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Informativo eletrônico - Edição 1487 Terça-Feira, 08 de julho de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Inflação ao consumidor chega a 6,52% em junho e ultrapassa o teto da meta
  • IGP-DI varia -0,63% em junho e chega a 5,77% em 12 meses
  • Produção de veículos recua 19,1% em junho

    Economia Internacional

  • Produção industrial do Reino Unido recua em maio

  • Inflação ao consumidor chega a 6,52% em junho e ultrapassa o teto da meta

    Na manhã desta terça-feira (08/07) o IBGE divulgou o resultado de junho para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). De acordo com a leitura atual, o índice registrou variação de 0,40%, levemente abaixo dos 0,46% registrado em maio, mas superando o resultado visto em junho do ano passado (0,26%). Com o resultado, o índice mostrou aceleração em seu acumulado em 12 meses, passando de 6,37% para 6,52%, superando neste último mês de junho o teto da meta oficial buscado pelo Banco Central (6,50%). No ano de 2014, até o sexto mês o índice de preços ao consumidor registra aumento de 3,75%, superando também o resultado aferido em igual período do ano anterior (3,15%). O IPCA foi calculado com dados coletados entre 29/05 e 27/06, comparado aos apresentados entre 26/04 e 28/05.

    Dentre as classes avaliadas, excluindo Transportes e Despesas Pessoais, os demais grupos apresentaram resultados mais baixos em junho. De acordo com a leitura atual, Alimentos e Bebidas registrou a terceira desaceleração seguida, desta vez passando de 0,58% em maio para -0,11% em junho, refletindo a queda dos preços dos alimentos consumidos em casa (de 0,41% para -0,60%), em especial os tomates (-9,58%) e batatas inglesas (-11,46%). Além desta, as classes Habitação (de 0,61% para 0,55%), Artigos de Residência (de 1,03% para 0,38%), Vestuário (de 0,84% para 0,49%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,98% para 0,60%) e Educação (de 0,13% para 0,02%) e Comunicação (de 0,11% para -0,02%) mostraram arrefecimento no ímpeto inflacionário de seus preços.

    Por outro lado, com impactos da Copa do Mundo, as tarifas aéreas ficaram 21,95% mais caras em junho, levando a aceleração da classe de Transporte para 0,37%, após ter registrado queda de 0,45% em maio. O evento também impactou os custos da categoria Despesas pessoais (de 0,80% para 1,57%), captando o aumento dos preços das diárias dos hotéis (25,33%). Apenas essas duas subclasses (tarifas aéreas e diárias de hotéis) foram responsáveis por cerca de 0,20p.p. da alta do IPCA do mês.

    Por fim, em relação as regiões avaliadas, destaque para o IPCA de Recife (0,71%), que sentiu a forte alta nas diárias de hotéis (32,69%). Em contrapartida, Belém (0,21%) registrou o menor crescimento dos preços em junho, onde os alimentos consumidos em casa apresentaram queda (-0,56%). São Paulo, por sua vez, apresentou variação de 0,37%, ante 0,12% visto no mês de maio, acumulando, portanto, alta de 6,32% em seu IPCA em 12 meses.

    IGP-DI varia -0,63% em junho e chega a 5,77% em 12 meses

    O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (DI) registrou variação de -0,63% em junho, ante -0,45% em maio, de acordo com dados divulgados hoje (08/07) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mesmo período do ano anterior, a variação apresentada foi de 0,76%. No acumulado em 12 meses, a variação registrada do IGP-DI foi de 5,77%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que representa 60% do IGP-DI, apresentou queda de 1,21%, a mesma taxa de variação de maio. O índice de Bens Finais passou de -1,22% para -1,32%, sendo o principal responsável pelo resultado o grupo de alimentos processados, cuja variação registrada foi de -0,62%, ante elevação de 0,04% em maio. Já o índice de Bens Intermediários apresentou taxa de variação de -0,25%, ante -0,46% em maio, sendo o principal responsável por isso o subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, cuja variação foi de -0,52%. No grupo de Matérias-Primas Brutas, a variação foi de -2,08% para -2,21% em junho. Destaque para as seguintes commodities: Soja (0,90% para -0,31%), Cana-de-açúcar (0,85% para -1,29%) e Café (-3,01% para -8,56%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que representa 30% do IGP-DI, apresentou variação de 0,33% em junho, ante 0,52% em maio. Das oito classes de despesa analisadas, seis sofreram decréscimos: Alimentação (0,45% para 0,08%), Habitação (0,68% para 0,52%), Transportes (0,27% para 0,11%), Educação, leitura e recreação (0,78% para 0,36%), Saúde e cuidados pessoais (0,76% para 0,60%) e Despesas Diversas (0,93% para 0,56%). Já os itens que sofreram acréscimos foram: Vestuário (0,29% para 0,75%) e Comunicação (0,02% para 0,24%).

    O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), que representa 10% do IGP-DI, apresentou forte desaceleração em junho ao passar de 2,05% para 0,66%. A principal contribuição veio do índice de Mão de Obra, que passou de 3,42% para 0,99%. Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou variação de 0,30%. Em maio, a variação foi de 0,57%.

    Produção de veículos recua 19,1% em junho

    A produção total de veículos recuou 19,1% em junho, já expurgado os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados ontem (07/07) pela Associação Nacional de Fabricante de Veículos Automotores (ANFAVEA). O resultado mostra abrupta queda em relação ao resultado de maio, que tinha mostrado retração de 2,0% na margem. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a produção de veículos recuou 33,2%. No acumulado em 12 meses, o recuo foi de 7,9%.

    Em relação as categorias analisadas, a forte queda foi generalizada. O segmento de automóveis mostrou forte recuo, passando de -3,6% para -13,9% em junho, na variação mensal, livre de influências sazonais. Já comerciais leves apresentou queda de 31,7%, ante avanço de 2,8% em maio. Ônibus e caminhões recuaram 27,6% e 38,2%, respectivamente. Nos meses anteriores, os resultados foram -11,5% e -2,2%, também, respectivamente.

    Na variação interanual, a categoria automóveis apresentou queda de 30,8%, ante recuo de 20,0% em maio. Já comerciais leves apresentou forte recuo de 38,1%, ante a queda de 11,7% em maio. Ônibus e caminhões recuaram 37,9% e 49,3%, respectivamente, ante queda de 12,9% e 22,4% no mês imediatamente anterior. Os resultados mostram forte contração da indústria automobilística, depois de ótimo resultado em 2013. Na variação mensal, por isso, esperamos novamente um recuo da produção industrial em junho.

    Produção industrial do Reino Unido recua em maio

    Na manhã de hoje (08/07), a ONS (Office For National Statistics) divulgou os dados referentes à produção industrial do Reino Unido para o mês de maio. De acordo com a leitura, a produção caiu 0,70% na passagem de abril para maio, com resultados opostos dentre seus quatro setores, sofrendo principalmente com a queda de 1,3% na produção da indústria de transformação, com queda em 10 dos 13 subsetores avaliados, além do recuo da indústria SIUP (-1,1%). Por outro lado a indústria extrativa (0,8%) e de energia e gás (3,8%) apresentaram aumento de suas atividades no período. Os dados já estão sazonalmente ajustados.

    Os principais componentes que contribuem para a queda da produção entre abril e maio foram a menor fabricação de produtos farmacêuticos e de metal (ambos setores impactaram negativamente em 0,19p.p.), seguidos pela atividade de computadores, eletrônicos e óticos (-0,18p.p.) e equipamentos de transportes (-0,17p.p.). Por outro lado, a produção têxtil (0,09p.p.) na indústria de transformação e geração de energia (0,19p.p.) na indústria de energia e gás foram os maiores impacto positivos dentre os setores industrias avaliados.

    Os principais componentes que contribuem para a queda da produção entre abril e maio foram a menor fabricação de produtos farmacêuticos e de metal (ambos setores impactaram negativamente em 0,19p.p.), seguidos pela atividade de computadores, eletrônicos e óticos (-0,18p.p.) e equipamentos de transportes (-0,17p.p.). Por outro lado, a produção têxtil (0,09p.p.) na indústria de transformação e geração de energia (0,19p.p.) na indústria de energia e gás foram os maiores impacto positivos dentre os setores industrias avaliados.

    Na comparação interanual, a produção industrial de maio registrou alta de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Dentre os setores, o maior destaque é a atividade na indústria de transformação, que apresentou avanço de 3,7% em relação a maio de 2013, sendo responsável por 2,6p.p. da alta aferida no mês, nesta base de comparação.

     
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