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Confiança do comércio registra terceira queda seguida
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), divulgado nesta manhã (27/05) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou queda de 4,4% (recuo para 117,4 pontos) no trimestre findo em maio, frente a igual período de 2013, sendo esta a terceira queda seguida, além de ser o menor patamar atingindo pelo índice desde sua criação em março de 2010. No trimestre findo em abril, o índice havia apresentado recuo de 3,1%, enquanto que no encerrado em março a queda havia sido de 2,1%.
A queda de maior intensidade foi influenciada tanto na avaliação da situação presente quanto em relação às expectativas futuras. O Índice de Situação Atual (ISA-COM), que havia avançado 1,6% no trimestre findo em abril, evidenciou queda de 1,2% em maio, na mesma base de comparação, no confronto com igual período do ano anterior. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) aprofundou sua queda de 2,4% para 4,0%, em igual base de comparação. A instituição afirma que com este resultado deve-se esperar arrefecimento da atividade econômica do setor no segundo trimestre deste ano.
Movimento do comércio recua 1,3% em abril
O movimento do comércio registrou recuo de 1,3% na passagem de março para abril, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados ontem (26/05) pela Boa Vista, empresa de Serviço Central de Proteção ao Crédito. Apesar do recuo no mês, o movimento do comércio apresentou avanço de 7,8% em comparação com abril de 2013. Já no acumulado em 12 meses, houve crescimento de 3,7%.
Dos cinco setores analisados, três apresentaram variações negativas em abril: o setor de Móveis e Eletrodomésticos recuou 3,7%, enquanto que na comparação com o mesmo mês do ano anterior (interanual) a variação foi positiva (11,4%); Supermercado, Alimentos e Bebidas registrou declínio de 0,7% no mês e crescimento de 5,9% no interanual; Vendas no Varejo apresentou queda de 1,3% no mês e elevação de 7,8% no interanual. Os que apresentaram resultados positivos na margem foram os setores de Combustíveis e Lubrificantes, que avançou 0,8% na passagem de março a abril e 8,9% na variação interanual e, por último, Tecidos, Vestuários e Calçados, ao apresentar avanço 2,6% em abril na margem e de 4,0% no interanual.
De acordo com a Boa Vista, os resultados negativos são principalmente devido ao atual ambiente macroeconômico, como as seguidas quedas na confiança dos consumidores e a persistência de altos níveis inflacionários, resultados que impactam negativamente nos índices.
Inadimplência avança 1,1% em abril
A Inadimplência das empresas avançou 1,1% em abril, em comparação com março, na série livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (27/05) pela Serasa. O índice apresenta desaceleração frente ao resultado de março (3,7%). Na comparação com idêntico mês do ano anterior, houve crescimento de 2,7% em abril, ante 3,3% em março. Já no primeiro quadrimestre do ano, o índice de inadimplência avançou 6,2%, forte aceleração se comparado ao mesmo período do ano anterior, de apenas 2,0%.
As principais contribuições originaram-se das dívidas bancárias, que variaram 2,7% em comparação a março, e das dívidas não bancárias, representadas por lojas em geral, cartões de créditos, serviços habitacionais, cuja variação também foi de 2,7%.
De acordo com os economistas da Serasa, os aumentos sucessivos na inadimplência devem-se à desaceleração da economia, elevação de custos (principalmente de mão de obra) e contínuo aumento da taxa de juros.
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