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Informativo eletrônico - Edição 1483 Quarta-Feira, 02 de julho de 2014
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial apresenta novamente queda ao recuar 0,6% em maio
  • PMI industrial brasileiro registra recorde de baixa em junho
  • IPC-FIPE volta a desacelerar em junho

  • Produção industrial apresenta novamente queda ao recuar 0,6% em maio

    A produção industrial apresentou recuo de 0,6% em maio, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (02/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM). O resultado veio próximo da projeção do mercado (-0,7%) e da projeção do Depecon/FIESP, que apontava para um recuo de 0,8%. No mês imediatamente anterior, a produção industrial apontou queda de 0,5%.

    Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o recuo foi de 3,2%, apesar de tanto maio de 2013 quanto maio de 2014 terem a mesma quantidade de dias úteis (21). Em abril, na mesma base de comparação, houve recuo de 5,8%. Já no acumulado em 12 meses, o índice apresentou avanço de 0,2%, desacelerando em relação a abril, quando no acumulado em doze meses apresentou avanço de 0,7%.

    Em relação aos setores, a queda se espraiou entre a maioria dos setores analisados, 15 dos 24 ramos pesquisados. As principais influências negativas vieram dos setores de Produtos derivados de Petróleo e Biocombustíveis (-3,8%); Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-3,9%), já esperado a queda deste de acordo com os dados da Anfavea, que apontava queda de 1,4% na produção de veículos. Quedas importantes foram registradas também no setor de Metalurgia (-4,0%), Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-5,0%) e Máquinas e Aparelhos Elétricos (-2,1%). Já dentre os setores que apresentaram variações positivas no mês de maio, destacam-se: Produtos Alimentícios (1,0%); Máquinas e Equipamentos (1,1%); Indústrias Extrativas (1,4%), reflexo da maior produção de minério de ferro no ano e, por último, Fumo (18,5%).

    Em relação às categorias de uso, a queda mais acentuada no mês foi assinalada pelo Bens de Consumo Duráveis, que apresentou recuo de 3,6% em relação ao mês de abril, já expurgados os efeitos sazonais. Bens de Capital também mostrou recuo de 2,6% em maio. A categoria de Bens Intermediários apresentou recuo de 0,9% na mesma base de comparação. O único setor que apresentou resultado positivo no mês foi o setor de Bens de Consumo Semi e não Duráveis, cujo crescimento registrado foi de 1,0%.

    Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, novamente, o aspecto negativo da pesquisa vai para a produção de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias, apresentando recuo de 20,1% em maio. Metalurgia apresentou recuo de 10,5%, enquanto que Produtos de Metal apresentou recuo de 9,5%. Produtos Químicos apresentou variação de -5,7% enquanto que Produtos derivados de Petróleo e Biocombustíveis mostrou recuo de 2,4%. Máquinas e Equipamentos também apresentou queda significativa, de 3,1% na comparação com maio de 2013. Dentre os avanços na mesma base de comparação, destaque para o aumento na produção de Farmoquímicos e Farmacêuticos (8,1%), Indústria Extrativas (7,6%), Produtos Alimentícios (2,1%) e Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (7,8%), sendo que nesse último devido a maior produção de monitores de vídeo.

    Novamente, entre as categorias de uso, só que em comparação com o mesmo período do ano anterior, destaque negativo para a queda na produção de Bens de Capital (-9,7%), influenciado pela queda na produção de máquinas para transportes. Bens Intermediários mostrou recuo de 2,8%, influenciado principalmente pela queda de produtos químicos para agricultura. Bens de Consumo Duráveis recuou 11,2%, influenciado pela queda na produção de veículos e eletrodomésticos e, por último, avanço de 0,8% na produção de Bens de Consumo Semi e não Duráveis devido à influência da produção de bebidas alguns produtos farmacêuticos.

    O desempenho negativo da produção industrial em maio reforça o cenário de enfraquecimento da atividade do setor em 2014. Os níveis bastante deprimidos da confiança do empresariado, que seguem em trajetória cadente, a menor demanda argentina por produtos da indústria de transformação brasileira, entre outros elementos, apontam para contração da indústria neste ano.

    PMI industrial brasileiro registra recorde de baixa em junho

    A HSBC/Markit divulgou nesta quarta-feira (02/07) o Índice de Gerente de Compras (PMI) da indústria do Brasil. De acordo com a leitura atual, o setor deve exibir leve recuo em junho, visto que seu índice passou de 48,8 para 48,7 pontos, completando a terceira deterioração mensal seguida, além de atingir o menor nível desde julho de 2013.

    O resultado reflete a maior queda na produção dos últimos dois anos e meio, impactada pelo enfraquecimento da demanda interna, bem como a degradação das condições de negócios do setor. Por outro lado, as exportações exibiram expansão no mês, embora ainda em ritmo moderado.

    Dentre as categorias de uso, a queda acentuada nos estoques dos bens de capital contrabalançou os aumentos de estoque nos subsetores de bens de consumo e de bens intermediários. Dada a baixa demanda e produção, pelo terceiro mês seguido foi visto corte no nível de emprego do setor industrial, apesar de não mostrar aceleração frente a maio, tendo a contenção de despesas como explicação para as demissões.

    Por fim, segundo o economista do HSBC responsável pela pesquisa, os indicadores apontam uma queda na atividade industrial de maior magnitude desde setembro de 2011, mas, apesar do setor já vir mostrando baixa produção, a forte queda do mês tem sofrido influência direta da Copa do Mundo.

    IPC-FIPE volta a desacelerar em junho

    O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (IPC-FIPE), que mensura a inflação na cidade de São Paulo, apresentou variação de 0,04% em junho, ante 0,25% em maio, de acordo com dados divulgados hoje (02/07) pela FIPE. No acumulado em 12 meses, o IPC-FIPE apresenta alta de 5,07% em junho, ante 5,35% no mês anterior.

    Dos sete grupos que compõem o IPC-FIPE, somente dois apresentaram aumento do nível de preços na passagem de maio para junho, sendo estes Habitação (de -0,24% para 0,28%) e Vestuário (de 0,54% para 0,63%), tendo a primeira classe de despesas impactado 0,09p.p. e a segunda 0,03p.p. o índice geral. Por outro lado, Alimentação (de 0,73% para -0,37%) foi o maior impacto negativo do mês (-0,08p.p.), seguido por Despesas Pessoais (de 0,59% para -0,12%) e Transporte (de -0,04% para -0,03%). As classes de Saúde (de 0,79% para 0,27%) e Educação (de 0,14% para 0,03%) mostraram menor ritmo de aumento dos preços no mês de junho.

     
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