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FOCUS: Boletim completa quarta revisão baixista seguida para o PIB de 2014
O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (23/06) pelo Banco Central, apresentou manutenção em grande parte de suas principais variáveis macroeconômicas avaliadas. As expectativas para o crescimento do PIB em 2014 sofreram novo ajuste baixista, passando de 1,24% para 1,16%, quarto corte seguido, ficando bem distante do que se esperava há quatro semanas (1,63%). Para 2015, as projeções caíram de 1,73% para 1,60%, a quinta revisão baixista consecutiva.
Em relação à inflação, a mediana das previsões do IPCA em 2014 permaneceu em 6,46%, ficando muito próxima da cifra reportada quatro semanas atrás (6,47%), em linha com o divulgado pelo IPCA-15 na última quarta (18/06), onde o índice acumula alta de 6,41% em 12 meses, indicando que o crescimento dos preços deste ano ficará próximo ao teto da meta (6,50%). Para 2015, a previsão do índice de preços subiu pela quarta leitura seguida, passando nesta semana de 6,08% para 6,10%.
No que tange à taxa Selic, as expectativas para o juro básico da economia em 2014 permaneceram em 11,00% pela quinta semana. Em 2015, da mesma forma, o mercado manteve as expectativas em torno de 12,00% pela quinta semana. Em relação à taxa de câmbio, o boletim informa manutenção das previsões em R$/US$ 2,40 em 2014 e de R$/US$ 2,50 para 2015.
No que se refere ao setor externo, as projeções para o déficit da conta corrente do balanço de pagamentos permaneceram pela quinta leitura em US$ 80,00 bilhões. Em relação ao saldo comercial, o mercado manteve as expectativas de superávit comercial de US$ 2,00 bilhões em 2014, após registrar expectativa de US$ 3,00 bilhões há quatro semanas, enquanto que para 2015 a expectativa situa-se em US$ 10,00 bilhões pela décima sétima semana seguida.
Por fim, o destaque ficou com a atividade industrial brasileira em 2014, que teve seu desempenho projetado revisado de 0,51% para uma queda de 0,14%, o quarto ajuste baixista consecutivo, sinalizando que o mercado acredita em contração da produção industrial neste ano. Para 2015, o boletim informa que a expectativa de crescimento da produção do setor é de 2,30%, ante 2,25% visto na leitura anterior.
Prévia do PMI chinês chega a 50,8 pontos em junho
O Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação da China avançou para 50,8 pontos na prévia de junho, de acordo com dados divulgados ontem (22/06) pelo instituto Markit. Com esse resultado, a indústria de transformação volta a ficar com sua atividade em expansão, lembrando que acima de 50 pontos indica expansão da atividade e, abaixo de 50, contração. Em maio, o resultado registrado estava em 49,4 pontos.
A saída de mercadorias também apresentou acréscimo no período, ao passar de 49,8 pontos para 51,8 pontos. O índice de exportação também avançou, ao passo que o nível de emprego sofreu leve recuo.
De acordo com o economista-chefe do HSBC na China, Hongbin Qu, o aumento do PMI ocorreu devido à elevação tanto da demanda interna quanto da demanda externa, e, ademais, os investimentos em infraestrutura também devem impulsionar o crescimento da atividade econômica do país.
Prévia do PMI da Zona do Euro mostra leve recuo em junho
O Índice de Gerência de Compras (PMI) composto da Zona do Euro apresentou leve recuo em junho ao passar de 53,5 pontos para 52,8 pontos em sua prévia. O PMI do setor de Serviços também apresentou leve decréscimo, de 53,2 pontos para 52,8 em junho, mesmo sentido do PMI da Indústria de Transformação, que passou de 52,2 pontos em 51,9 pontos.
Apesar da queda na prévia do índice, alguns indicadores mostram que a atividade econômica na Zona do Euro irá acelerar nos próximos meses. Novas encomendas apresentaram certo avanço, enquanto que houve ligeiro aumento no nível de preços.
Dentre as principais economias da Zona do Euro, o PMI da Indústria de Transformação da Alemanha apresentou avanço na Alemanha ao passar de 52,3 pontos em maio para 52,4 pontos em junho, enquanto que o PMI francês para a Indústria de Transformação ficou abaixo de 50 pontos em junho.
De acordo com o economista-chefe da Markit, Chris Williamson, a grande preocupação é a disparidade de crescimento entre as economias da Zona do Euro. Enquanto que a Alemanha apresenta expansão da atividade econômica, a França pode apresentar leve retração nesse trimestre, depois de mostrar estabilização no primeiro trimestre do ano. Exceto estas duas economias, os demais país apresentam recuperação do crescimento econômico, em especial os periféricos.
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