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Informativo eletrônico - Edição 1459 Segunda-Feira, 26 de maio de 2014
 
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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Projeções para inflação voltam a ficar próximas ao teto da meta
  • Déficit em Transações Correntes totaliza US$ 81,6 bi e chega a 3,65% do PIB
  • Nível de atividade da Indústria da Construção recua em abril

    Economia Internacional

  • Confiança do consumidor alemão deve permanecer inalterada até junho

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Projeções para inflação voltam a ficar próximas ao teto da meta

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (26/05) pelo Banco Central, mostrou revisões em grande parte de suas principais variáveis macroeconômicas avaliadas. As expectativas para o crescimento do PIB em 2014 cresceram ligeiramente nesta semana, passando de 1,62% para 1,63%, mas permanecendo abaixo do patamar visto há quatro semanas (1,65%). Em 2015, por sua vez, as projeções recuaram de 2,00% para 1,96%.

    No que tange à inflação, a mediana das previsões do IPCA em 2014 cresceu pela segunda semana seguida, tendo avançado desta vez de 6,43% para 6,47%, ficando novamente próxima ao limite superior da meta de inflação (6,50%), refletindo o resultado aferido na quarta-feira (21/05), onde a variação do IPCA-15 acumulado em 12 meses acelerou de 6,19% para 6,31%. Para 2015, a previsão do índice de preços completa a sétima leitura seguida no patamar de 6,00%.

    Em relação à taxa Selic, as expectativas para os juros básicos da economia seguem em 11,25% para 2014 pela décima leitura seguida, ao passo que em 2015 as previsões sofreram ajuste baixista, passando de 12,25% para 12,00%. Para a taxa de câmbio, o boletim informa a expectativa de uma taxa em torno de R$/US$ 2,45 em 2014 pela oitava leitura, enquanto para 2015 as expectativas seguem na mesma estimativa reportada no último boletim (R$/US$ 2,51).

    Quanto ao setor externo, as projeções para o déficit da conta corrente do balanço de pagamentos deste ano voltaram a piorar logo após apresentarem sutil melhora na última leitura, tendo o déficit aumentado de US$ 79,30 bilhões para US$ 80,00 bilhões, superando também o resultado que se esperava há quatro semanas atrás (US$ 77,10 bilhões). Em relação ao saldo comercial, o mercado manteve as expectativas de superávit comercial em US$ 3,00 bilhões em 2014 pela quarta semana, mesmo movimento visto em 2015, onde a expectativa de superávit continua em US$ 10,00 bilhões pela décima terceira semana consecutiva.

    Por fim, a projeção para 2014 da atividade industrial brasileira foi mantida em 1,40% nesta semana, ficando abaixo do esperado para 2015, onde a mediana das projeções para a expansão da produção foi revisada para baixo, de 2,37% para 2,20% neste boletim atual.

    Déficit em Transações Correntes totaliza US$ 81,6 bi e chega a 3,65% do PIB

    O déficit em Transações Correntes totalizou US$ 8,3 bilhões em abril, de acordo com dados divulgados sexta-feira (26/05) pelo Banco Central do Brasil (BCB). No acumulado em doze meses, o déficit em Transações Correntes atingiu US$ 81,6 bilhões, resultado que representa 3,65% do Produto Interno Bruto (PIB), suave elevação em relação ao mês imediatamente anterior (3,64%). Apesar do déficit em Transações Correntes, o Balanço de Pagamentos somou US$ 1,8 bilhão em abril, o que representa um resultado positivo.

    O Balanço de Serviços, tradicionalmente deficitário no Brasil, registrou déficit de US$ 4,4 bilhões em abril, 11,8% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior. As principais contribuições advieram dos itens de viagens internacionais, que somou US$ 1,8 bilhão em despesas, o que representa um aumento de 19% em relação ao mesmo mês do ano anterior, e das despesas com aluguel e equipamentos, cujo aumento registrado foi de 11,6%, na mesma base de comparação.

    Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 5,2 bilhões em abril, sendo que US$ 4,1 bilhões foram registrados em participação no capital e US$ 1,1 bilhão em empréstimos intercompanhias. Já no acumulado em 12 meses, o IED totalizou US$ 64,5 bilhões, o que equivale a 2,88% do PIB. As reservas internacionais apresentaram acréscimo no período ao totalizarem US$ 378,4 bilhões em abril no conceito de liquidez (considera títulos em dólar e outros recursos), ao passo que no conceito caixa estas totalizaram US$ 366,7 bilhões.

    Nível de atividade da Indústria da Construção recua em abril

    A Sondagem da Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou, novamente, um recuo no índice do nível de atividade ao passar de 47,0 pontos para 45,4 pontos em abril, de acordo com dados divulgados pela CNI na sexta-feira (26/05). O índice do número de empregados também apresentou um leve recuo ao passar de 46,6 para 46,3 pontos em abril, mostrando o mercado de trabalho menos aquecido para esse segmento.

    A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) se manteve estável em 69%, o mesmo nível do mês anterior, mas uma melhora em relação ao resultado de abril de 2013, quando esta se encontrava em 66%. Já as expectativas para os próximos seis meses se encontram em uma situação mais confortável, em 52 pontos, ou seja, acima do nível considerado em expansão (50,0). Apesar da estatística favorável, é o menor nível desde dezembro de 2009.

    Desta forma, de acordo com os resultados dos índices da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da própria CNI, a confiança do empresariado encontra-se baixa, assim como a do consumidor e indústria, sinalizando baixo dinamismo industrial para os próximos meses.

    Confiança do consumidor alemão deve permanecer inalterada até junho

    De acordo com os dados divulgados nesta segunda (26/05) pela GfK (Associação Alemã de Pesquisas ao Consumidor), a confiança do consumidor alemão permaneceu em 8,5 pontos em maio, igual patamar visto no mês de abril e em linha com as previsões registradas nas divulgações desta mesma leitura. Além do resultado oficial do mês, o instituto ainda indica que há possibilidade da confiança do consumidor manter-se pela quarta vez em 8,5 pontos no mês de junho. A estabilidade é resultado da melhora das expectativas econômicas em conjunto com as perdas verificadas nas expectativas de renda.

    Depois de mostrar praticamente estagnação nos últimos três meses, as expectativas econômicas registraram notável melhora na passagem de abril para maio. O indicador aumentou em 6,4 pontos, atingindo a métrica de 38,5 pontos neste mês, patamar mais alto desde junho de 2011, quando o índice chegou a 44,6 pontos. O resultado ocorreu após o início da crise na Ucrânia (diferentemente do que pensam os empresários, computado no Índice de Clima de Negócios IFO de maio, divulgado em 23/05), além de se ter melhores resultados na geração de emprego e diminuição do desemprego.

    Em relação à renda, o indicador não manteve o recorde visto no mês de abril, recuando de 52,3 pontos em abril para 47,8 pontos em maio, tendo esta perda de 4,5 pontos não anulado o alto patamar de expectativa de renda, sendo o valor atual cerca de 14,0 pontos acima do aferido em igual mês do ano anterior. Assim como nas expectativas econômicas, o mercado de trabalho tem alicerçado esta visão otimista, somado à inflação, que deve permanecer moderada nos próximos meses, levando o consumidor a exercer maior poder de compra, além de maior poder de barganha nas negociações salariais.

     
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