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Informativo eletrônico - Edição 1478 Quarta-Feira, 25 de junho de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Déficit em Transações Correntes chega a US$ 81,9 bilhões em maio
  • Prévia da Confiança da Indústria recua 3,4% em junho
  • Confiança da Construção registra queda de 9,8% em junho
  • Brasil cria aproximadamente 59 mil vagas em maio

    Economia Internacional

  • GfK: Confiança do consumidor alemão volta a subir em junho

  • Déficit em Transações Correntes chega a US$ 81,9 bilhões em maio

    O déficit no saldo de transações correntes em maio foi de US$ 6,6 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem (24/06) pelo Banco Central. Com isso, no acumulado em 12 meses, chega-se a US$ 81,9 bilhões, representando 3,61% do PIB, a mesma taxa do mês imediatamente anterior. Apesar do constante déficit em transações correntes, o balanço de pagamentos apresentou superávit de US$ 1,7 bilhão em maio. Por sua vez, a conta financeira apresentou superávit de US$ 7,4 bilhões.

    A conta de Serviços, historicamente deficitária no Brasil, apresentou déficit de US$ 4,5 bilhões em maio, 4,6% superior ao resultado de maio de 2013. As principais contribuições advieram dos itens de viagens internacionais e gastos brasileiros no exterior, já que, em comparação com o mesmo período de 2013, estas avançaram 2,1% e 2,0%, respectivamente. Despesas líquidas com aluguel de equipamentos e royalties e licenças avançaram 21,7% e 21,2%, respectivamente, na mesma base de comparação.

    No mês de maio, os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 6,0 bilhões, avanço de US$ 0,8 bilhão em relação a abril. Ingressos líquidos em participação de capital na empresa somaram US$ 4,6 bilhões, enquanto que empréstimos intercompanhias totalizaram US$ 1,4 bilhão. No acumulado em 12 meses, os IED somaram US$ 66,5 bilhões, equivalente a 2,93% do PIB.

    As reservas internacionais no conceito liquidez (considerando títulos em dólar e outros recursos) totalizaram US$ 379,2 bilhões enquanto que no conceito caixa estas atingiram US$ 368,8 bilhões.

    Prévia da Confiança da Indústria recua 3,4% em junho

    A prévia do Índice de Confiança da Indústria apresentou recuo de 3,4% em junho, em relação ao mês imediatamente anterior, já expurgado os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na manhã de hoje (25/06). Em maio, o recuo foi de 5,1%. Com isso, o resultado chegou a 87,6 pontos, o menor desde maio de 2009 (86,4 pontos).

    No trimestre findo em junho, houve queda de 6,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em março. Já na base semestral, houve queda de 4,4% no semestre findo em junho em relação ao semestre imediatamente anterior, encerrado em dezembro de 2013. Ambos os comparativos já desconsideram a sazonalidade.

    Sobre o resultado de junho, tanto o momento atual quanto a situação futura se deterioraram. O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 2,1% em junho, ante queda de 5,1% em maio. Já o Índice de Expectativas (IE) apresentou queda de 4,9%, ante 5,0% no período anterior, na mesma base de comparação. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) passou de 83,5% em maio para 83,3% em junho, o menor nível desde novembro de 2011. O resultado final será divulgado no próximo dia 30, segunda-feira.

    Confiança da Construção registra queda de 9,8% em junho

    O Índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou queda de 9,8% no trimestre findo em junho, contra igual período do ano anterior, o que configura aceleração na sua trajetória de queda, visto que na leitura de maio o índice havia registrado variação negativa de 8,7% e de 5,9% em abril. Na base interanual mensal (comparação com o mesmo mês do ano anterior), o índice voltou a cair, embora em ritmo de desaceleração, passando de -9,7% em maio para -8,9% nesta última leitura. Os dados foram divulgados hoje (25/06) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ressaltando que ainda não há ajuste sazonal para a série, o que inviabiliza a ideal comparação mensal do indicador.

    O resultado negativo foi puxado significativamente pelas expectativas futuras, que registraram aceleração no ritmo cadente no trimestre findo neste mês, na comparação com igual período do ano anterior, ao passo que as avaliações em relação à situação corrente mostraram piora de menor intensidade. O Índice de Expectativas (IE-CST) passou de –11,4% para –13,1% neste mês de junho, refletindo o aumento no número de empresas que preveem piora na demanda prevista para os próximos três meses. Já o Índice de Situação Atual (ISA – CST) passou de -5,3% em maio para -5,7% em junho, influenciado pela menor satisfação das empresas com a situação atual dos negócios.

    Dentre as onze atividades pesquisadas, dez registraram queda na avaliação interanual trimestral. Os destaques negativos ficaram com Preparação do Terreno, ao registrar variação de -9,3% em junho, ante -5,2% em maio, seguido por Obras de Acabamento, de -5,5% para -9,0%, em igual base de comparação.

    A FGV também divulgou o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), cuja variação foi de 1,25% em junho, frente ao mês imediatamente anterior, resultado inferior ao de maio (1,37%), na mesma base de comparação. No ano de 2014, o INCC acumula crescimento de 4,72%, e 7,14% no acumulado em 12 meses. O resultado mensal foi puxado pelo menor crescimento tanto no índice referente a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,47% ante 0,37% no mês anterior), quanto no Custo de Mão de Obra (2,20% para 2,05%, na mesma base de comparação).

    Brasil cria aproximadamente 59 mil vagas em maio

    Foi divulgado ontem (24/06) pelo Ministério do Trabalho (MTE) os dados do CAGED, mostrando criação de 58.836 vagas em maio de 2014. Na série ajustada (que considera as informações entregues fora do prazo), o saldo gerado no acumulado do ano (543.231 vagas) foi inferior ao acumulado no mesmo período dos anos anteriores, com exceção de 2009. Tanto a Indústria de Transformação brasileira quanto a paulista apresentaram queda no mês, variando apenas -0,34% e -0,30%, respectivamente.

    No mês de maio de 2014, o saldo de postos de trabalho foi positivo em 58.836, representando uma variação de 0,14% no nível de empregos formais no Brasil. Na série ajustada (que considera as informações entregues fora do prazo), o saldo gerado no acumulado do ano (543.231 vagas) foi inferior ao acumulado no mesmo período dos anos anteriores, com exceção de 2009.

    A indústria de transformação teve uma queda de 0,34% em maio em relação a abril, com o fechamento de 28.533 vagas. Os principais destaques negativos foram: mecânica (-0,99%); material de transporte (-0,87%) e alimentos, bebidas e álcool (-0,25%). Por outro lado, apenas o setor químico e farmacêutico (0,32%) apresentou resultado positivo.

    No ano de 2014, a indústria de transformação brasileira apresentou saldo positivo de 72.280 vagas, representando uma variação de 0,86%, inferior ao acumulado no mesmo período nos anos anteriores, com exceção de 2009.

    No acumulado em 12 meses, a variação da indústria de transformação ficou praticamente estável, variando apenas 0,04% com a geração de 3.618 vagas no período. Após apresentar crescimento desde dezembro de 2009, nesta comparação, o emprego industrial ficou praticamente estável no mês.

    No Estado de São Paulo, o mês de maio de 2014 apresentou saldo positivo de empregos, com a criação de 13.201 postos de trabalho, o que significou um aumento de 0,10% no nível de emprego em relação a abril de 2014.

    A indústria de transformação apresentou resultado negativo, com o fechamento de 8.746 vagas no mês. Com isso, o nível de emprego apresentou queda de 0,30% em relação ao mês anterior. Os principais destaques negativos foram: material de transporte (-1,08%); mecânica (-1,01%) e metalurgia (-0,65%). Por outro lado, o principal destaque positivo foi de alimentos, bebidas e álcool (0,58%).

    No ano de 2014, a indústria de transformação paulista acumulou um saldo de 27.865 vagas, representando um aumento de 0,97% no nível de emprego. Este saldo foi inferior ao gerado no mesmo período dos anos anteriores, com exceção de 2009.

    No acumulado em 12 meses, o nível de emprego da indústria de transformação paulista foi negativo, variando -1,55%, com o fechamento de 45.848 vagas no período, já o terceiro mês consecutivo negativo nesta comparação, após ter mantido desempenho próximo de zero desde o final de 2012.

    GfK: Confiança do consumidor alemão volta a subir em junho

    De acordo com os dados divulgados nesta quarta (25/06) pela GfK (Associação alemã de Pesquisas ao Consumidor), a confiança do consumidor alemão chegou a 8,6 pontos em junho, acima das previsões divulgadas na última leitura, frente ao patamar de 8,5 pontos da leitura anterior. Além do resultado oficial do mês, o instituto ainda indica que através de alguns indicadores e previsões já conhecidas, há possibilidade da confiança do consumidor subir para 8,9 pontos no mês de julho. A alta reflete a melhora das expectativas econômicas, que subiu ao maior nível dos últimos três anos, ao passo que as expectativas quanto à renda ficaram praticamente inalteradas. O clima do consumidor ainda é impulsionado pela queda na propensão a poupar, reflexo da decisão do Banco Central Europeu (BCE) de baixar a taxa de juros para 0,15%.

    O indicador de expectativas econômicas aumentou em 7,7 pontos, atingindo a métrica de 46,2 pontos neste mês, patamar mais alto desde junho de 2011, quando o índice chegou a 50,3 pontos. O foco positivo atual dos consumidores advém das condições domésticas gerais, como a situação do mercado de trabalho, a propensão a investir e a inflação. Os sinais positivos nessas áreas indicam que o PIB deverá crescer em torno de 2,0% este ano, alicerçado pela alta de 1,5% do consumo privado, que representa 60% da economia do país. No entanto, o desenvolvimento das crises internacionais, inclusive no Iraque, Síria e Ucrânia ainda são um risco para a economia alemã. Como nos meses anteriores, as empresas da Alemanha temem um agravamento da situação internacional. Deste modo, o Índice do Clima de Negócios caiu ligeiramente em junho, conforme divulgado ontem (24/06) pelo Instituto IFO.

    Em relação à renda, o indicador registrou sutil queda, passando de 47,8 pontos em maio para 47,2 pontos em junho, ficando pouco mais de cinco pontos abaixo do valor mais alto desde a reunificação, que foi atingido em abril deste ano. Ao se comparar com o mesmo mês de 2013, o índice saltou 11,0 pontos. O mercado de trabalho foi um aspecto fundamental para apoiar as perspectivas de renda, oferecendo espaço para acordos salariais coletivos que resultaram em grandes aumentos reais de renda, dada a baixa inflação.

     
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