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Informativo eletrônico - Edição 1500 Segunda-Feira, 28 de julho de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Déficit em Transações Correntes soma US$ 3,3 bi em junho
  • FOCUS: Projeções para o PIB chegam a 0,90%
  • Confiança da Construção mostra nova queda enquanto que Custo da Construção desacelera em julho

    Economia Internacional

  • PIB do Reino Unido mostra avanço de 0,8% no segundo trimestre

    Projeções de Mercado

  • Déficit em Transações Correntes soma US$ 3,3 bi em junho

    O déficit de Transações Correntes do Brasil foi de US$ 3,3 bilhões em junho, de acordo com dados divulgados sexta-feira (25/07) pelo Banco Central. Assim, no acumulado em 12 meses, totalizou-se um déficit de US$ 81,2 bilhões, equivalente a 3,58% do PIB. Apesar do resultado negativo da conta de Transações Correntes, o Balanço de Pagamentos apresentou superávit de US$ 3,8 bilhões em junho.

    A conta de Serviços, tradicionalmente deficitária no país, apresentou déficit de US$ 3,4 bilhões em junho, 4,5% acima do mesmo mês do ano anterior. O gasto líquido em viagens internacionais alcançou US$ 1,2 bilhão, um recuo de 17,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Destaque para os gastos de estrangeiros no Brasil, que apresentou avanço de 76% em relação ao mesmo período do ano anterior.

    No mês de junho, os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 3,9 bilhões, recuo de US$ 2,1 bilhões em relação a maio. Ingressos líquidos em participação de capital na empresa somaram US$ 3,5 bilhões, enquanto que empréstimos intercompanhias totalizaram US$ 387 milhões. No acumulado em 12 meses, os IED somaram US$ 63,3 bilhões, equivalente a 2,79% do PIB.

    As reservas internacionais no conceito liquidez (considerando títulos em dólar e outros recursos) totalizaram US$ 380,5 bilhões, enquanto que no conceito caixa estas atingiram US$ 373,5 bilhões.

    FOCUS: Projeções para o PIB chegam a 0,90%

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (28/07) pelo Banco Central, apresentou revisão baixista ou estabilidade em suas principais variáveis macroeconômicas avaliadas. As expectativas para o crescimento do PIB em 2014 chegaram a sua nona leitura consecutiva de queda, desta vez passando de 0,97% para 0,90%, em linha com o rebaixamento das previsões do FMI para o crescimento do país este ano (de 1,8% para 1,3%). Para 2015, as projeções permaneceram em 1,50% pela quinta semana.

    O IPCA, por sua vez, teve suas projeções recuadas de 6,44% para 6,41%, ficando abaixo também do que se esperava há quatro semanas (6,46%). Já para 2015 o crescimento do índice de preço foi ajustado para 6,21%, acima dos 6,12% aferido na última leitura. No que tange à taxa Selic, as expectativas para o juro básico da economia em 2014 continuam em 11,00%, atingindo a nona leitura seguida neste patamar, enquanto que em 2015 o mercado manteve as expectativas em torno de 12,00% pela décima semana.

    Para a taxa de câmbio, o boletim informa manutenção em R$/US$ 2,35 em 2014 e manteve pela nona semana a taxa de R$/US$ 2,50 para 2015.

    No que se refere ao setor externo, as perspectivas para o déficit da conta corrente do balanço de pagamentos em 2014 subiram de US$ 81,50 bilhões para US$ 81,65 bilhões. Em relação ao saldo comercial em 2014, o mercado continuou com suas expectativas de superávit comercial de US$ 2,00 bilhões. Em 2015, as projeções do superávit caíram de US$ 9,80 bilhões para US$ 9,40 bilhões.

    Por fim, as expectativas para a atividade industrial brasileira em 2014 continuaram em -1,15%, projeção que deve sofrer nova alteração no próximo boletim, visto que nesta sexta (01/08) será divulgada a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) referente a junho, onde se aguarda significativa retração. Para 2015, o boletim informa que a expectativa no crescimento da produção do setor é de 1,70%, igual resultado visto na leitura anterior.

    Confiança da Construção mostra nova queda enquanto que Custo da Construção desacelera em julho

    O Índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou queda de 10,3% no trimestre findo em julho, em comparação com idêntico período do ano anterior, de acordo com dados divulgados hoje (28/07) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No trimestre findo em junho, a variação tinha sido de -9,8%, na mesma base de comparação. Com isso, chegou-se ao pior resultado desde outubro de 2011, quando a variação registrada havia atingido -10,4%. Já na comparação mensal, o ICST apresentou queda de 12,4% na comparação com julho do ano passado, ante recuo de 9,8% em junho, com base na mesma métrica.

    A queda no ICST foi motivada pela piora nas expectativas. O Índice de Expectativas (IE-CST) apresentou queda de 14,0% em julho, na variação interanual trimestral, ante recuo de 13,1% em junho. Já o Índice de Situação Atual (ISA-CST), na mesma base de comparação, recuou 5,8% em julho, ante queda de 5,7% em junho.

    Dos onze segmentos pesquisados, sete mostraram recuo na métrica interanual trimestral. Os destaques negativos foram os segmentos de Edificações, cuja taxa passou de -11,3% em junho para -13,0%, em julho; Preparação do Terreno, de -9,3% para -10,2%; e Obras de Arte Especiais, de -12,2% para -13,0%, respectivamente, nos mesmos períodos.

    Entre as respostas obtidas nas pesquisas, a parcela que considera a Situação Atual de Negócios como Boa passou de 21,4% para 20,4% enquanto que a proporção que considera Ruim passou de 16,5% para 17,0%. Já a parcela que prevê uma Melhora na Tendências de Negócios para os próximos seis meses passou de 30,6% para 29,8%, ao passo que a que espera Piora avançou de 10,7% para 12,7%.

    Também foi divulgado hoje pela FGV o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que em julho apresentou variação de 0,80%, ante 1,25% em junho. No acumulado em 12 meses, o INCC acumula alta de 7,22%. A variação no índice de Mão de Obra passou de 2,05% para 1,11% em julho, enquanto que o item de Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,37% para 0,45%.

    PIB do Reino Unido mostra avanço de 0,8% no segundo trimestre

    De acordo com a primeira estimativa do PIB do Reino Unido divulgado na última sexta-feira (25/07) pela Office for National Statistics (ONS), o país registrou crescimento de 0,8% no segundo trimestre de 2014 frente ao trimestre imediatamente anterior, após ajuste sazonal. A economia do país ainda expandiu cerca de 3,1% do que o aferido no segundo trimestre do ano passado, ficando 0,2% acima do nível de produto apresentado no período pré-crise.

    No segundo trimestre, o avanço ficou dividido entre os setores, dado que mostrou elevação em apenas dois dos seus quatro setores da economia. O PIB industrial (responsável por 15% do PIB britânico) mostrou avanço de 0,4%, apresentando desaceleração frente ao resultado apresentado no trimestre anterior (0,7%). Já a Agricultura mostrou retração no período, passando de 1,0 % no primeiro trimestre para -0,2% nesta leitura atual, mesmo movimento visto para o setor de Construção (de 1,5% para -0,5%). Por sua vez, o setor de Serviços, detentor do maior peso entre os setores (78%), apresentou alta de 1,0%, ligeiramente superior à apresentada nos primeiros três meses do ano (0,8%). Todos os dados estão sazonalmente ajustados.

     
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