

ABCR e ABPO apresentam comportamentos distintos em julho
O Índice ABCR apresentou recuo de 2,2% em julho, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados sexta-feira (08/08) pela Associação Brasileira de Concessionários de Rodovias (ABCR) e pela consultoria Tendências. A queda de julho se intensificou em relação ao recuo de maio, já que neste a variação foi de -0,7%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (interanual), o recuo apresentado foi de 2,4%, enquanto que no acumulado em doze meses o avanço apresentado foi de 3,6%.
O fluxo de veículos leves mostrou recuo de 3,9% em julho, enquanto que o de veículos pesados avançou 3,2% na mesma métrica, na base dessazonalizada. Todavia, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, ambos recuaram em julho. O fluxo de veículos leves mostrou queda de 2,0%, enquanto que o de veículos pesados apresentou retração de 3,6%. No acumulado no ano, de janeiro a julho de 2014, o fluxo de leves apresentou avanço de 5,0%, enquanto que o de pesados variou -2,0%.
De acordo com o economista da Tendências, Rafael Bacciotti, a queda no fluxo de leves reflete a desaceleração no mercado de trabalho, expresso pelos dados mensais de criação de empregos do CAGED. Já o fluxo de veículos pesados é devido à contínua queda na Confiança da Indústria, afetando, principalmente, a decisão de investimento dos empresários.
Também foi divulgado ontem (12/08) o índice ABPO, pela Associação Brasileira de Papelão Ondulado, que junto com o índice ABCR representa um dos indicadores mais importantes para indicar o comportamento da produção industrial. O índice apresentou avanço de 4,6% em julho, já expurgados os efeitos sazonais. Em junho, este havia recuado 2,8%. Já na variação interanual houve avanço de 2,9%, enquanto que no acumulado em doze meses o índice ABPO apresentou crescimento de 0,9%.



Índice de Expectativa da Economia Alemã despenca em agosto
O instituto ZEW divulgou na manhã de hoje (12/08) o Índice de Expectativa na Economia da Alemanha. Segundo a leitura atual, o indicador recuou 18,5 pontos em agosto, completando a oitava queda consecutiva e chegando a marca de 8,6 pontos no mês, ficando muito abaixo da sua média histórica (24,6 pontos), o que evidencia a queda mais intensa desde junho de 2012. Já o indicador referente à Zona do Euro, que havia retraído 10,3 pontos na leitura anterior, mostrou maior queda em suas expectativas em agosto (-24,4 pontos), passando de 48,1 para 23,7 pontos.
Além do recuo em relação às expectativas futuras, a avaliação quanto à situação econômica corrente voltou a piorar. O índice na Alemanha recuou 17,5 pontos na passagem de julho para agosto, atingindo o patamar de 44,3 pontos. O mesmo movimento foi visto para a Zona do Euro, cujo indicador exibiu piora de -31,5 para -33,8 pontos, perda de 2,3 pontos nesta última leitura.
Dentre os treze setores analisados, doze recuaram no período, com destaques para a queda na confiança no setor de Engenharia Mecânica (-26,9 pontos), Automobilístico (-25,1 pontos), Químico (-23,5 pontos) e de Aço (-21,4 pontos). Por outro lado, o setor de Utilidades (+2,2 pontos) apresentou a única alta das expectativas no período.
Segundo os economistas do instituto ZEW, a economia alemã sente os reflexos do aumento das tensões geopolíticas, impactando diretamente a produção industrial e as intenções de investimento por partes das empresas alemãs, levando a aposta de um crescimento do país menor do que o esperado.

Produção industrial japonesa apresenta queda de 3,4% em junho
A produção industrial do Japão recuou 3,4% em junho, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (12/08) pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria do país (Meti). Em maio deste ano, a produção industrial havia crescido 0,7%. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, a produção industrial avançou 3,1%.
As embarcações também apresentaram recuo em junho, exibindo variação de -1,9%, já expurgados os efeitos sazonais. Em comparação com junho de 2013, as embarcações avançaram 2,2%. O número de estoques, todavia, apresentou avanço de 2,0% na passagem de maio a junho, na série dessazonalizada; em relação ao mesmo período do ano imediatamente anterior, houve elevação de 2,8%.




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