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Informativo eletrônico - Edição 1480 Sexta-Feira, 27 de junho de 2014
 

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Economia Brasileira

  • IGP-M desacelera em junho e chega a 6,24% no acumulado em 12 meses
  • Confiança do Comércio volta a recuar em junho

    Economia Internacional

  • Zona do Euro registra piora do sentimento econômico em junho
  • PIB do Reino Unido mostra avanço de 0,8% no primeiro trimestre

    Agenda Semanal

  • IGP-M desacelera em junho e chega a 6,24% no acumulado em 12 meses

    O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) apresentou variação de -0,74% em junho, de acordo com dados divulgados hoje (27/06) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A queda apresentada diferiu levemente da projeção do mercado (-0,59%) e destoou do resultado do mês imediatamente anterior (-0,13%). A variação no mesmo período do ano anterior foi de 0,75%. No acumulado em 12 meses, o IGP-M apresenta alta de 6,24%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-M, apresentou variação de -1,44% em junho. No mês de maio, a variação foi de -0,65%. A desaceleração de alimentos e algumas commodities foram responsáveis pela abrupta queda do índice em junho. O Índice de Bens Finais passou de -0,41% para -1,53%, com contribuição do subgrupo de alimentos in natura, que variou -12,73%. O grupo de Bens Intermediários apresentou decréscimo de 0,34% no mês. Em maio, a taxa registrada foi de 0,27%. A principal contribuição adveio do subgrupo de materiais e componentes para a manufatura (-0,56%). Já o grupo de Matérias-Primas Brutas recuou 2,63% em junho, ante queda de 1,37% em maio. Destaque para as variações das seguintes commodities: milho (-2,49% para -8,88%), minério de ferro (-6,10% para -4,64%) e soja (0,10% para 1,55%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do IGP-M, apresentou desaceleração em junho ao passar de 0,68% para 0,34%. Dos oito grupos que compõem o IPC, cinco desaceleraram no mês: Alimentação (0,81% para 0,03%), sendo este o principal fator para a desaceleração; Habitação (0,72% para 0,45%); Saúde e Cuidados Pessoais (1,16% para 0,57%); Transportes (0,45% para 0,20%) e Comunicação (0,20% para 0,15%). Já os itens que aceleraram no mês foram: Educação, Leitura e Recreação (0,38% para 0,62%); Despesas Diversas (0,65% para 0,89%), e, por último, Vestuário (0,49% para 0,57%).

    O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no índice, apresentou variação de 1,25% em junho, ante 1,37% no mês imediatamente anterior. O subitem Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou variação de 0,37%, ante 0,47% em maio. Já o índice de Mão de Obra variou 2,05%, ante 2,20% em maio.

    Confiança do Comércio volta a recuar em junho

    O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) apresentou variação de -6,4% no trimestre findo em junho, de acordo com dados divulgados hoje (27/06) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No trimestre findo em maio, a variação apresentada foi de -4,4%. O índice apresentou a maior queda desde dezembro de 2011, quando a variação foi de -6,8%, na mesma base de comparação.

    A queda no ICOM foi influenciada pela piora nas expectativas. O Índice de Expectativas (IE-COM) apresentou queda de 6,0% em junho, ante recuo de 2,6% em maio. Já o Índice de Situação Atual (ISA-COM) apresentou variação de -7,1% em junho, ante 7,2% em maio, apresentando ligeira melhora.

    Os principais setores avaliados pela pesquisa apresentaram níveis extremamente baixos, apesar de algumas exceções. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, Varejo Restrito passou de -1,7% em maio para -4,4% em junho; Varejo Ampliado e Varejo Atacado passaram de -4,6% em maio para -6,9% em junho e -4,1% em maio para -5,6% em junho, respectivamente; Veículos, Motos e Peças continuam em queda livre ao passar de -16,9% em maio para -18,6% em junho.

    Quanto à Tendência de Negócios para os próximos seis meses, a parcela que acredita que o comércio melhorará passou de 50,8% para 48,0%, enquanto que a parcela que acredita que haverá piora no comércio avançou, passando de 7,2% para 8,7%.

    Zona do Euro registra piora do sentimento econômico em junho

    Nesta sexta-feira (27/06), a Comissão Europeia (EC) apresentou o resultado para junho de seu Indicador de Sentimento Econômico (Economic Sentiment Indicator, em inglês). De acordo com a leitura atual, o ESI registrou queda de 0,6 ponto na Zona do Euro (atingindo 102,0 pontos) na passagem de maio para junho, ao passo que a avaliação para a União Europeia registrou ligeiro recuo no período (-0,1 ponto, retornando a 106,4 pontos). Todos os dados estão sazonalmente ajustados.

    Na abertura por área avaliada, a piora da confiança na área do euro foi influenciada pela deterioração da confiança da indústria (-1,2 ponto) e do setor de construção (-1,7 ponto). A primeira atividade viu a confiança cair em função da cautela dos gestores sobre a produção esperada, o nível atual de pedidos e os estoques; já o segundo setor foi impactado pela revisão baixista das expectativas no mercado de trabalho. A confiança do consumidor (-0,4 ponto) recuou sutilmente por causa das avaliações mais cautelosas em relação ao desemprego, que foi parcialmente compensada por uma melhora moderada na situação financeira esperada. Já os níveis de confiança do setor varejista (+0,3 ponto) e de serviços (+0,4 ponto) captam a melhora na sensação dos empresários quanto à situação presente dos negócios do varejo, bem como a alta das expectativas de demanda no setor de serviços.

    Dentre os países analisados, os maiores recuos foram registrados por Alemanha (-1,3 ponto), França (-1,2 ponto) e Itália (-1,0 ponto), enquanto que Países Baixos (+0,7 ponto) e Espanha (2,2 pontos) voltaram a registrar melhora da confiança. Vale ressaltar a alta de 4,6 pontos na Grécia, levando seu ESI a ficar acima da média de longo prazo pela primeira vez desde agosto de 2008.

    A Comissão Europeia também divulgou sua avaliação do Indicador de Clima de Negócios (Business Climate Indicator, em inglês), cujo índice decresceu 0,14 ponto em junho, retornando ao patamar de 0,22 ponto no mês (ante0,36 ponto em maio), reflexo das pioras na avaliação quanto à produção passada, às expectativas de produção e aos novos pedidos.

    PIB do Reino Unido mostra avanço de 0,8% no primeiro trimestre

    De acordo com a terceira estimativa do PIB do Reino Unido divulgado nesta sexta-feira (27/06) pela Office for National Statistics (ONS), o país registrou crescimento de 0,8% no primeiro trimestre de 2014 frente ao trimestre anterior (após ajuste sazonal), mesma variação vista na estimativa anterior (em 22/05). Vale lembrar que o PIB britânico havia registrado crescimento de 0,7% no quarto e 0,8% no terceiro trimestre de 2013. A econômica do país ainda expandiu cerca de 3,0% mais do que o aferido no primeiro trimestre do ano passado, ficando apenas 0,6% abaixo do nível de produto apresentado antes do período da crise.

    No primeiro trimestre o avanço foi generalizado entre os setores. O PIB industrial mostrou avanço de 0,7%, refletindo a alta de 0,8% da indústria extrativa, de 1,5% da indústria de transformação (que detém maior parcela do setor) e da indústria de abastecimento de água e esgoto (0,2%). Por outro lado, a indústria energética recuou 6,4% no primeiro trimestre do ano, quando comparado ao último trimestre do ano passado. Já a Agricultura mostrou forte aceleração no período, passando de 0,2% no último trimestre de 2013 para 1,0% nesta leitura atual, mesmo movimento visto para o setor de Construção (de 0,5% para 1,5%). Por sua vez, o setor de Serviços, fortemente influenciado pelo setor hoteleiro e de serviços financeiros e de negócios, apresentou alta de 0,8%, ligeiramente superior ao aferido nos três últimos meses do ano anterior (0,7%). Todos os dados estão sazonalmente ajustados.

    Em relação às classes de despesas, o consumo das famílias aumentou 0,8% no primeiro trimestre de 2014, o décimo resultado positivo seguido. Já as despesas públicas permaneceram estáveis (0,0%) no trimestre findo em março, enquanto que a formação bruta da capital fixo evidenciou alta de 2,4% no período, após avançar 1,3% no último trimestre de 2013 e mostrando elevação de 9,7% frente ao primeiro trimestre de igual ano. Por fim, o setor externo teve impacto negativo no produto interno do país no início do ano, visto que as exportações recuaram 0,1% e as importações caíram1,2%.

     
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