

Banco Central: Atividade econômica recua pelo quinto mês seguido
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), proxy mensal para o PIB, apresentou queda de 1,48% na passagem de maio para junho, resultado sutilmente inferior ao projetado pelo Depecon/FIESP (-1,56%) e ao esperado pelo mercado (-1,60%). A leitura veio após o índice apresentar queda de 0,80% em maio, chegando assim a quinta retração seguida da atividade econômica neste ano. Todos os dados foram sazonalmente ajustados.
Na relação interanual (comparação com o mesmo período do ano anterior), após queda em maio, o índice voltou a registrar forte recuo em junho (-2,15%). Já em relação ao acumulado no ano o IBC-Br ficou praticamente estável, exibindo crescimento de apenas 0,1% nesta leitura, desaceleração frente aos 0,6% exibidos em maio, na mesma base de comparação. No acumulado em 12 meses, o índice apresenta alta de 1,50%, basicamente reflexo dos últimos seis meses de 2013.
A retração em junho decorre das fortes quedas do varejo ampliado (recuo de 3,6%) e da produção industrial (queda de 1,4%). Os índices refletem a diminuição nas vendas de Material de Construção e Veículos e motos, partes e peças, que apresentaram declínios de 3,9% e 12,9%, respectivamente, além da menor produção de Bens de Consumo Duráveis (-24,9%) e Bens de Capital (-9,7%).
Com o resultado de junho, o IBC-Br registra queda de 1,20% no segundo trimestre em relação ao trimestre imediatamente anterior, livre de influências sazonais. O resultado vem em linha com a queda de 2,0% na produção industrial do segundo trimestre e do recuo de 3,1% no volume de vendas no varejo ampliado em igual período, reforçando a nossa expectativa de um leve recuo no PIB na passagem do primeiro ao segundo trimestre deste ano.

IGP-10 recua novamente em -0,55% em agosto
O Índice Geral de Preços – 10 apresentou variação de -0,55% em agosto, o que mostra continuidade com o processo de deflação que vem ocorrendo nos últimos meses, de acordo com dados divulgados hoje (15/08) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em julho, o IGP-10 sofreu queda de 0,56%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o IGP-10 apresenta crescimento de 0,15%, e, no acumulado em doze meses, o índice mostra variação de 4,82%. O IGP-10 é calculado mensalmente com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês atual.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP, apresentou recuo de 0,91% neste mês, ante queda de 1,03% em julho. Com isso, os Bens Finais apresentaram queda de 0,51% em agosto, ante recuo de 0,82% em julho. Novamente, o subgrupo de alimentos in natura contribuiu para essa deflação, já que a variação deste na passagem de julho para agosto passou de -7,46% para -5,28%. O índice de Bens Intermediários também apresentou recuo em agosto, variando -0,10%, enquanto que em julho esta queda foi de 0,24%. Já o grupo de Matérias-Primas recuou 2,38%, após queda de 2,19% em julho. Destaque para as quedas dos seguintes itens: Bovinos (1,46% para -1,01%) e Soja (-2,85% para -4,55%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do IGP, ficou praticamente estável (0,01%). Em julho, apresentou queda de 0,24%. Dos oito grupos que compõem o IPC, sete exibiram menor pressão na passagem do mês: Alimentação (0,01% para -0,18%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,53% para 0,17%); Educação, Leitura e Recreação (0,27% para -0,26%); Vestuário (0,15% para -0,30%); Despesas Diversas (0,33% para 0,17%), Habitação (0,42% para 0,39%) e Transportes (0,16% para -0,20%). O único grupo que sofreu aceleração foi o de Comunicação (0,06% para 0,08%), devido ao item de telefonia fixa e internet, cuja taxa de variação foi de -0,02% em julho para 0,88% em agosto.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% do IGP, apresentou taxa de variação de 0,45% em agosto, ante 0,58% em julho. O subitem de Mão de Obra desacelerou de 0,74% para 0,68% em agosto, enquanto que o de Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou variação de 0,19%, ante 0,39% em julho.



Segunda estimativa do PIB do Reino Unido mostra avanço de 0,8% no segundo trimestre
De acordo com a segunda estimativa do PIB do Reino Unido divulgado nesta sexta-feira (15/08) pela Office for National Statistics (ONS), o país registrou crescimento de 0,8% no segundo trimestre de 2014 frente ao trimestre imediatamente anterior (após ajuste sazonal), mantendo as estimativas apresentadas inicialmente (em 28/07), sendo este o segundo trimestre de alta desta magnitude. Com este resultado, a economia do país expandiu 3,2% frente ao segundo trimestre do ano passado, situando-se 0,2% acima do nível de produto apresentado no período pré-crise.
O avanço do produto ficou concentrado em dois dentre quatro setores da economia. O PIB industrial (responsável por 15% do PIB britânico) mostrou elevação de 0,3%, desaceleração frente ao resultado do trimestre anterior (0,7%) e o apresentado na primeira estimativa (0,4%). Já a Agricultura mostrou retração no período, passando de 1,0 % no primeiro trimestre para -0,2% nesta leitura atual, mesmo movimento visto para o setor de Construção (de 1,5% para 0,0%, revisado de -0,5% da estimativa anterior). Por sua vez, o setor de Serviços, detentor do maior peso entre os setores na participação no PIB (78%), apresentou alta de 1,0%, ligeiramente superior ao aferido nos primeiros três meses do ano (0,8%), o que puxou o PIB da região. Todos os dados estão sazonalmente ajustados.







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