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Informativo eletrônico - Edição 1505 Segunda-Feira, 04 de agosto de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Projeções para o PIB sofrem a decima revisão baixista
  • Saldo da Balança Comercial soma US$ 1,575 bi em julho
  • Vendas de autoveículos avança apenas 0,6% em julho

    Economia Internacional

  • Inflação ao produtor na Zona do Euro varia -0,8% em 12 meses

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Projeções para o PIB sofrem a decima revisão baixista

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (04/08) pelo Banco Central, apresentou novas revisões em suas principais variáveis macroeconômicas avaliadas. A leitura para o crescimento do PIB em 2014 completaram a sua decima de queda, desta vez passando de 0,90% para 0,86%, lembrando que quatro semanas atrás o mercado ainda acreditava em um PIB superior a 1,0% este ano. Para 2015, as projeções permaneceram em 1,50% pela sexta semana.

    Em relação a inflação, o mercado apresentou nova revisão para baixo, a terceira seguida, tendo a projeção do IPCA recuado de 6,41% para 6,39%. Por outro lado, em 2015, foi visto a terceira revisão seguida de alta, tendo as expectativas para a inflação atingindo 6,24%, ante 6,21% na semana anterior e 6,10% em comparação a quatro semanas.

    No que tange a taxa Selic, tanto em 2014 quanto em 2015, as projeções (11,0% e 12,0%, respectivamente) foram mantidas, patamar em que se encontram há dois meses.

    Para a taxa de câmbio, o boletim informa pela terceira vez a taxa de R$/US$ 2,35 em 2014 e manteve pela decima semana a taxa de R$/US$ 2,50 para 2015.

    Para o setor externo, as perspectivas para o déficit da conta corrente do balanço de pagamentos em 2014 diminuíram de US$ 81,65 bilhões para US$ 81,45 bilhões. Em relação ao saldo comercial em 2014, apesar da melhora do déficit acumulado no ano até julho, o mercado continuou com suas expectativas de superávit comercial de US$ 2,00 bilhões. Em 2015, as projeções do superávit caíram de US$ 9,40 bilhões para US$ 8,50 bilhões.

    Por fim, as expectativas para a atividade industrial brasileira em 2014 caíram de -1,15% para -1,53%, refletindo as perdas de 2,6% aferidas no primeiro semestre do ano e a falta de perspectivas de retomada na atividade industrial no segundo semestre do ano, tendência que deve se prolongar por 2015, quando o mercado acredita que o setor deve expandir apenas em 1,70% sua produção, abaixo dos 2,10% apresentado a quatro semanas.

    Saldo da Balança Comercial soma US$ 1,575 bi em julho

    O saldo da Balança Comercial em julho totalizou US$ 1,575 bilhão, de acordo com dados divulgados sexta-feira (01/08) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Com isso, o resultado de julho constituiu superávit, já que no mesmo período do ano anterior, a Balança Comercial apresentou déficit de US$ 1,899 bi. Já no acumulado no ano, de janeiro a julho, o déficit na Balança Comercial chegou a US$ 916 mi, enquanto que no mesmo período no ano anterior, esse registrou US$ 4,974 bi. Com isso, o saldo da Balança Comercial em 12 meses chegou a US$ 6,5 bi em julho, ante US$ 4,5 bi no mesmo período do ano anterior.

    As exportações somaram US$ 23,0 bi em julho, enquanto que as importações chegaram a US$ 21,5 bi no mesmo período. Em julho de 2013, ambas totalizaram US$ 20,8 bi e 22,7 bi, respectivamente, mostrando leve melhora da Balança Comercial no período. No acumulado em 12 meses, as exportações e as importações somaram US$ 240,4 bi e US$ 233,9 bi, respectivamente. Em comparação com julho de 2013, aumentaram as exportações de tubo de ferro fundidos em 140,2%, do grupo de manufaturados. No grupo de semimanufaturados, destaque para o aumento nas exportações de ferro e aço (148,2%) e ferro fundido (45,7%). Já no grupo de produtos básicos, destaque para o aumento na exportações de petróleo bruto (276,0%).

    Já nas importações, destaque para os decréscimos em bens de capital (-11,2%), bens de consumo (-9,2%), combustíveis e lubrificantes (-7,4%) e matérias primas e intermediários (-0,5%). No setor de bens de capital, a diminuição de importações se deu entre acessórios de maquinaria industrial e equipamentos de transporte. Já entre os bens de consumo, diminuíram, principalmente, as importações de máquinas e aparelho domésticos, além de automóveis de passageiro.

    Vendas de autoveículos avança apenas 0,6% em julho

    De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (04/08) pela Fenabrave, as vendas de veículos ao mercado interno varejista cresceram apenas 0,6% em julho, incapaz de recuperar a forte queda de 6,9% registrada no mês anterior – já expurgados os efeitos sazonais. A leitura atual indica vendas de 390 mil unidades, desconsiderando as maquinas agrícolas. O indicador é um importante termômetro de avaliação para o volume de vendas no varejo, sendo um indicador coincidente da PMCA (Pesquisa Mensal do Comércio Ampliado).

    A queda é reflexo do aumento das vendas nas principais categorias avaliadas pela entidade. Destaque para a alta de 2,1% nas vendas dos Comerciais Leves, após recuo de 6,9% na leitura de junho, quando a categoria de Automóveis havia apresentado a queda em igual magnitude, não sendo recuperado nesta leitura (com alta de apenas 0,2% em julho, representando cerca de 50% das unidades totais vendidas). Já as motocicletas, segunda maior categoria em termos de unidade, avançou 0,8% após queda de 6,0%. Por outro lado, após recuar 17,6% na última leitura, as vendas de caminhões voltaram a cair na passagem de junho para julho, embora em menor magnitude (-1,2%), enquanto as vendas dos Ônibus recuaram 4,9%, anulando o ganho de 0,5% visto no mês anterior.

    Apesar da alta mensal, o resultado em julho é muito ruim quando se comparado a igual mês do ano anterior. De acordo com a instituição, o volume de veículos ao mercado interno foi cerca de 12,7% menor do que o registrado em julho de 2013. A queda foi generalizada, com perdas de 16,8% nas vendas de Automóveis, seguidos por Motocicletas (-9,8%) e Comerciais Leves (-2,7%), as três categorias de maior peso.

    Por fim, esta ligeira alta nas vendas no mês mostra que o setor automobilístico, além de apresentar baixa produção, mostra grande fragilidade em seu mercado, com um quadro de elevado estoque.

    Inflação ao produtor na Zona do Euro varia -0,8% em 12 meses

    O Índice de Preços ao Produtor (PPI) na Zona do Euro avançou 0,1% em junho, de acordo com dados divulgados hoje (04/08) pelo Departamento de Estatísticas da Zona do Euro (Eurostat). Em maio de 2014, houve recuo de 0,1% na margem. Já no acumulado em 12 meses, o PPI apresenta variação de -0,8% em junho, ante -1,0% em maio, mostrando leve desaceleração da queda.

    No acumulado em 12 meses, destaque para a queda de 2,3% nos preços de energia, enquanto que bens intermediários recuaram 0,9%. Bens de capital, bens de consumo duráveis e bens de consumo não duráveis avançaram 0,4%, 1,0% e 0,3%, respectivamente.

    Entre os países da Europa, destaque para os preços na Estônia (-6,6%), Lituânia (-4,7%) e Bélgica (-4,5%), no acumulado em 12 meses, já que estes se encontram em níveis bastante depreciados. Grécia (1,6%), Suécia (0,7%) e Romênia (0,6%) apresentaram avanço na mesma métrica de comparação.

     
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