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Informativo eletrônico - Edição 1509 Sexta-Feira, 08 de agosto de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Inflação desacelera em julho, mas permanece no teto da meta no acumulado em 12 meses
  • Indicador de emprego mostra acomodação no mercado de trabalho para os próximos meses

    Economia Internacional

  • Balança Comercial da China surpreende e soma US$ 47,3 bilhões em julho
  • Balança Comercial da Alemanha registra novamente forte superávit em junho

    Agenda Semanal

  • Inflação desacelera em julho, mas permanece no teto da meta no acumulado em 12 meses

    Na manhã desta sexta-feira (08/08) o IBGE divulgou o resultado de julho para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). De acordo com a leitura atual, o índice registrou variação de 0,01%, bem abaixo dos 0,40% registrado em junho e da expectativa do mercado (0,1%), lembrando que há uma característica sazonal de desaceleração na passagem de junho para julho, mês que em 2013 havia apresentado variação de apenas 0,03%. Com o resultado atual, o índice mostrou leve arrefecimento no acumulado em 12 meses, passando de 6,52% para 6,50%, ficando nesta última leitura exatamente no teto da meta oficial do Banco Central. No acumulado do ano de 2014, até o sétimo mês o índice registra aumento de 3,76%, superando o resultado aferido em igual período do ano anterior (3,18%).

    Em relação às classes de despesas que compõem o índice, a forte desaceleração foi puxada em grande medida pela queda nos preços de Transportes (de 0,37% para -0,98%), impactando em -0,18p.p. a formação do índice geral, influenciada fortemente pela queda de 26,86% dos preços das passagens áreas, parcialmente explicada devido ao término da Copa do Mundo. Outra categoria que teve significativa contribuição para o arrefecimento dos preços no mês foi Despesas Pessoais (1,57% para 0,12%), também refletindo o ajuste de preços após o evento esportivo no país, visto que após subir 25,33% em junho, as diárias dos hotéis avançaram 7,65% nesta leitura. A classe de Alimentos (-0,11% para -0,15%, impactando em -0,04p.p.) também merece destaque, apresentando recuo nos preços pelo quarto mês consecutivo, especialmente pela dinâmica dos preços da batata-inglesa (-18,84%) e do tomate (-17,33%).

    Além destas, as classes de Vestuário (0,49% para -0,24%) e Comunicação (de -0,02% para -0,79%) também apresentaram queda, captando as liquidações de roupas, bem como a redução das contas de telefone fixo, em especial na região de São Paulo.

    Por outro lado, Habitação (de 0,55% para 1,20%) e Artigos de Residência (de 0,38% para 0,86%) se sobressaíram pela aceleração, impactados pelo aumento dos preços da energia elétrica (4,52%) e dos eletrodomésticos (1,83%). O grupo Saúde e Cuidados Pessoais, embora registrado alta, apresentou desaceleração (de 0,60% para 0,50%), ao passo que Educação (de 0,02% para 0,04%) se manteve relativamente estável.

    Por fim, em relação às regiões avaliadas, destaque para o IPCA de Curitiba (0,50%), que sentiu a forte alta na energia elétrica (23,83%). Em contrapartida, Salvador (-0,61%) registrou a maior queda dos preços em julho, também pela alteração dos preços da energia, entretanto em sentido contrário (-9,69%). São Paulo, por sua vez, apresentou variação de 0,18%, ante 0,37% visto no mês de junho, acumulando, portanto, alta de 6,44% no IPCA acumulado em 12 meses.

    Indicador de emprego mostra acomodação no mercado de trabalho para os próximos meses

    O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou recuo de 1,6% em julho, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (08/08) pela FGV. Com isso, o indicador chegou a 74,5 pontos, ante 75,7 em junho, quando havia variado -4,5%. Com a quinta queda consecutiva, observa-se que o mercado de trabalho dá sinais de acomodação nos próximos meses.

    Os principais aspectos que contribuíram para a queda no índice foram o grau de otimismo dos empresários em relação aos próximos seis meses, que se encontra em queda, e o nível da situação atual de negócios no setor industrial, que também mostra declínio. Ambos apresentaram variação de -8,8% e -8,4%, respectivamente. Além disso, houve contribuição também no índice de serviços, cuja queda registrada foi de 7,3% em julho.

    Também foi divulgado hoje pela FGV o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que apresentou alta de 0,6% em julho, já expurgado os efeitos sazonais. Com isso, o ICD chegou a 67,2 pontos, ante 66,8 pontos em junho, quando a alta apresentada foi menor, de 0,3%. O ICD mede a satisfação do indivíduo em relação à oferta de emprego na cidade em que reside.

    As duas classes que mais contribuíram para a elevação do ICD foram a dos consumidores que possuem renda até R$ 2.100,00, cujo indicador avançou 1,4%, e dos consumidores com renda entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, cujo indicador registrou crescimento de 0,4%.

    Balança Comercial da China surpreende e soma US$ 47,3 bilhões em julho

    O superávit na Balança Comercial da China totalizou US$ 47,3 bilhões em julho, de acordo com dados divulgados hoje (08/08) pela General Administration of Customs, órgão do país voltado ao setor externo. No mês imediatamente anterior, o superávit registrado havia atingido US$ 31,6 bilhões em junho e, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o superávit havia sido de US$ 17,8 bilhões.

    O resultado surpreendeu o mercado, que não esperava alta tão substantiva nas exportações. As projeções deste eram de superávit de US$ 27,7 bilhões. As exportações avançaram 14,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a US$ 212,9 bilhões, enquanto que as importações recuaram 1,6% na mesma base de comparação, totalizando US$ 165,5 bilhões. Portanto, o resultado sugere maior demanda dos países desenvolvidos devido às maiores exportações, o que indica recuperação econômica.

    O saldo comercial com a União Europeia, a maior parceira comercial da China, chegou a US$ 13,7 bilhões, um avanço de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já em relação aos Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do país asiático, o avanço foi de 17%, chegando a US$ 22,3 bilhões.

    Balança Comercial da Alemanha registra novamente forte superávit em junho

    A Balança Comercial da Alemanha apresentou superávit de € 16,4 bilhões em junho, de acordo com dados divulgados hoje (08/08) pelo Departamento de Estatísticas do país (Destatis). O resultado mostra leve desaceleração em relação a maio, já que o superávit nesse mês foi de € 17,8 bilhões. Em junho de 2013, o superávit somou € 17,0 bilhões.

    Em comparação com o mesmo período do ano anterior, as exportações avançaram 1,1% em junho de 2014, totalizando € 93,4 bilhões, enquanto que as importações avançaram 2,1% na mesma base de comparação, somando € 77,0 bilhões. As exportações para países da União Europeia (UE) chegaram a € 54,8 bilhões, enquanto que as exportações para países não pertencentes a UE atingiram € 20,0 bilhões.

    Com esse resultado, o saldo de Transações Correntes do país chegou a € 15,0 bilhões, elevação em relação ao resultado de junho (€ 12,2 bilhões). Apesar do bom resultado da Balança Comercial, o saldo na Balança de Serviços foi negativo em junho, totalizando € -4,0 bilhões. Com esses resultados, mostra-se que a economia alemã continua a crescer fortemente, devido principalmente ao desempenho do setor industrial e exportações.

     
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