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Informativo eletrônico - Edição 1473 Segunda-Feira, 16 de junho de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado registra forte revisão para baixo do crescimento em 2014
  • IGP-10 mostra queda de 0,67% em junho

    Economia Internacional

  • Superávit comercial da China registra forte aumento em maio
  • Inflação da Zona do Euro recua e chega a 0,5% em taxa anualizada

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Mercado registra forte revisão para baixo do crescimento em 2014

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (16/06) pelo Banco Central, apresentou revisões baixistas em grande parte de suas principais variáveis macroeconômicas avaliadas. As expectativas para o crescimento do PIB em 2014 sofreram forte ajuste baixista, passando de 1,44% para 1,24%, terceiro corte seguido, num patamar bem distante do que se esperava quatro semanas atrás (1,62%). O resultado veio após o fraco resultado aferido pelo IBC-Br de abril (0,12%, divulgado em 13/06), mostrando baixo dinamismo da atividade econômica no início do segundo trimestre, além também do forte corte na expectativa de crescimento do PIB brasileiro por parte do Banco Mundial (de 2,4% para 1,5%), divulgado na última terça (10/06). Para 2015 as projeções caíram de 1,80% para 1,73%.

    Em relação à inflação, a mediana das previsões do IPCA em 2014 recuou sutilmente para 6,46%, após permanecer em 6,47% durante três semanas. Para 2015, a previsão do índice de preços subiu pela terceira leitura seguida, passando nesta semana de 6,03% para 6,08%. No que tange à taxa Selic, as expectativas para os juros básicos da economia em 2014 permaneceram em 11,00% pela terceira semana, mostrando cada vez mais a certeza por parte do mercado em relação à parada dos apertos monetários por parte do Banco Central. Em 2015, por sua vez, o mercado manteve as expectativas em torno de 12,00% pela quarta semana. Para a taxa de câmbio, o boletim informa manutenção das previsões em R$/US$ 2,40 em 2014 e de R$/US$ 2,50 para 2015.

    No que tange ao setor externo, as projeções para o déficit da conta corrente do balanço de pagamentos permaneceram pela quarta leitura em US$ 80,00 bilhões. Em relação ao saldo comercial, o mercado reajustou as expectativas de superávit comercial para US$ 2,00 bilhões em 2014, após registrar expectativa de US$ 2,25 bilhões na semana passada, enquanto que em 2015 a expectativa de superávit situa-se em US$ 10,00 bilhões pela décima-sexta semana seguida.

    Por fim, a atividade industrial brasileira em 2014, assim como o PIB, teve seu crescimento projetado fortemente revisado para baixo nesta semana, passando de 0,96% para 0,51%, patamar bem inferior ao registrado quatro leituras atrás (1,40%). Em 2015, o mercado acredita que a produção do setor deverá avançar 2,25%, mesma projeção apresentada na semana anterior.

    IGP-10 mostra queda de 0,67% em junho

    O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou recuo de 0,67% em junho, de acordo com dados divulgados hoje (16/06) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em maio, a variação registrada foi de 0,13%. Em junho do ano passado, o índice atingiu 0,63%. No acumulado em 12 meses, a variação registrada foi de 6,61%. Esse índice é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 de maio e 10 de junho.

    Dentre os componentes do IGP-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que representa 60% do índice geral – registrou declínio de 1,41% em junho, após recuo de 0,22% em maio. Na abertura por estágios de processamento, a pressão que se via na categoria de Matérias-Primas continuou a perder força neste mês, uma vez que os preços do grupo mostraram queda de 2,62% nesta leitura, após recuo de 0,89% em maio. Os principais itens responsáveis foram café (3,63% para -9,17%), leite (5,56% para -1,09%) e milho (-1,02% para -7,92%). Outro subgrupo que colaborou para a retração no mês foi o de Bens Intermediários, que registrou variação de -0,35%, ante -0,26% no mês anterior, com destaque para Suprimentos, cuja taxa de variação passou de -0,10% para -0,77%. Além destes, o subgrupo de Bens Finais mostrou taxa de variação de -1,45% em junho, ante 0,42% em maio, reflexo do recuo nos preços de alimentos in natura, passando de 1,18% em maio para -12,17% em junho.

    Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – responsável por 30% do índice geral – apresentou desaceleração, ao passar de 0,76% em maio para 0,39% em junho. Dentre as oito classes de despesas, cinco desaceleraram: Alimentação (1,16% para 0,13%), Transportes (0,50% para 0,21%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,43% para 0,56%), Vestuário (0,81% para 0,11%) e Habitação (0,65% para 0,58%). Por outro lado, os grupos de Educação, Leitura e Recreação (-0,16% para 0,75%), Despesas Diversas (0,39% para 1,19%) e Comunicação (0,15% para 0,20%) exibiram acréscimos no período.

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – peso de 10% do índice – teve influência altista sobre o resultado do IGP-10 do mês, visto acelerou de 1,06% em maio para 1,78% em junho. O componente de Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou alta de 0,49% em junho, frente à alta de 0,67% da última divulgação. Já o componente de Custo da Mão de Obra puxou os preços do setor para cima, ao acelerar de 1,41% em maio para 2,95% no mês atual.

    Superávit comercial da China registra forte aumento em maio

    De acordo com os dados divulgados na semana passada pela General Administration of Customs (órgão responsável pelas estatísticas alfandegárias), o superávit comercial chinês atingiu US$ 35,9 bilhões em maio, o maior resultado em cinco anos, e quase o dobro do superávit registrado em abril (US$ 18,5 bilhões), aproximadamente 75% acima na comparação com maio do ano anterior. O resultado se opõe às quedas recentes, caracterizadas por aumentos das importações e queda acentuada nas exportações, reflexo do menor apetite por parte das economias europeias.

    As exportações do país cresceram 7% no acumulado em doze meses encerrados em maio (chegando a US$ 195,5 bilhões), na comparação com idêntico período findo em maio do ano anterior, ao passo que as importações caíram 1,6% (atingindo US$ 159,6 bilhões), na mesma base de comparação. As exportações para os EUA cresceram 6,3% em maio, ante aumento de 12% em abril.

    Já os embarques para a União Europeia aumentaram 13,4%, após alta de 15,1% no mês anterior, enquanto as exportações para os países da ASEAN (bloco econômico do sudeste asiático) subiram 9,1%, acima da variação de 3,8% em abril. O governo chinês tem expectativa de que o comércio externo total cresça 7,5% este ano. No ano passado, este cresceu 7,6%, abaixo da meta oficial de 8%.

    Inflação da Zona do Euro recua e chega a 0,5% em taxa anualizada

    A inflação anuaizadal da Zona do Euro foi de 0,5% em maio, de acordo com dados divulgados hoje (16/06) pelo Departamento de Estatísticas Oficiais da Zona do Euro (Eurostat). O resultado veio conforme a prévia da Eurostat. O índice apresentou desaceleração em relação ao resultado de abril, de 0,7%, na mesma base de comparação. Em maio de 2013, o índice apresentou elevação de 1,4%. Em relação à variação mensal, maio apresentou queda de 0,1%.

    As maiores altas advieram de Fumo (0,08 p.p.), Café e Restaurante (0,08p.p.) e Eletricidade (0,07 p.p.) enquanto que Legumes (-0.13 p.p.), Telecomunicações (-0,11 p.p.) e Frutas (-0,07 p.p.) tiveram as maiores quedas.

    Entre os países, destaque para as taxas anuais da Áustria (1,5%), Luxemburgo (1,4%) e Romênia (1,3%), enquanto que Grécia (-2,1%), Bulgária (-1,8%) e Portugal (-0,3%) apresentaram deflação. Alemanha e França, as maiores economias da Zona do Euro, tiveram inflação de 0,6% e 0,8%, respectivamente.

     
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