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Informativo eletrônico - Edição 1465 Terça-Feira, 03 de junho de 2014
 

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Economia Brasileira

  • Balança comercial registra superávit de US$ 712 milhões em maio
  • IPC-FIPE desacelera e chega a 0,25% em maio

    Economia Internacional

  • Brasil recua no índice PMI da Indústria de Transformação, mas emergentes apresentam avanço
  • Taxas de desemprego e inflação recuam na Zona do Euro

  • Balança comercial registra superávit de US$ 712 milhões em maio

    De acordo com os dados divulgados ontem (02/06) pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), a balança comercial brasileira terminou maio com superávit de US$ 712 milhões, maior saldo positivo do ano, superando a expectativa de mercado, que apontava déficit de US$ 38 milhões.

    O resultado levou o déficit comercial acumulado no ano de 2014 (US$ 4,9 bilhões) a diminuir em relação ao visto em 2013, em igual período (US$ 5,4 bilhões). Esse resultado reflete o aumento das exportações (alta de 0,2% em relação à média diária de abril, totalizando US$ 20,75 bilhões), bem como a queda das importações (que somaram US$ 20,04 bilhões, redução de 0,7% em relação à média diária de abril).

    Em relação às exportações, destaque para carne bovina, ao apresentar o melhor mês de maio da história e avançar 20,8% na média diária comparado com maio de 2013. Os bens manufaturados e semimanufaturados, por sua vez, seguem em trajetória cadente, registrando queda de 9,7% e 11,1%, respectivamente, na comparação contra igual mês do ano passado. No que tange às importações, a compra de bens de capital recuou 0,78% no mês de maio, acompanhada pela redução de 31,6% nas importações de petróleo bruto, quando comparado com maio de 2013.

    Dentre os principais parceiros comerciais, cabe ressaltar a leve melhora no saldo comercial com a Argentina, passando de US$ 20 milhões em abril para US$ 98 milhões em maio. No acumulado do ano, o saldo comercial com o país chegou a US$ 380 milhões, recuo de 9,9% em relação ao mesmo período de 2013.

    O saldo comercial não é robusto tendo-se em vista a queda recente de preços de algumas das principais commodities exportadas (principalmente a soja e o minério de ferro, que apesar de mostrarem recordes de produção, tiveram seus preços internacionais reduzidos), além da valorização cambial, o que tende a estimular as importações.

    IPC-FIPE desacelera e chega a 0,25% em maio

    O Índice de Preços ao Consumidor Da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (IPC-FIPE), que mensura a inflação na cidade de São Paulo, apresentou variação de 0,25% em maio, ante 0,53% em abril, de acordo com dados divulgados hoje (03/06) pela FIPE. O resultado ficou abaixo da projeção do mercado, que esperada uma variação de 0,32%. No acumulado em 12 meses, o IPC-FIPE apresenta alta de 5,36% em maio, ante 5,20% no mês anterior.

    Dos sete grupos que compõem o IPC-FIPE, somente dois apresentaram aceleração na passagem de abril para maio. O grupo de Vestuário passou de 0,07% em abril para 0,54% em maio. Já o grupo de Educação passou de 0,08% para 0,14%, na mesma base de comparação. Os cinco grupos que influenciaram na desaceleração do índice foram: Habitação (0,04% para -0,24%), Alimentação (1,23% para 0,73%), Transportes (0,16% para -0,04%), Despesas Pessoais (1,00% para 0,59%) e Saúde (1,15% para 0,79%).

    Brasil recua no índice PMI da Indústria de Transformação, mas emergentes apresentam avanço

    Foi divulgado ontem (03/06) pelo Instituto Markit, o Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação do Brasil. O PMI brasileiro voltou a recuar em maio, chegando a 48,8 pontos, ante 49,3 pontos em abril, já descontados os efeitos sazonais. De acordo com a publicação, essa foi a queda mais rápida da produção desde outubro de 2011.

    De acordo com a publicação, houve diminuição da produção pelos fabricantes brasileiros devido à redução de novas encomendas, o que evidencia um ambiente econômico cada vez mais frágil. Bens de Capital e Bens Intermediários também apresentaram desempenhos ruins. Já a categoria de Bens de Consumo apresentou uma melhora no mês de maio, ainda que marginal. Além disso, houve diminuição nos preços e no número de funcionários, de acordo com as empresas entrevistadas, para que estas se tornem mais competitivas.

    De acordo com André Loes, economista-chefe do HSBC no Brasil, os resultados do PMI reforçam as fraquezas das condições econômicas brasileiras, exemplificados pela desaceleração nos preços dos insumos.

    Também foi divulgado hoje pelo instituto Markit os índices PMI da Indústria de Transformação dos países considerados emergentes. O PMI da China avançou para 49,4 pontos em maio, ante 48,1 pontos em abril. O resultado veio ligeiramente abaixo da prévia, que esperava um resultado de 49,7 pontos em maio. Apesar do índice ainda apresentar resultados abaixo de 50 pontos, o que indica contração da atividade industrial, o avanço nesse mês evidencia a melhora nesse setor, sendo o principal componente do Produto Interno Bruto (PIB) chinês.

    O avanço no PMI chinês ocorreu principalmente devido ao aumento dos novos pedidos para exportação, enquanto que novas encomendas internas estabilizaram. Ainda assim, houve recuo no nível de emprego e na saída de produtos, indicando que novos estímulos ainda são necessários.

    O PMI da Indústria de Transformação da Rússia também apresentou avanço em maio ao passar de 48,5 pontos em abril para 48,9 em maio. O avanço se deve ao aumento de novas encomendas e volume de novos negócios. Apesar disso, a saída de produtos novos ainda continua declinando. A perspectiva é de melhora no PMI russo devido ao avanço do PMI chinês, o que constitui novos pedidos de exportação para o país do leste europeu.

    Por fim, o PMI da Índia avançou de 51,3 pontos em abril para 51,4 pontos em maio. De acordo com a publicação, o aumento das exportações e da demanda interna foram os responsáveis pelo avanço do índice. O emprego, outro índice importante na composição do PMI indiano, também apresentou avanço, junto com o nível de atividade da indústria de transformação.

    Taxas de desemprego e inflação recuam na Zona do Euro

    Nesta terça-feira (03/06) a Eurostat (Departamento de Estatística da União Europeia) divulgou os resultados da taxa de desemprego e inflação na Zona do Euro. De acordo com a leitura atual, a taxa de desemprego, sazonalmente ajustada, recuou de 11,8% em março para 11,7% em abril, totalizando cerca de 18,75 milhões de pessoas à procura de trabalho em abril, 76 mil a menos do que o aferido em março.

    Dentre os países-membros do mercado comum, as menores taxas foram apresentadas por Áustria (4,9%), Alemanha (5,2%) e Luxemburgo (6,1%), ao passo que Grécia (26,5%) e Espanha (25,1%) seguem no topo da lista dos países com maiores números de desempregados. O resultado da taxa de desemprego ainda é alarmante quando se avalia apenas os jovens (abaixo dos 25 anos), visto que a taxa de desemprego desta faixa etária ficou em 23,5% em abril, cerca de 3,38 milhões de jovens à procura de emprego, tendo a Espanha (53,5%) e a Grécia (56,9%) como responsáveis por mais da metade desta população à margem do mercado de trabalho.

    Em relação à taxa de inflação, a Eurostat informa que o índice de preços ao consumidor (CPI) desacelerou de 0,7% em abril para 0,5% em maio, de acordo com a estimativa preliminar da taxa anualizada. O resultado reflete o menor aumento dos preços dos Serviços (de 1,6% em abril para 1,1% na leitura atual), seguido por Alimentos, álcool e bebidas (de 0,7% para 0,1%), e Bens industriais não energéticos (de 0,1% para 0,0%), ao passo que o preço da Energia permaneceu estável (0,0%) após queda (-1,2%) no mês anterior. A estimativa preliminar não divulga o resultado desagregado por país, o que será conhecido apenas em 16 de junho.

     
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