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Informativo eletrônico - Edição 1504 Sexta-Feira, 01 de agosto de 2014
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial recua pelo quarto mês consecutivo

    Economia Internacional

  • Taxa de desemprego dos EUA fica em 6,2% em julho
  • PMI: Atividade industrial nas economias europeias volta a desacelerar

  • Produção industrial recua pelo quarto mês consecutivo

    A produção industrial exibiu queda de 1,4% em junho, na comparação com o mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais, o que significou a quarta variação negativa na margem, de acordo com os dados divulgados hoje pelo IBGE em sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM). O resultado veio com um ímpeto menor do que o esperado pelo mercado, cujo consenso indicava declínio de 2,4%, e pelo Depecon/FIESP, dada a projeção de -2,8%. Em maio, a produção industrial assinalou redução de 0,8%.

    Com o fraco resultado de junho, a produção industrial encerrou o segundo trimestre com recuo de 2,0% frente ao trimestre anterior, após ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2013, por sua vez, a contração foi de 5,4%. No que diz respeito ao primeiro semestre de 2014, a indústria registrou queda de 2,6%, frente ao mesmo período do ano passado.

    A contração da atividade industrial na passagem de maio para junho apresentou um perfil generalizado, já que 18 dos 24 setores acompanhados mostraram variações negativas. A atividade de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias sofreu declínio de 12,1%, em linha com a queda apontada pela produção de autoveículos da Anfavea (-19,2%), influenciada principalmente por paralisações em diversas fábricas, concessão de férias coletivas e redução da jornada de trabalho. Outros destaques negativos foram os ramos de Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-29,6%), Máquinas e Equipamentos (-9,4%), Produtos de Borracha e de Material Plástico (-5,6%), Outros Equipamentos de Transporte (-12,3%) e Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-7,4%). Por outro lado, dentre os setores que apresentaram elevação no mês de junho, destaque para Coque, Produtos Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (6,6%), puxado pela maior produção de óleo diesel e álcool, e também para Produtos Alimentícios (2,1%) e Bebidas (2,5%).

    Dentre as categorias de uso, os destaques negativos foram a produção de Bens de Consumo Duráveis, dado o recuo de 24,9% em junho, na comparação com maio, devido, principalmente, à menor fabricação de automóveis e eletrodomésticos, e a produção de Bens de Capital, cuja queda foi de 9,7%, com relevância da subcategoria de máquinas para o setor de transporte. Por sua vez, a produção de Semi e Não Duráveis assinalou diminuição de 1,3% no mês, enquanto que a categoria de Bens Intermediários ficou praticamente estável (-0,1%).

    No primeiro semestre de 2014, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a queda também foi generalizada entre os setores da indústria. Com base em tal métrica, a atividade de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias caiu 16,9%, com recuo na produção de 90% dos produtos do setor. Outras retrações expressivas foram observadas em: Produtos de Metal (-10,1%), Metalurgia (-5,0%), Máquinas e Equipamentos (-4,5%), Outros Equipamentos de Transporte (-3,8%) e Produtos de Borracha e Material Plástico (-2,1%). De forma contrária, os seguintes setores revelaram avanço nos primeiros seis meses do ano: Equipamentos de Informática e Produtos Eletrônicos (7,3%), Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (5,1%), Indústria Extrativa (4,1%) e Bebidas (3,2%).

    Ainda em relação ao primeiro semestre deste ano, frente a igual período de 2013, as categorias de Bens de Capital e Bens de Consumo Duráveis tiveram retrações de 8,3% e 8,6%, respectivamente. Por sua vez, a categoria de Bens Intermediários caiu 2,2%, ao passo que a produção de Bens de Consumo Semi e Não Duráveis cresceu 0,3%.

    Em suma, a produção industrial apresentou em junho a quarta contração consecutiva na comparação com o mês anterior, atingindo de forma bastante disseminada os setores e as categorias econômicas. Com isso, a atividade industrial encerrou o segundo trimestre com expressiva queda, reforçando nossa expectativa de redução do PIB da Indústria de Transformação no período. Para os próximos trimestres, acreditamos na manutenção do cenário adverso enfrentado pelo setor, tendo em vista a contínua deterioração da confiança do empresariado, os níveis de estoques ainda elevados, a menor demanda externa por bens manufaturados e a piora dos condicionantes de consumo e investimento.

    Taxa de desemprego dos EUA fica em 6,2% em julho

    Foi divulgado nesta sexta-feira (01/08), pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS), o índice de desemprego dos Estados Unidos, que ficou em 6,2% em julho, dado já ajustado sazonalmente. Em junho, a taxa de desemprego estava 0,1p.p. acima, mostrando praticamente estabilidade na leitura atual. Foram criados 209 mil postos de trabalho em julho, elevando o volume de pessoas a procura de emprego para 9,7 milhões. Em relação a um ano antes, a taxa de desemprego recuo em 1,1p.p. (representando 1,7 milhões de pessoas).

    A taxa de desemprego ficou em 5,7% tanto para os homens quanto para as mulheres adultos, chegando a 20,2% dentre os jovens. Dentre as vagas criadas, 198 mil foram do setor privados, com as principais contribuições advindo de 58 mil dos setores produtores de bens, 22 mil do setor de construção, 28 mil da indústria de transformação e 140 mil do setor de serviços, tendo o setor de não duráveis contribuído negativamente para geração de empregos (-2,0 mil). Dentre o setor público, a criação de 11 mil novos empregos teve maior contribuição dos governos locais (12 mil) e destruição nos governos de estados (-1,0 mil), enquanto os empregos federais permaneceram inalterados.

    Os resultados do mercado de trabalho dos Estados Unidos nos últimos meses mostram a retomada da atividade econômica depois do início de ano ruim, reflexo do inverno que prejudicou diversos setores da economia, tendo essa melhora no mercado de trabalho suportada as novas reduções da política de estimulo monetário pelo Banco Central americano (FED) nesta última quarta-feira (30/07), que reduziu em mais de US$ 10 bilhões seu programa de compra de ativos.

    PMI: Atividade industrial nas economias europeias volta a desacelerar

    O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da Industria da Transformação na Zona do Euro registrou 51,8 pontos em julho, mantendo o patamar atingido na leitura anterior. Embora mostrando a sétima desaceleração, o índice permanece acima dos 50,0 pontos nos últimos treze meses consecutivos, sinalizando uma expansão contínua da atividade empresarial a mais de um ano. As informações foram divulgadas na manhã de hoje (01/08) pela Markit Economics.

    Dentre as economias avaliadas, destaque para o maior ritmo expansivo na produção do setor na Irlanda (55,4 pontos), seguida pela Espanha (53,9 pontos), Holanda (53,5 pontos), Alemanha (52,4 pontos), Itália (51,9 pontos) e Áustria (50,9 pontos), tendo esta última registrado praticamente estabilidade no nível produtivo. Por outro lado, a Grécia (48,7 pontos) e a França (47,8 pontos) mostraram os piores resultados dos últimos 9 e 7 meses, respectivamente.

    Na leitura do economista-chefe da Markit, apesar de ter expandido em julho, o setor industrial da zona do euro sofre com as preocupações crescentes quanto a crise na Ucrânia, refletindo a desaceleração nas taxas de produção, bem como no ritmo de novas encomendas em relação aquelas vistas no início do ano. A situação é mais alarmante na França, segunda maior economia da região, onde a produção caiu no ritmo mais rápido desde dezembro. A situação da Zona do Euro tem mostrado enfraquecimento dos sinais de recuperação aferidos no início de 2014, com sinais de estagnação do setor industrial e com a inflação em apenas 0,4%, além das tensões e sanções em relação a Rússia.

    Além das economias da Zona do Euro, a Markit também divulgou hoje (01/08) o resultado PMI Industrial do Reino Unido, um dos países europeus que vem mostrando maior vigor na recuperação pós-crise. Na leitura de julho, o índice mostrou recuo de 57,2 para 55,4 pontos, que apesar da queda segue em firme ritmo expansionista. O setor industrial começou de forma robusta no terceiro trimestre, com a produção e novos pedidos subindo acima das taxas aferidas nos últimos meses, incentivando ainda mais o ritmo de contratação.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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