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Informativo eletrônico - Edição 1471 Quarta-Feira, 11 de junho de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Indicadores de Emprego da FGV mostram desaceleração do mercado de trabalho
  • Índices ABCR e ABPO recuam em maio

    Economia Internacional

  • Banco Mundial corta projeções para o crescimento da economia mundial em 2014
  • Taxa de desemprego do Reino Unido recua em abril

  • Indicadores de Emprego da FGV mostram desaceleração do mercado de trabalho

    O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou recuo de 4,5% em maio, em comparação com abril, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (11/06). Em abril, a queda registrada foi de 3,1%. O IAEmp visa a antecipar a situação do mercado de trabalho com base nas Sondagens da Indústria, Serviços e Expectativa do Consumidor.

    Os principais fatores que fizeram o IAEmp recuar em maio foram os indicadores que mensuram o grau de otimismo dos empresários com relação aos próximos seis meses. Esse indicador na sondagem de serviços recuou 8,1%, ao passo que na sondagem da indústria a queda foi de 6,5%.

    Outra pesquisa divulgada pela FGV foi o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que apresentou avanço de 0,8% em maio, já expurgados os efeitos sazonais. Em abril, o índice apresentou avanço de 2,8%, o que mostra uma possível acomodação do mercado de trabalho.

    O ICD é construído com base nas Sondagens do Consumidor, através da decomposição dos dados em quatro classes de renda familiar. A principal contribuição para o resultado do ICD adveio dos consumidores com renda familiar entre R$ 4.800,00 e R$ 9.600,00, cujo Indicador de Emprego sofreu retração de 2,9%.

    Índices ABCR e ABPO recuam em maio

    O Índice da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) de Atividade apresentou recuo de 0,4% em relação à abril, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados ontem (10/06) pela ABCR e pela consultoria Tendências. O resultado de maio apresenta uma tendência oposta em relação ao resultado de abril, que tinha apresentado um avanço de 0,3%. Na comparação com maio do ano passado (interanual), o fluxo de veículos total apresentou variação de 1,9%, e, no acumulado em 12 meses, o fluxo de veículos avançou 4,5%.

    O fluxo de veículos pesados apresentou recuo de 0,6% frente a abril. Já na variação interanual, o recuo foi maior ao variar -2,6%. No acumulado em 12 meses, o fluxo de veículos pesados avançou 1,4%. De acordo com o economista da consultoria Tendências, Rafael Bacciotti, o resultado do fluxo de pesados reflete os resultados ruins da atividade econômica, tanto da produção industrial quanto dos índices de confiança.

    Já o fluxo de veículos leves apresentou recuo mais suave, de 0,2% em maio frente a abril, na série dessazonalizada. Na variação interanual, entretanto, este apresentou avanço de 3,7%. No acumulado em 12 meses, o fluxo de veículos leves avançou 5,6%. Segundo Bacciotti, isso reflete os impactos da desaceleração do mercado de trabalho e os efeitos da inflação.

    Também foi divulgado ontem o Índice da Associação Brasileira de Papel Ondulado (ABPO), importante "termômetro" da situação industrial. O índice recuou 1,1% em maio frente a abril, já expurgados os efeitos sazonais. Em abril, a queda havia sido de 0,6%. Já na comparação com maio de 2013, a variação foi de -1,5%; em abril, houve redução de 5,2%, na mesma base de comparação. No acumulado em 12 meses, entretanto, observou-se avanço de 1,0%, ante avanço de 1,4% em abril na mesma base de comparação.

    Os resultados da ABPO e ABCR, além da queda na produção de veículos em maio segundo dados da Anfavea, reforçam a expectativa de fraco desempenho para a Produção Industrial em maio.

    Banco Mundial corta projeções para o crescimento da economia mundial em 2014

    Nesta terça (10/06) o Banco Mundial divulgou o relatório revisado com as projeções de crescimento econômico do mundo (World Bank's Global Economic Prospects). Segundo a leitura atual, o banco cortou a projeção para o crescimento global em 2014 de 3,2% (apresentado em janeiro) para 2,8%, refletindo o baixo dinamismo por parte dos países em desenvolvimento. Em 2015, o crescimento apontado é de 3,4% e de 3,5% em 2016.

    Dentre outros motivos, tem-se as adversidades climáticas nos EUA no início do ano; a crise política entre a Ucrânia, Rússia e Europa; o reequilíbrio na China; os conflitos políticos em vários países de renda média; o avanço lento em reformas estruturais e as restrições de capacidade produtiva estão contribuindo para o terceiro ano seguido de crescimento das nações em desenvolvimento abaixo de 5%.

    As projeções para o crescimento das economias em desenvolvimento passaram de 5,3% em janeiro para 4,8% nesta leitura atual, com retomada em 2015 (5,4%) e 2016 (5,5%). Dentre os BRICS, a China deve exibir expansão de 7,6% (ante 7,7%), ao passo que o Brasil sofreu forte revisão baixista (de 2,4% para 1,5%). A Índia deve crescer acima da média das economias em desenvolvimento (5,5%), enquanto a Rússia (de 2,2% para 0,5%) apresentou forte perda nas expectativas de crescimento, refletindo a atual crise política do país. A África do Sul, por sua vez, teve o crescimento revisado de 2,7% para 2,0%.

    Dentre os países de alta renda, as expectativas também estão menos otimistas, com a projeção atual atingindo 1,9%, abaixo dos 2,2% aferido em janeiro. O fraco resultado do primeiro trimestre na economia dos EUA ajudou a queda de 2,8% para 2,1% na projeção da instituição, mas acelerando para 2,4% em 2015 e 2,5% em 2016. A Zona do Euro, por sua vez, teve sua aposta de crescimento mantida em 1,1%.

    Taxa de desemprego do Reino Unido recua em abril

    A taxa de desemprego do Reino Unido, divulgado esta manhã (11/06) pelo ONS (Office for National Statistics), apresentou recuo, ao declinar 0,2 p.p. no trimestre findo em abril, atingindo o nível de 6,6% da população economicamente ativa (ou 2,16 milhões de pessoas), ante 6,8% no trimestre encerrado em março e 7,8% aferido em igual trimestre (fevereiro a abril) do ano anterior. O número de desempregados diminuiu em 161 mil pessoas entre fevereiro e abril ante o trimestre anterior. Já em relação aos empregados, foram criadas 345 mil vagas na avaliação atual, levando a população empregada a atingir 30,5 milhões de pessoas, ou 72,9% das pessoas entre 16 e 64 anos.

    Dentre os dois milhões de pessoas desempregadas, cerca de 1 milhão estão desempregadas no período de até seis meses, enquanto 345 mil estão fora do mercado de trabalho dentre 6 a 12 meses; 791 mil pessoas por mais de um ano e 430 mil acima de dois anos. Destes montantes totais, cerca de 853 mil jovens (entre 16 e 24 anos) estão desempregados, com 33,6% (ou 287 mil pessoas) em educação em tempo integral, levando a taxa de desemprego desta faixa etária a atingir 18,5% no trimestre de fevereiro a abril, queda de 1,3 p.p. em relação ao apresentado entre os meses de novembro a janeiro, o trimestre imediatamente anterior.

     
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