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FOCUS: Mercado reduz expectativa de crescimento do PIB pela segunda semana consecutiva
O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (09/06) pelo Banco Central, apresentou revisões baixistas em boa parte de suas principais variáveis macroeconômicas avaliadas. As expectativas para o crescimento do PIB em 2014 foram novamente diminuídas nesta semana, passando de 1,50% para 1,44%, segundo corte seguido, ao passo que para 2015 as projeções subiram de 2,20% para 2,25%, mas permanecendo abaixo do aferido quatro semanas atrás (2,37%).
Em relação à inflação, a mediana das previsões do IPCA em 2014 permaneceu em 6,47% pela terceira semana, mesmo após a divulgação do resultado de maio nesta última sexta (06/06), onde o IPCA acumulado em 12 meses acelerou de 6,28% para 6,37%, apesar da desaceleração na margem (de 0,67% em abril para 0,46% em maio). Para 2015, a previsão do índice de preços subiu pela segunda leitura seguida, passando nesta semana de 6,01% para 6,03%.
No que tange à taxa Selic, as expectativas para o juro básico da economia em2014 permaneceram em 11,00%, refletindo as incertezas quanto a novas medidas de aperto monetário por parte do Banco Central após a divulgação da ata do COPOM nesta última quinta (05/06). Em 2015, por sua vez, o mercado manteve as expectativas em torno de 12,00% pela terceira semana. Para a taxa de câmbio, o boletim informa manutenção das previsões em R$/US$ 2,40 em 2014 e de R$/US$ 2,50 para 2015.
No que tange ao setor externo, as projeções para o déficit da conta corrente do balanço de pagamentos permaneceram em US$ 80,00 bilhões. Em relação ao saldo comercial, o mercado reajustou as expectativas de superávit comercial para US$ 2,25 bilhões em 2014, após a permanência em US$ 3,00 bilhões por cinco semanas seguidas, enquanto que para 2015 a expectativa de superávit situa-se em US$ 10,00 bilhões pela décima-quinta semana seguida.
Por fim, a atividade industrial brasileira em 2014 teve o crescimento projetado revisado de 1,24% para 0,96% nesta semana, após divulgação (em 04/06) de nova queda mensal na produção industrial de abril (-0,3%), o que levou a indústria a acumular ganhos de apenas 0,8% no acumulado em 12 meses. Em 2015, o mercado acredita que a produção deverá expandir em 2,25%, levemente superior à expectativa aferida na semana passada (2,20%).
Taxa de desemprego dos EUA permanece em 6,3% em maio
Foi divulgado na sexta-feira (06/05), pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês), o índice de desemprego dos Estados Unidos, que permaneceu em 6,3% em maio, o mesmo patamar observado em abril, na série com ajuste sazonal. Foram criados em maio 217mil postos de trabalho, após geração de 282 mil vagas em abril, o que levou o volume de pessoas à procura de emprego para 9,8 milhões.
A taxa de desemprego entre os homens chegou a 5,9% e, entre as mulheres, atingiu 5,7%. Os principais setores que contribuíram para esse resultado foram os serviços de negócios e profissionais, com criação de 55 mil empregos, mesmo montante visto para serviços de cuidados de saúde e assistência social.
Os resultados do mercado de trabalho dos Estados Unidos nos últimos dois meses mostram a retomada da atividade econômica depois do início de ano de baixo dinamismo. Vale ressaltar que a manutenção da taxa de desemprego neste patamar deve impactar na decisão da política monetária do FED (o Banco Central dos EUA), que vem monitorando os resultados do mercado de trabalho do país.
Exportações chinesas avançam 7% em maio
As exportações da China aumentaram 7% em maio, em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados ontem pelo General Administration of Customs, órgão do governo chinês. O resultado foi ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, que esperava crescimento de 7,2%. O resultado mostra forte aceleração em relação a abril, quando as exportações avançaram 0,9%. Esse resultado evidencia a expectativa de aumento da demanda global por produtos chineses, o que pode sinalizar a recuperação da economia mundial.
Já as importações recuaram 1,6% em relação a abril de 2013, o que mostra desaceleração da economia chinesa em relação ao ano passado, destoando significativamente da previsão do mercado, que esperava alta de 6,0%. Com essa queda das importações, espera-se resultado menos vigoroso da produção industrial e, consequentemente, podem surgir reformas de estímulo à economia pelo governo chinês, com intuito de estimular a demanda.
PIB do Japão avança 1,6% no primeiro trimestre
O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão apresentou crescimento de 1,6% no primeiro trimestre de 2014, ante o trimestre anterior, desconsiderando os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados ontem (08/06) pelo Departamento de Contas Nacionais do Japão (SNA). O resultado apresentou revisão em relação à primeira prévia, quando esta foi de 1,5%. Este crescimento situou-se acima da expectativa do mercado, que esperava 1,4% nessa última prévia. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 6,7%, ante 5,9% na primeira prévia.
Os principais agregados nacionais sofreram alteração com a nova estimativa do PIB. O Consumo das Famílias passou de 2,1% para 2,3%; o Investimento Público passou de -2,4% para -2,7% na segunda prévia; a Formação Bruta de Capital Fixo também apresentou avanço ao passar de 2,9% para 4,5% no primeiro trimestre de 2014; por fim, tanto as Exportações quanto as Importações permaneceram iguais à prévia anterior, pois a primeira apresentou crescimento de 6,0%, ao passo que a segunda cresceu 6,3%.
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