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Informativo eletrônico - Edição 1512 Quarta-Feira, 13 de agosto de 2014
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Internacional

  • Brasil impacta negativamente clima econômico na América Latina
  • Estados Unidos devem liderar a produção mundial de soja na safra 2014/15
  • Produção industrial na China cresce 9,0% em julho
  • Produção industrial na Zona do Euro sofre queda de 0,3% em junho

  • Brasil impacta negativamente clima econômico na América Latina

    Nesta quarta-feira (13/08) o IBRE/FGV divulgou, em parceria com o instituto de pesquisa alemão Ifo, o resultado do trimestre findo em julho, ante o trimestre anterior, do Indicador do Clima Econômico da América Latina (ICE). De acordo com a leitura atual, o índice registrou queda de 7,0% (de 90 para 84 pontos) entre abril e julho, chegando ao menor nível desde julho de 2009, época da crise. Vale ressaltar que leituras abaixo de 100 pontos indicam situação desfavorável. O resultado reflete a piora na avaliação da situação atual (ISA), ao passo que o levantamento das expectativas (IE) permaneceu praticamente estável.

    O ISA recuou de 82 para 72 pontos, enquanto IE passou de 98 para 96 pontos, valendo ressaltar que a piora da leitura atual é fruto principalmente da deterioração de fatores domésticos, visto que o ICE agregado mundial avançou 3% entre abril e julho, influenciado por melhoras em relação às economias dos Estados Unidos e Ásia, com ressalvas aos impactos da crise política na Ucrânia.

    O resultado atual foi puxado pela queda nos índices de praticamente todos países que comportam o índice, exceto México (com alta de 98 para 102 pontos) e Venezuela (estável em 20 pontos nas últimas 3 avaliações), lembrando que o primeiro país detém o maior peso (35%) na pesquisa, cuja melhora foi suportada pela recuperação dos Estados Unidos, seu maior parceiro comercial. O ICE é ponderado pela participação da corrente de comércio (soma de exportações e importações) de cada país na região. Após o México, o Brasil, a segunda maior economia em termos de participação no índice (23%), registrou recuou de 22% entre abril e julho, configurando o principal impacto negativo nesta leitura.

    O recuo do Brasil em termos porcentuais só não supera o aferido pela Argentina (queda de 24% no trimestre findo em julho), cuja queda é advinda principalmente da crise econômica e adversidades referentes à renegociação da dívida externa, enquanto que no caso brasileiro o recuo deve-se em grande medida à avaliação da situação econômica de baixo crescimento.

    Por fim, Bolívia (de 140 para 113 pontos), Colômbia (de 137 para 131 pontos), Paraguai (de 130 para 105 pontos), Peru (de 134 para 112 pontos) e Uruguai (de 104 pontos) também apresentaram recuo na passagem de abril para julho, entretanto todos estes países situam-se acima dos 100 pontos, em zona favorável. Países exportadores de commodities que vinham apresentando melhores indicadores que o resto do mundo, contudo, atualmente lidam com o viés baixista nos preços dos bens básicos.

    Estados Unidos devem liderar a produção mundial de soja na safra 2014/15

    O USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) divulgou nesta terça-feira (12/08) o Relatório de Estimativas Mundiais de Oferta e Demanda Agrícola. A leitura atual informa aumento nas previsões de safras 2014/15 de soja, milho e trigo dos EUA, em relação ao que se esperava no relatório de julho.

    De acordo com o documento, os Estados Unidos devem liderar a produção mundial de soja na safra 2014/15, com produção estimada em 103,85 milhões de toneladas, face à estimativa anterior de 103,42 milhões, enquanto que as projeções para o Brasil para a safra de soja em 2014/15 foram mantidas em 91 milhões de toneladas (superando os 87,50 milhões de toneladas da safra de 2013/14). No mundo, a estimativa do USDA para a safra teve leve aumento, passando de 283,87 milhões para 283,95 milhões de toneladas.

    Em relação ao milho, o relatório registra que a produção mundial na safra 2014/15 deve chegar a 985,39 milhões de toneladas, superior aos 981,12 milhões apresentados anteriormente, sendo 356,43 milhões de toneladas provenientes dos Estados Unidos e 74 milhões de toneladas vindas do Brasil.

    Por fim, a produção de trigo, por sua vez, deve chegar a 55,24 milhões de toneladas na safra estadunidense de 2014/15, acima do projetado em julho (de 54,21 milhões). Para a safra do Brasil, o USDA manteve as projeções em 6,3 milhões de toneladas.

    Produção industrial na China cresce 9,0% em julho

    A produção industrial da China apresentou avanço de 9,0% em julho em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados hoje (13/08) pelo Departamento de Estatísticas Nacionais do país (NBS). O resultado mostra leve desaceleração em relação à produção industrial de junho, cujo avanço registrado foi de 9,2%, com base na mesma métrica. Já na variação mensal, a produção industrial apresentou avanço de 0,68% em julho, ante 0,77% em junho, na série dessazonalizada.

    Dentre os três setores principais da produção industrial, destaque para a indústria de transformação, cujo avanço foi de 10,0% em julho; a indústria extrativa apresentou crescimento de 6,2%, ao passo que o setor de serviços industriais de utilidade pública apresentou crescimento de 1,9%, na mesma base de comparação.

    Entre os subsetores industriais, os destaques vão para: outros equipamentos de transporte, cujo avanço registrado foi de 16,6%; a produção de bens metálicos, com crescimento de 12,8%; a produção de alimentos, ao mostrar forte avanço de 10,8%; por fim, a fabricação de máquinas, com elevação de 11,9%.

    Produção industrial na Zona do Euro sofre queda de 0,3% em junho

    A produção industrial na Zona do Euro recuou 0,3% em junho frente a maio, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (13/08) pelo Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat). Apesar da segunda queda seguida, houve desaceleração em relação ao mês anterior, já que o recuo mostrado em maio foi de 1,1%. Na comparação com idêntico mês do ano anterior, a produção industrial na Zona do Euro mostrou estabilidade em junho (0,0%).

    Entre as categorias de uso, destaque para a queda na produção de bens de consumo não duráveis, cuja variação apresentada foi de -1,9%, na base dessazonalizada; a produção de energia recuou 0,7%, enquanto que a produção de bens de capital mostrou estabilidade (0,0%); bens intermediários e bens de consumo duráveis apresentaram crescimento de 0,4% e 2,3%, respectivamente.

    Dentre os países da Zona do Euro, destaque para as quedas na Irlanda (-16,5%), Holanda (-3,0%) e Lituânia (-2,7%), enquanto que as maiores altas foram registradas em Malta (5,2%), Dinamarca (2,4%) e Hungria (1,8%). Alemanha e França apresentaram crescimento de 0,2% e 1,4%, respectivamente.

     
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