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Informativo eletrônico - Edição 1495 Segunda-Feira, 21 de julho de 2014
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Projeções para o PIB em 2014 ficam abaixo de 1,0% pela primeira vez
  • Índice de confiança da indústria brasileira sofre novo recuo em julho

    Economia Internacional

  • Indicadores da atividade dos EUA apresentam avanço em junho
  • Índice de Preços ao Produtor na Alemanha recua em junho

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Projeções para o PIB em 2014 ficam abaixo de 1,0% pela primeira vez

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (21/07) pelo Banco Central, apresentou revisão baixista em grande parte de suas principais variáveis macroeconômicas avaliadas. As expectativas para o crescimento do PIB em 2014 ficaram abaixo de 1,0% pela primeira vez, ao passar de 1,05% para 0,97%, a oitava leitura seguida de queda. Para 2015, as projeções permaneceram em 1,50% pela quarta semana.

    O IPCA, por sua vez, teve sua projeção mediana rebaixada levemente de 6,48% para 6,44%, ficando abaixo também do que se esperava há quatro semanas (6,46%), mas permanecendo próximo ao teto da meta. Para 2015, após ficar quatro leituras no patamar de 6,10%, a expectativa foi ajustada para 6,12%.

    No que tange à taxa Selic, as expectativas para o juro básico da economia em 2014 continuam em 11,00%, atingindo a oitava leitura seguida neste patamar. A manutenção da taxa em 11,00% na última reunião do COPOM (16/07), ao que parece, tem reforçado estas expectativas. Em 2015, o mercado manteve as expectativas em torno de 12,00% pela nona semana consecutiva. Para a taxa de câmbio, o boletim informa leve revisão de R$/US$ 2,39 para R$/US$ 2,35 em 2014 e manteve pela oitava semana a taxa de R$/US$ 2,50 para 2015.

    Para o setor externo, as perspectivas para o déficit da conta corrente do balanço de pagamentos em 2014 recuaram de US$ 81,75 bilhões para US$ 81,50 bilhões. Em relação ao saldo comercial em 2014, o mercado ajustou sutilmente suas expectativas de superávit comercial de US$ 2,01 bilhões para US$ 2,00 bilhões, retornando ao patamar apresentado há quatro semanas. Em 2015, as projeções do superávit subiram de US$ 9,40 bilhões para US$ 9,80 bilhões.

    Por fim, as projeções para a atividade industrial brasileira em 2014 caíram de -0,90% para -1,15%, chegando à terceira queda seguida, em linha com o declínio de indicadores antecedentes da produção industrial. Para 2015, o boletim informa que a aposta no crescimento da produção do setor é de 1,70%, abaixo dos 1,80% visto na leitura anterior.

    Índice de confiança da indústria brasileira sofre novo recuo em julho

    A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou nesta sexta-feira (21/07) o resultado de julho do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). De acordo com a leitura atual, o índice recuou de 47,5 pontos em junho para 46,4 pontos em julho, afastando-se mais da zona otimista, além de completar a quarta leitura seguida abaixo de 50 pontos, o marco divisório entre as zonas pessimista e otimista, o que indica maior desconfiança por parte dos empresários do setor no início deste segundo semestre de 2014. Quando comparado a julho do ano anterior, o índice registrou perda de 3,5 pontos, chegando ao patamar mais baixo da série iniciada em 1999, superando, portanto, as perdas vistas à época da crise.

    O recuo reflete a piora do descontentamento quanto às Condições Atuais, cujo índice passou de 40,2 para 37,8 pontos em julho, baseado no baixo patamar apresentado pela sensação quanto às condições da economia brasileira atual (de 33,2 para 32,2 pontos), além da sensação quanto ao desempenho das empresas (de 43,6 para 40,7 pontos).

    Já as Expectativas dos empresários quanto ao futuro atingiram o nível de estabilidade de 50,6 pontos, queda em relação aos 51,36 pontos aferido em junho. Visto que este indicador é composto pelas expectativas quanto ao futuro da economia do país e ao futuro das empresas, como nas leituras anteriores, o empresário segue pessimista quanto ao futuro da economia do país, tendo este índice crescido sutilmente de 42,7 para 42,8 pontos, sendo o patamar alto das expectativas sustentado pelas expectativas futuras nas empresas, que recuaram de 55,6 para 54,6 pontos, porém ainda em patamar otimista (acima dos 50,0 pontos).

    Junto ao ICEI nacional, a FIESP/CNI divulgou o resultado do ICEI para São Paulo. De acordo com a leitura atual, o índice recuou de 41,6 para 40,5 pontos, completando o décimo mês em quadro de pessimismo. A nova piora na baixa confiança é resultante da queda quanto às Condições Atuais (de 34,3 para 31,8 pontos), além das perdas nas Expectativas Futuras (de 45,3 para 44,9 pontos).

    Por fim, o resultado mensal mantém o cenário de pessimismo por parte dos empresários industriais do Brasil neste semestre, sobretudo paulistas, situação que dificilmente será superada nesta segunda etapa do ano, refletindo na manutenção de baixo crescimento da atividade da indústria do país nos próximos meses.

    Indicadores da atividade dos EUA apresentam avanço em junho

    O Índice de Liderança da Economia dos Estados Unidos (LEI) avançou 0,3% em junho de 2014, de acordo com dados divulgados na sexta-feira (21/07) pela The Conference Board. O resultado apresenta desaceleração em relação ao que foi divulgado em maio, já que neste mês houve crescimento de 0,7% na margem. Em abril, o índice havia crescido 0,3%. Os indicadores analisados são agregados de dez componentes que mede o ciclo econômico dos EUA, ao incluir desde índices de confiança até indicadores do mercado financeiro, o que permite maior acurácia para tentar antecipar períodos de estagnação ou crescimento.

    Os outros dois índices avaliados pelo Conference Board também apresentaram avanços em junho. O Indicador Coincidente da Economia (CEI) cresceu 0,2% em junho, ante aumento de 0,3% em maio. De acordo com os economistas responsáveis pelo índice, a atividade econômica nos Estados Unidos têm mostrado avanço moderado, todavia, pode acelerar nesse segundo semestre, já que os indicadores da economia mostram-se mais favoráveis, como por exemplo os índices relacionados ao mercado de trabalho.

    Índice de Preços ao Produtor na Alemanha recua em junho

    O Índice de Preços ao Produtor da Alemanha (PPI) recuou 0,7% no acumulado em 12 meses, de acordo com dados divulgados hoje (21/07) pelo Departamento de Estatísticas da Alemanha (Destatis). No mês anterior, na mesma base de comparação, o índice apresentou variação de -0,8%. Na comparação mensal, houve estabilização na variação de preços (0,0%), ante recuo de 0,1% em maio.

    De acordo com a publicação, os preços de bens de consumo não duráveis avançaram 0,9%, enquanto que os bens intermediários recuaram 1,1%. Com forte contribuição, os preços de energia recuaram 2,4%. Excluindo-se o item energia, o PPI apresentou recuo de somente 0,1% no acumulado em doze meses encerrado em junho.

     
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