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Informativo eletrônico - Edição 1502 Quarta-Feira, 30 de julho de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IGP-M volta a desacelerar em julho
  • Mercado de crédito volta a desacelerar no mês de junho

    Economia Internacional

  • PIB dos EUA acelera e avança 4,0% no segundo trimestre
  • Sentimento sobre economia na Zona do Euro fica praticamente inalterado em julho

  • IGP-M volta a desacelerar em julho

    O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) apresentou variação de -0,61% em julho, de acordo com dados divulgados hoje (30/07) pela FGV. O índice volta a apresentar nova queda, já que em junho o recuo foi de 0,74%. Em 2013, no mesmo mês, a variação registrada foi de 0,26%. Já no acumulado em 12 meses, o IGP-M apresentou variação de 5,32%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-M, apresentou variação de -1,11% em julho, ante queda de 1,44% em junho. Já o índice de Bens Finais sofreu variação de -0,71% em julho, ante forte recuo de 1,53% em junho. O resultado de julho teve forte contribuição do subgrupo de alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de -12,73% para -7,71%. Já o índice de Bens Intermediários apresentou leve recuo de 0,26%. No mês imediatamente anterior, a taxa foi de -0,34%. O motivo da aceleração foi o aumento no subgrupo de suprimentos, cuja taxa de variação passou de -0,47% para 0,55%. O índice de Matérias-Primas Brutas continuou apresentando queda com variação de -2,60% em julho, sendo que a variação registrada em junho foi de -2,63%. Destaque para as quedas de soja (1,55% para -5,00%) e minério de ferro (-4,64% para -6,37%).

    Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), que representa 30% do IGP-M, registrou variação de 0,15% em julho, sofrendo desaceleração em relação a junho (0,34%). A desaceleração foi generalizada entre os componentes do IPC, com destaque para Vestuário (0,57% para 0,03%); Transportes (0,20% para -0,01%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,57% para 0,38%); Alimentação (0,03% para -0,07%); Despesas Diversas (0,89% para 0,23%); Comunicação (0,15% para 0,06%) e Educação, Leitura e Recreação (0,62% para -0,04%), sendo que o destaque desse último é a queda de passagens aéreas (-13,11%), que teve forte contribuição na variação do índice. Já o único grupo que acelerou em julho foi o de Habitação (0,45% para 0,48%), com destaque para o item de eletricidade residencial, cuja variação passou de 0,26% em junho para 1,13% em julho.

    Por último, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), que representa 10% do IGP-M, em julho apresentou variação de 0,80%, ante 1,25% em junho. No acumulado em 12 meses, o INCC acumula alta de 7,22%. A variação no índice de Mão de Obra passou de 2,05% para 1,11% em julho, enquanto que o item de Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,37% para 0,45%.

    Mercado de crédito volta a desacelerar no mês de junho

    Na manhã de terça-feira (29/07), o Banco Central divulgou os dados referente as Operações de Crédito do Sistema Financeiro. Segunda a nota atual, o volume de estoque total das operações de crédito do sistema financeiro apresentou expansão de apenas 4,9% em junho, frente a igual mês do ano anterior, na série em valores reais. O resultado segue a tendência de desaceleração apresentada nos últimos meses, visto que em maio o crescimento havia sido de 6,0%.

    O resultado reflete o menor crescimento dos estoques de crédito direcionado, que é composto pelas operações com juros controlados ou subsidiados, como rural, habitacional, dinheiro do BNDES e microcrédito, que passou de 14,9% para 12,8%. Já no que tange ao crédito de conceito livre, a queda do volume real de estoque aumento de -0,6% para -0,1%.

    No que tange a taxa de juros, sobretudo dos recursos livres, permaneceu em 32%, refletindo os movimentos opostos das taxas as pessoas físicas, que subiram de 42,5% para 43,0% (maior taxa da série histórica inicia em março de 2011), frente a redução da taxa para as pessoas físicas, de 23,0% para 22,6%.

    Na abertura dentre as taxas de juros de recursos livres para pessoas físicas, destaque para o juros cobrado para cheque especial (171,5%) e crédito especial (100,3%), com aumento em ambos frente ao aferido em maio (168,5% e 97,5%, respectivamente). Já a taxa de juros para aquisição de veículos permaneceu em 23,0% pela segunda leitura.

    Por fim, em relação a inadimplência, foi visto recuo tanto nos recursos livres (de 5% para 4,8%), como no direcionado (de 1,9% para 1,7%).

    A queda no ritmo da economia, bem como as taxas de juros mais altos contribuíram para nova desaceleração do crédito, onde o preço mais caro para aquisição destes recursos levam as famílias a postergarem a tomada de crédito, bem como a renegociação e quitação de suas dívidas, e por isso a queda da taxa de inadimplência.

    PIB dos EUA acelera e avança 4,0% no segundo trimestre

    O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos apresentou crescimento de 4,0% no segundo trimestre de 2014, já expurgado os efeitos sazonais na taxa anualizada, de acordo com dados divulgados hoje (30/07) pelo Departamento de Análise Econômica (BEA) do país. No primeiro trimestre de 2014, o PIB recuou 2,1% após revisão, já que na primeira estimativa o PIB tinha caído 2,9%. De acordo com a publicação, o resultado reflete o maior crescimento do consumo e investimento no país, além de um maior ímpeto nas exportações.

    Os gastos com consumo aumentaram 2,5% no segundo trimestre, ante avanço de 1,2% no primeiro. O destaque vai para o aumento em bens de consumo duráveis cujo avanço registrada foi de 14,0%, ante 3,2% no primeiro trimestre. A taxa de investimento apresentou aumento de 5,5%, ante avanço de 1,6% no primeiro trimestre. O destaque vai para o aumento em investimento em equipamentos, cuja taxa de crescimento foi de 7,0%, ante decréscimo de 1,0% no primeiro trimestre.

    A exportação de bens e serviços aumentaram 9,5%, sofrendo forte aceleração em relação ao resultado do primeiro trimestre, que mostrou queda de 9,2%. Já a Importação de bens e serviços mostrou avanço de 11,7%, ante avanço de 2,2% no trimestre imediatamente anterior. Já os gastos do governo sofreram decréscimo nesse segundo trimestre ao variar -0,8%. No primeiro trimestre, este recuou 0,1%. O resultado do PIB americano mostra forte aceleração da economia, principalmente depois do forte inverno no começo do ano. Tanto o setor de serviços quando o industrial tem mostrado forte avanço, evidenciado a retomada da economia americana. O FMI projeta um crescimento de 1,7% da economia americana em 2014.

    Sentimento sobre economia na Zona do Euro fica praticamente inalterado em julho

    Nesta quarta-feira (30/07), a Comissão Europeia (EC) apresentou o resultado para julho de seu Indicador de Sentimento Econômico (Economic Sentiment Indicator, em inglês). De acordo com a leitura atual, o ESI registrou alta de apenas 0,1 ponto na Zona do Euro (atingindo 102,2 pontos) na passagem de junho para julho, registrando praticamente estabilidade.

    Na abertura por área avaliada, a estabilidade da confiança na área do euro foi influenciada pelos resultados opostos aferidos nos setores. A confiança da indústria (+0,5 ponto) e do setor de construção (3,5 pontos) voltaram a subir após serem as únicas a apresentarem queda na leitura de junho. A primeira atividade viu sua confiança avançar devido ao maior otimismo por parte dos empresários do setor quanto as expectativas de produção e, em menor escala, a melhora no nível atual de pedidos e os estoques. Já o segundo setor foi impactado pela revisão altista das expectativas no mercado de trabalho, bem como dos novos pedidos.

    Por outro lado, a confiança do consumidor (-0,9 ponto) apresentou novo recuo, suportada pelo aumento do pessimismo quanto ao desemprego e do futuro da economia em geral. O setor de serviços (-0,8 ponto) teve sua confiança impactada pelas menores expectativas quanto a demanda futura, enquanto a queda na confiança dos varejistas (-0,6 ponto) reflete o declínio quanto as expectativas de situação de negócios e a adequação do volume de estoque.

    Dentre os países analisados, os recuos mais significativos foram registrados por Alemanha (-0,5 ponto) e Espanha (-0,6 ponto), enquanto Países Baixos (+0,4 ponto), França (+0,5 ponto) e Itália (+1,6 ponto) registraram melhora da confiança.

    A Comissão Europeia também divulgou sua avaliação do Indicador de Clima de Negócios (Business Climate Indicator, em inglês), cujo índice decresceu marginalmente em 0,04 ponto em julho, retornando ao patamar de 0,17 ponto no mês (ante 0,21 ponto em junho), reflexo das pioras na avaliação quanto a produção passada, que foram parcialmente compensadas pelo otimismo dos gestores quanto à produção futura.

     
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