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Informativo eletrônico - Edição 1461 Quarta-Feira, 28 de maio de 2014
 
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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Confiança da Indústria recua 5,1% em maio
  • Índice de Confiança de Serviços recua 5,7% em maio
  • Confiança da Construção recua 8,7% no trimestre findo em maio

    Economia Internacional

  • OCDE: Exportação de países do G7 e do BRICS recuam no primeiro trimestre de 2014

  • Confiança da Indústria recua 5,1% em maio

    O Índice de Confiança da Indústria apresentou recuo de 5,1% em maio, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (28/05) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice apresenta queda maior do que divulgada pela prévia (-4,6%) e com maior força do que no mês imediatamente anterior (-0,6%), além de ser a maior retração registrada desde dezembro de 2008 (-9,2%). Com esse resultado, o índice chegou a 90,7 pontos em maio, ante 95,6 pontos em abril.

    Tanto o Índice de Situação Atual (ISA) quanto o Índice de Expectativas (IE) apresentaram fortes recuos, de 5,1% e 5,0%, respectivamente. No mês anterior, o ISA e o IE apresentaram variações de 0,7% e -2,0% em abril, na base dessazonalizada. A piora do ambiente de negócios e a baixa confiança em relação ao futuro derrubaram os índices. Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) passou de 84,1% para 84,3%.

    A proporção de empresas que considera o nível de demanda como forte caiu de 11,5% para 8,3%, enquanto que a parcela que considera o nível de demanda como fraco passou de 17,3% para 21,0%. Já a parcela que considera que haverá aumento na produção nos próximos meses recuou de 27,1% para 22,4%, enquanto que a proporção que acredita que nos próximos meses a produção deverá diminuir passou de 12,0% para 15,3%.

    Índice de Confiança de Serviços recua 5,7% em maio

    O Índice de Confiança de Serviços (ICS), divulgado nesta manhã (28/05) pela Fundação Getúlio Vergas (FGV), registrou queda de 5,7% neste mês de maio, a variação negativa mais intensa desde dezembro de 2008, o que levou o índice a passar de113,3 para 106,8 pontos, menor patamar desde abril de 2009. O resultado reflete o recuo da confiança em dez das doze atividades pesquisadas e mostra aceleração do ritmo de queda em relação a abril, quando havia recuado 3,1%. Vale ressaltar também que o índice se mantém significativamente abaixo de sua média histórica recente, de 123,5 pontos. Todos os resultados estão livres de efeitos sazonais.

    A queda do ICS é resultante das quedas evidenciadas em seus dois componentes, o que mensura a situação corrente e o que avalia as perspectivas futuras. O Índice da Situação Atual (ISA), após mostrar recuo de 3,8% em abril, registrou queda de 4,6% (atingindo 93,1 pontos) nesta última leitura. O índice foi influenciado pelo quesito Volume de Demanda Atual (-5,8%), reflexo da alta no número de empresas que avaliam a demanda atual como fraca (de 22,0% para 25,9%), enquanto aquelas que consideram como forte recuaram (12,1% para 10,8%). Já o Índice de Expectativas (IE) apresentou queda de 6,6% na passagem de abril para maio, regressando para 120,5 pontos e completando a quinta queda consecutiva. Seu recuo foi influenciado devido à diminuição nos índices que mensuram as perspectivas da demanda futura (-6,6%), bem como as tendências dos negócios (-6,5%), refletindo o aumento no número de empresas que acreditam em piora nestes quesitos.

    Dentre os setores avaliados, destaque para a queda na confiança dos prestadores de Serviços de Informação (-11,3%), Atividade imobiliárias e aluguel de bens e imóveis (-8,1%). Além destes, Serviços de alimentação (-6,3%) e Serviços de Manutenção e Reparação (-6,2%) também mostraram forte recuo no período.

    As quedas aferidas em abril e maio, em todos os quesitos e na maioria dos segmentos avaliados, corroboram as expectativas de desaceleração da atividade do setor no segundo trimestre do ano, além da constante diminuição do otimismo dos empresários do ramo, o que tende a impactar nos resultados futuros.

    Confiança da Construção recua 8,7% no trimestre findo em maio

    O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 8,7% no trimestre findo em maio, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados ontem (27/05) pela FGV. No trimestre encerrado em abril, a queda foi de 5,9%. O resultado de maio representa a maior queda desde agosto de 2012 (-9,8%). Já na variação mensal, mas em comparação com o mesmo período do ano anterior, a variação foi de -9,7%, ante -10,7% em abril.

    A queda no ICST foi generalizada, com maior influência do Índice de Expectativa. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) apresentou variação interanual (em relação ao mesmo período do ano anterior) trimestral de -5,3% em maio, ante -3,7% na leitura anterior. Já o Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 11,4% em maio, ante queda de 7,7% em abril, na mesma métrica. Entre os principais segmentos pesquisados, destacam-se os de Preparação de Terrenos (2,7% para -5,2%), Obras de Arte Especiais e Outras Obras do Tipo (-5,8% para -10,4%) e Instalações de Sistema de Ar Condicionado (-3,8% para -7,6%).

    A parcela que considera a Situação Atual de Negócios como boa recuou para 21,8%, ante 23,1% registrado em abril. Já os que a consideram como ruim estabilizou-se em 16,2%, mesma taxa do mês anterior. A proporção que prevê uma melhora na Tendência de Negócios para os próximos seis meses caiu para 31,4%, ante 33,7% em abril. Já a parcela que espera piora avançou para 8,4%, frente a 5,8% em abril.

    Também foi divulgado na manhã de ontem pela FGV o Índice Nacional de Custo de Construção Mensal (INCC – M), que acelerou fortemente em maio ao passar de 0,67% no mês anterior para 1,37% no atual. No acumulado em 12 meses, a variação foi de 7,89%. Os dois principais itens que compõem o INCC caminharam em sentidos opostos: Mão de Obra passou de 0,42% em abril para 2,20% em maio; Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou variação de 0,47% em maio, ante 0,93% no mês imediatamente anterior.

    OCDE: Exportação de países do G7 e do BRICS recuam no primeiro trimestre de 2014

    Nesta terça-feira (27/05) a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou seu estudo trimestral comportando as estatísticas de comércio internacional. De acordo com a leitura do primeiro trimestre de 2014, o volume de exportações de mercadorias do G7 e dos BRICS caiu 2,6 %, frente ao resultado do trimestre anterior, após ajustes sazonais. Já as importações mostraram estagnação, com crescimento de apenas 0,1 %, na mesma base comparativa. O arrefecimento do comércio internacional já havia sido apresentado pelos estudos da CPB Netherlands na semana passada (23/05), que avaliou recuo de 1,6% das exportações e de 0,1% nas importações no primeiro trimestre do ano.

    Dentre os países do G7, o recente "boom" de importação no período que antecedeu ao aumento do imposto sobre consumo no Japão parece ter se dissipado, com o volume das compras de produtos estrangeiros subindo apenas 0,9%, enquanto que as exportações exibiram perdas mais acentuadas (-3,5%), levando o país a registrar elevado déficit comercial de US$ 44,8 bilhões. Nos Estados Unidos, as exportações caíram 1,3%, enquanto as importações aumentaram 0,8%. O Canadá, por sua vez, sofreu a maior diminuição trimestral das exportações (-2,9%) e importações (-3,3%) desde 2009. O comércio de mercadorias também diminuiu substancialmente no Reino Unido (3,2% das importações e 4,3% para as exportações). Dentre os países do G7, apenas Alemanha e Itália registaram aumento nas exportações de mercadorias, de 2,1% e 1,5%, respectivamente, ao passo que na França foi visto praticamente estabilidade na evolução do comércio internacional.

    Já em relação aos BRICS, as exportações caíram fortemente na China (-7,3%), influenciadas pelo Ano Novo Chinês, mas também sobre influência das medidas governamentais contra o excesso de registro de faturas, usadas pelas empresas para driblar controles de capital; as importações, por sua vez, caíram mais moderadamente (-0,9%). No Brasil, as exportações diminuíram 2,9% e as importações aumentaram 1,9%, enquanto na Rússia as exportações e as importações diminuíram 2,9% e 2,8 %, respectivamente, sofrendo com as duras sanções comerciais em decorrência da crise na Ucrânia. A Índia também apresentou diminuição no comércio (3,0 % para as exportações e 0,9 % para as importações), assim como a África do Sul (4,3% para as exportações e 1,5 % para as importações). Todos os dados estão sazonalmente ajustados e comparam o primeiro trimestre de 2014, frente ao último trimestre de 2013.

     
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