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Informativo eletrônico - Edição 1468 Sexta-Feira, 06 de junho de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Apesar de queda nacional, produção Industrial paulista avança em abril
  • IPCA desacelera em maio com variação 0,46%
  • IGP-DI recua 0,45% em maio, mas chega a 7,26% no acumulado em doze meses

    Economia Internacional

  • Produção da indústria alemã cresce 0,2% em abril

    Agenda Semanal

  • Apesar de queda nacional, produção Industrial paulista avança em abril

    Na manhã de hoje (06/06), o IBGE divulgou os dados referentes à Pesquisa Industrial Mensal Regional, e mostrou que a queda de 0,3% da produção industrial nacional na passagem de março para abril não teve perfil uniforme dentre as regiões, uma vez que metade dos quatorze locais pesquisados mostraram queda na margem, após ajuste sazonal.

    Os destaques negativos foram: Rio de Janeiro (-4,2%) e Rio Grande do Sul (-3,0%), que aferiram o segundo resultado negativo seguido, acumulando perdas de 5,2% e 6,4% neste período, respectivamente. Além destas, as seguintes regiões também apresentaram perdas na produção industrial entre março e abril: Minas Gerais (-1,8%), Pernambuco (-1,8%), Santa Catarina (-1,6%), Amazonas (-1,6%) e Paraná (-0,4%). Em sentido contrário, Espírito Santo (4,7%), Goiás (4,1%), São Paulo (1,7%), Bahia (0,9%), Pará (0,8%), Ceará (0,6%) e Região Nordeste (0,6%) apresentaram avanço em sua atividade fabril no mês de abril. Todas as variações já consideram os efeitos da sazonalidade.

    Quando comparado a igual mês do ano anterior, o perfil da queda de 5,8% da produção industrial nacional em abril foi disseminado em onze dos quatorze locais de pesquisa. No entanto, importante mencionar que abril deste ano teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (20 dias em abril/14, contra 22 dias em abril/13). As perdas mais significativas foram apresentadas no Paraná (-11,8%), que sofreu com a diminuição da produção de veículos automotores, produtos alimentícios e máquinas e equipamentos, seguido por Rio Grande do Sul (-10,3%), reflexo das perdas nas atividade de produtos químicos, produtos do fumo, couros, artigos para viagem e calçados, além da forte queda vista em São Paulo (-8,3%), onde as indústrias de veículos automotores e máquinas e equipamentos registraram menor produção. Juntamente a estes estados, Rio de Janeiro (-6,5%), Santa Catarina (-6,3%), Minas Gerais (-4,9%), Ceará (-4,5%), Goiás (-2,5%), Espírito Santo (-2,0%), Amazonas (-0,6%) e Bahia (-0,5%) completam a gama de regiões que aferiram menor produção industrial no período.

    Por sua vez, Pará (36,3%) e Mato Grosso (11,6%) aferiram as únicas variações positivas quando comparados a abril do ano passado, influenciados pela maior atividade nos setores extrativos, na primeira região, e de produtos alimentícios, na segunda, lembrando que este último estado apresenta apenas esta base de comparação dada a sua recente série histórica, que sem a possibilidade de ajuste sazonal não permite comparações adequadas na passagem mensal.

    Por fim, vale ressaltar que a queda de 1,2% na produção industrial nacional acumulada nos quatro primeiros meses de 2014 mostraram maior intensidade nas regiões de São Paulo (-4,6%), Espírito Santo (-4,1%), Rio de Janeiro (-3,1%), Bahia (-1,6%) e Goiás (-1,4%), refletindo a redução na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes, bens intermediários e bens de consumo duráveis, sobretudo automóveis, eletrodomésticos da "linha branca" e móveis).

    IPCA desacelera em maio com variação de 0,46%

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,46% em maio, de acordo com dados divulgados hoje (06/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima das expectativas do mercado, que esperava alta de 0,39%. A inflação apresentou desaceleração em relação ao mês imediatamente anterior (0,67%), e, nos últimos doze meses, o IPCA apresentou variação de 6,37%, acelerando em relação a abril, quando atingiu 6,28%.

    Dos nove grupos que compõem o IPCA, quatro apresentaram decréscimo em sua variação: Alimentação e Bebidas (1,19% para 0,58%), com destaque para os itens de batata-inglesa (22,26% para -9,13%) e farinha de mandioca (-3,66% para -12,09%); Habitação (0,87% para 0,61%), que, apesar do aumento da tarifa de energia elétrica (3,71%) em diversas praças, a queda da taxa de água e esgoto (-21,98%) puxou esse grupo para baixo, devido ao Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água em São Paulo; Transportes (0,32% para -0,45%), com destaque para a queda de tarifas aéreas (-21,11%) e, por último, Saúde e Cuidados Pessoais (1,01% para 0,98%), sendo que este subgrupo ainda sente os impactos das altas do preços de remédios (1,74%).

    Já os cinco grupos que apresentaram aceleração em maio foram: Artigos de Residência (0,20% para 1,03%), com destaque para o aumento nos preços de eletrodomésticos (2,12%); Vestuário (0,47% para 0,84%), devido à influência do clima; Despesas Pessoais (0,31% para 0,80%), devido ao aumento em jogos de azar (5,69%) e manicure (1,48%); Educação (0,03% para 0,13%) e, por último, Comunicação (0,02% para 0,11%).

    Na análise regional, destaque para as variações de Recife (1,16%), Fortaleza (0,95%) e Belém (0,79%), que foram as maiores no mês de maio. Já Vitória (0,31%), São Paulo (0,12%) e Brasília (-0,08%) apresentaram as menores. Em Recife, o destaque vai para o aumento de energia elétrica (17,69%), enquanto que em Brasília na queda dos preços das passagens aéreas (-18,51%). No acumulado em 12 meses, destaques para os resultados de Rio de Janeiro (7,61%) e Belo Horizonte (7,11%). Já os menores índices no acumulado em 12 meses foram registrados em Belém (5,14%) e Salvador (5,46%).

    IGP-DI recua 0,45% em maio, mas chega a 7,26% no acumulado em doze meses

    O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou variação de -0,45% em maio, de acordo com dados divulgados hoje (06/06) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mês imediatamente anterior, a variação registrada foi de 0,45%. Considerando o mesmo mês do ano anterior, a variação foi de 0,32%. Já no acumulado em 12 meses, o IGP-DI apresentou variação de 7,26%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que representa 60% do IGP-DI, recuou 1,21% em maio, ante crescimento de 0,27% em abril. O Índice de Bens Finais variou -1,22%, ante 1,34% no mês imediatamente anterior. O subgrupo alimentos in natura, que no começo do ano apresentou grandes variações devido aos choques de oferta, variou -8,78% em maio, ante aumento de 8,74% em abril. Bens Intermediários apresentou variação de -0,46%, ante -0,12% em abril, com forte decréscimo do subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, cuja variação passou de -0,43% para -0,72%. Matérias-Primas brutas acentuou a retração, cuja taxa passou de -0,52% para -2,08%, com destaque para bovinos (2,48% para -0,79%) e milho (-0,16% para -5,67%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), responsável por 30% do IGP-DI, desacelerou no mês de maio ao chegar a 0,52% em maio. Na leitura imediatamente anterior, a variação tinha sido de 0,77%. Das oito despesas do IPC, cinco apresentaram desaceleração: Alimentação (1,42% para 0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,40% para 0,76%), Transportes (0,51% para 0,27%), Vestuário (0,90% para 0,29%) e Comunicação (0,05% para 0,02%). Já as séries que sofrerem acréscimo foram Educação, Leitura e Recreação (-0,77% para 0,78%), Despesas Diversas (0,48% para 0,93%) e Habitação (0,65% para 0,68%).

    O Índice Nacional do Custo da Construção-DI (INCC-DI), com peso de 10% do IGP-DI, apresentou forte aceleração ao passar de 0,88% em abril para 2,05% em maio. O subgrupo Materiais, Equipamentos e Serviços desacelerou em maio ao passar de 0,77% para 0,57%, enquanto que Mão de Obra passou de 0,99% para 3,42%, puxando o INCC-DI para cima nesse mês.

    Produção da indústria alemã cresce 0,2% em abril

    A Destatis (Departamento Federal de Estatística da Alemanha) divulgou nesta sexta-feira (06/06) os dados prévios referentes ao setor industrial da Alemanha. De acordo com a leitura atual, a produção da indústria cresceu 0,2% na passagem de março para abril, após ajuste sazonal. O resultado, contudo, não conseguiu anular a queda de 0,6% aferida em março, na mesma base de comparação.

    A alta da atividade no setor reflete o aumento na produção de bens intermediários, que cresceu 0,1%, além da produção de bens de consumo, que registrou aumentou 1,1% em abril. Os fabricante de bens de capital, no entanto, diminuíram sua produção em relação ao mês anterior (-0,3%). Ainda na comparação com o mês anterior, após ajuste, a produção de energia cresceu 2,7%, acompanhada pela alta de 0,1% na indústria de transformação em abril, enquanto que a produção na indústria da construção caiu 1,2%.

     
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