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Informativo eletrônico - Edição 1463 Sexta-Feira, 30 de maio de 2014
 

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Economia Brasileira

  • PIB cresce apenas 0,2% no primeiro trimestre de 2014

  • PIB cresce apenas 0,2% no primeiro trimestre de 2014

    Na manhã desta sexta-feira (30/05) o IBGE divulgou o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2014. De acordo com o instituto, o PIB a preços de mercado apresentou crescimento de 0,2% em relação ao último trimestre de 2013, após ajustes sazonais. O resultado veio exatamente como projetado pelo Depecon/FIESP e pelo consenso do mercado, mostrando desaceleração frente ao resultado aferido de outubro a dezembro do ano passado (0,4%, dado revisado). Na comparação com os primeiros três meses de 2013, foi registrado alta de 1,9% no produto do país, sendo esta taxa trimestral a mais fraca desde o fim de 2012, nesta base de comparação. No acumulado em quatro trimestres findos no primeiro trimestre deste ano, o PIB saltou 2,5%, em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

    Cabe destacar nesta leitura a inclusão da nova Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) nos cálculos do resultado do PIB do primeiro trimestre deste ano, bem como a revisão dos dados referentes ao resultado de 2013 (onde o crescimento da PIM-PF foi revisado de 1,2% para 2,3%). A inclusão da nova pesquisa, que tende a refletir melhor a atividade industrial, levou a revisão do crescimento do PIB em 2013 de 2,3% para 2,5%. Pela ótica da oferta, as alterações mais significativas foram vistas no resultado da Indústria Total (de 1,3% para 1,7%), sobretudo na Indústria de Transformação (de 1,9% para 2,7%). Na Indústria de Construção Civil, o PIB foi revisado para baixo (de 1,9% para 1,6%), enquanto que a Indústria Extrativa viu sua contração ser amenizada (de -2,8% para -2,2%). A atividade SIUP (Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana) permaneceu inalterada em 2,9%. O setor de Serviços (de 2,0% para 2,2%) também foi impactado, dado o encadeamento da atividade da Indústria com o Comércio (que teve seu PIB em 2013 revisado de 2,5% para 2,9%). Pela ótica da demanda, o destaque ficou com os Investimentos, visto que a Formação Bruta de Capital de 2013 foi revista para 5,2%, abaixo dos 6,3% reportado anteriormente, refletindo o menor crescimento de bens de capital conforme divulgados pela PIM-PF reformulada.

    Em relação ao comportamento do PIB no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o trimestre imediatamente anterior e descontando os efeitos sazonais, temos que, sob a ótica da oferta, o PIB apresentou crescimento de 0,2%. Enquanto o setor de Serviços (0,4%) e Agropecuária (3,6%) avançaram em relação aos três últimos meses de 2013, a Indústria mostrou recuo de 0,8%, em linha com a queda de 0,4% apresentada pela PIM-PF no primeiro trimestre do ano. A queda ficou concentrada nas indústrias de Transformação (-0,8%) e da Construção Civil (-2,3%), que foram impactadas por fatores externos no primeiro trimestre (como a queda da demanda externa de importantes parceiros comerciais, como a Argentina), além do comportamento adverso da conjuntura doméstica (fortes quedas nas confianças dos empresários e alta do juros, entre outros fatores). A indústria Extrativa (0,5%), por sua vez, conseguiu repetir a terceira taxa positiva consecutiva neste primeiro trimestre, frente ao trimestre imediatamente anterior, enquanto a SIUP, com alta de 1,4%, exibiu a expansão mais forte dentre os setores industriais, refletindo a maior demanda por energia neste primeiro trimestre.

    Ainda pela ótica da oferta, o PIB de Serviços desacelerou de 0,7% para 0,4%, refletindo a queda de 0,1% do Comércio e de 5,2% nos Serviços de informação, em linha com o arrefecimento nas vendas no varejo. Destaque positivo para Agropecuária, que após mostrar recuo de 0,5% no último trimestre de 2013, exibiu crescimento de 3,6% nesta leitura, explicado pelo elevado abate de bovinos e forte crescimento da produção de grãos, conforme estimado pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, que avaliou que quase 50% da produção total estimada de soja para o ano foi concentrada neste primeiro trimestre.

    Sob a ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) foi o destaque. Após recuarem 2,0% no terceiro e 1,2% no último trimestre de 2013, os investimentos mostraram queda de 2,1% de janeiro a março deste ano, comparado aos três meses anteriores, após ajuste sazonal, em linha com o desempenho negativo da construção civil e do enfraquecimento do consumo aparente de bens de capital neste período, somado ao fato da confiança do empresário industrial situar-se em níveis historicamente baixos. O Consumo das Famílias recuou 0,1% nesta leitura, após ter crescido 0,9% no último trimestre do ano passado, em linha com a desaceleração do consumo. O Consumo do Governo (ou Administração Pública), por sua vez, cresceu 0,7%. Já no que se refere ao setor externo, as Exportações caíram 3,3% neste primeiro trimestre, ao passo que as Importações cresceram 1,4%, em igual período de comparação. O resultado ocorreu em linha com o déficit comercial recorde de US$ 6,07 bilhões registrado no primeiro trimestre deste ano, o pior desempenho de primeiro trimestre já divulgado pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), na série histórica iniciada em 1994.

     
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