 51,0 para 44,8 pontos.

    Analisando os indicadores que avaliam a situação atual e as expectativas para os próximos meses conjuntamente, estes alimentam as projeções pessimistas para o mês de abril e nos mostram que o cenário industrial continua em repleto de incertezas, com perspectivas de baixo crescimento para o setor ao longo do ano, visto a pior expectativa de demanda (tanto interna quanto externa), bem como os resultados ruins no mercado de trabalho.

    PMI: Zona do Euro continua mostrando expansão da atividade econômica em maio

    Nesta quinta-feira (22/05) a Markit Economics divulgou o resultado preliminar para o PMI (Índice de Gerente de Compras) Composto, que avalia a indústria e serviços da Zona do Euro. De acordo com o boletim, o índice que mensura a atividade economia da região recuou de 54,0 pontos em abril para 53,1 pontos em maio. Cabe ressaltar que leituras acima de 50,0 pontos indicam expansão da atividade, e, portanto, a avaliação de maio completa a decima primeira leitura expansiva seguida, embora a desaceleração.

    A sutil queda no mês reflete os movimentos opostos vistos nas condições de negócios para o setores industriais e de serviços na área de moeda comum. Enquanto no setor de serviços (cujo PMI foi de 53,1 para 53,5 pontos) viu sua produção e os novos negócios atingirem o maior patamar desde junho de 2011, dentre os industriais (de 53,4 para 52,5 pontos) foi visto o menor ritmo expansivo nos novos pedidos e na produção desde novembro do ano passado, refletindo também a fraca exportação no período, já que os novos pedidos de exportação são os piores desde julho de 2013.

    Em relação as duas principais economias da região, o PMI composto da Alemanha, país que vem liderando a recuperação economia da zona, permaneceu inalterado no nível de 56,1 pontos, também refletindo movimento opostos de seus dois setores: enquanto o PMI da indústria recuava de 54,1 para 52,9 pontos, o do setor de serviços avançou de 54,7 para 56,4 pontos. Os resultados para o mercado de trabalho são os destaques positivos, visto que em maio se completa a vigésima nona leitura de expansão nas contratações, bem como o segundo mês seguido em aceleração. A França, por sua vez, retornou ao cenário contracionista de atividade, ao passar de 50,6 pontos em abril para 49,3 pontos na leitura atual. O resultado é contracionista para os seus dois setores, tendo a maior queda afetado sua indústria (de 51,7 para 49,8 pontos), mas atingindo também o setor de serviços (de 50,4 para 49,2 pontos).

    Por fim, segundo o economista chefe da Markit, responsável pela pesquisa, apesar da queda no mês, não foram alteradas as perspectivas de melhor crescimento dos últimos três anos para a região, puxado pelas novas encomendas. As estimativas preliminares do PIB do segundo trimestre do ano indicam alta de 0,5%, aceleração frente ao resultado moderado dos três últimos meses de 2013 (0,2%). As pressões deflacionárias ainda são uma questão importante, havendo possibilidades de novas medidas impostas pelo BCE (Banco Central Europeu), sendo a França a maior preocupação da região, apelidada de " homem doente da Europa", deslizando de volta para contração e podendo desapontar novamente no segundo trimestre, após estagnação no período anterior, enquanto a Alemanha continua a desfrutar do robusto crescimento desde meados de 2007.

    PIB do Reino Unido cresce 0,8% no primeiro trimestre de 2014

    O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido registrou crescimento de 0,8% no primeiro trimestre de 2014, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (22/05) pelo Departamento de Estatísticas Nacionais do Reino Unido (ONS). O resultado mostra aceleração em relação a passagem do terceiro trimestre para o quarto trimestre de 2013, quando a alta do PIB foi de 0,7%.

    Pela ótica de demanda, o PIB do Consumo das Famílias foi um dos componentes que puxou o crescimento nesse primeiro trimestre ao avançar 0,8%, ante 0,4% no quarto trimestre de 2013, na base dessazonalizada. Já a Formação Bruta de Capital Fixo apresentou avanço de 2,2%, ante recuo de 3,2% no último quarto.

    Já pela ótica da oferta, o PIB da Indústria de Transformação apresentou um crescimento de 1,4% nesse primeiro trimestre, ante 0,6% no trimestre imediatamente anterior. A Indústria de Construção, por sua vez, avançou 0,6%, ante recuo de 0,2% no último trimestre de 2013. Contribuindo negativamente, o PIB da Agricultura, que havia avançado 0,2% no trimestre imediatamente anterior, apresentou um recuo de 0,7% nos primeiros três meses do ano.

    Os resultados mostram a recuperação da atividade econômica do Reino Unido. Com a taxa de desemprego apresentando diminuição e o aumento do PIB, espera-se que, com a continuação desses resultados, o Bank of England (BoE) possa elevar a taxa de juros, sinalizando que a economia estaria no rumo desejado.

     
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