

IPCA-15 desacelera pouco e segue próximo ao teto da meta
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), divulgado hoje (20/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou sutil desaceleração no mês de agosto ao variar 0,14%, frente a 0,17% em julho. O mesmo movimento foi visto no acumulado em 12 meses, onde o índice passou de 6,51% para 6,49%, mantendo a proximidade com o limite superior da meta de inflação estipulada pelo Banco Central (6,50%). No acumulado do ano, a alta chegou a 4,32%, taxa superior àquela vista em igual período de 2013 (3,69%).
Na abertura por grupos de despesa, a classe de Habitação (de 0,48% para 1,44%) representou o maior impacto altista na formação do índice geral (0,20p.p.), refletindo a elevação da energia elétrica (4,25% de alta e 0,12p.p. de impacto). A classe de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,52% para 0,55%) foi a segunda de maior impacto, seguida pela classe de Transportes (de -0,85% para 0,20%), que voltou a subir no período, reflexo da nova alta das passagens aéreas (que haviam recuado 26,77% em julho e ascenderam em 10,27% em agosto). Já Artigos de Residência (de 0,66% para 0,41%) e Educação (de -0,07% para 0,42%) também mostraram aumento de preços no oitavo mês do ano.
Por outro lado, os grupos Despesas Pessoais (de 1,74% para -0,67%), Alimentação e Bebidas (de -0,03% para -0,32%), Vestuário (de 0,00% para -0,18%) e Comunicação (-0,10% para -0,84%) contribuíram com a desaceleração em agosto.
Por fim, dentre os índices regionais, Curitiba (0,50%) apresentou o maior impacto, em boa medida explicado pelo aumento dos preços de energia elétrica (23,85%); já Salvador (-0,38%) foi a região com maior queda de preços, onde diferentemente de Curitiba, os preços de energia elétrica apresentaram queda de 6,55% refletindo a redução de 83,49% nas alíquotas do PIS/PASEP/COFINS. A capital de São Paulo, que detém o maior peso dentre as regiões, mostrou crescimento de 0,26% em agosto, aceleração em relação ao resultado visto em julho (0,16%), tendo seu IPCA-15 acumulado alta de 6,37% nos últimos 12 meses.



Inflação no Reino Unido recua e chega a 1,6% em julho
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do Reino Unido recuou para 1,6% em julho, no acumulado em doze meses, de acordo com dados divulgados ontem (19/08) pelo Departamento de Estatísticas Nacionais (ONS). Em junho, na mesma base de comparação, a inflação havia atingido 1,9%. Para efeito de comparação, no acumulado em doze meses findo em julho de 2013, o nível de preços mostrava elevação de 2,8%. Na variação mensal, o índice apresentou recuo de 0,3%, frente ao avanço de 0,2% em junho.
A maior contribuição para a queda do índice de inflação, no acumulado em doze meses, foi o recuo de 5,7% no grupo de Vestuário na passagem de junho para julho em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em 2013, na mesma métrica, o resultado apresentado foi um recuo de 3,2%. De acordo com a publicação, apesar do decréscimo maior que o esperado, o resultado é normal devido ao ajuste de preços no verão britânico.
Já a maior contribuição de alta em julho, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, adveio do grupo de Transportes, cujo avanço registrado foi de 1,3%; em 2013, este apresentou acréscimo de 0,9%. De acordo com a ONS, o resultado se deve ao aumento nos preços de veículos usados e transporte marítimo.

Nível de Preços ao Produtor na Alemanha recua 0,8% no acumulado em doze meses
O Índice de Preços ao Produtor (PPI) na Alemanha apresentou recuo de 0,8% em julho, no acumulado em doze meses, de acordo com dados divulgados hoje (20/08) pelo Departamento de Estatísticas Oficiais da Alemanha (Destatis). Em junho, o decréscimo apresentado foi de 0,7%. Já em relação à variação mensal, o recuo apresentado em julho foi de 0,1%, ante estabilidade em junho (0,0%).
Os preços de bens de consumo não duráveis avançaram 0,6% em julho, na variação interanual, enquanto que os preços de bens intermediários e energia recuaram 0,5% e 3,2%, respectivamente. Já a categoria de bens de capital avançou 0,5%. Em relação à energia, destaque para a queda de 17,1% nos preços de gás natural.

Japão volta a mostrar crescimento das exportações em julho
Nesta última terça-feira (19/08) a Trade Statistics of Japan, departamento ligado ao Ministério das Finanças do Japão, divulgou o resultado da balança comercial de julho. De acordo com a instituição, as exportações subiram pela primeira vez nos últimos três meses, sinalizando que a demanda externa pode estar no início de uma recuperação. Entretanto, as importações também cresceram e em maior intensidade, levando a um déficit maior do que o esperado. Os dados mostram que o déficit comercial de 964 bilhões de ienes em julho foi ligeiramente menor que frente ao déficit de 1 trilhão de ienes de julho de 2013.
O crescimento das exportações (3,9% na taxa anualizada) foi impulsionado pelo aumento dos embarques de automóveis para a Europa, bem como máquinas de processamento de metal e itens como telas de cristal líquido. As exportações para a Ásia subiram 3,4% em julho, com alta de 2,6% da demanda chinesa. As exportações para os Estados Unidos subiram 2,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, reflexo da maior venda de peças de automóveis.
Além do comércio externo, nesta quarta-feira (20/08) o METI (Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão) divulgou o resultado final para a produção industrial japonesa em junho. Segundo o órgão, o setor recuou 3,4% na comparação com maio, já descontadas as influências sazonais, puxado pela forte queda na indústria de transformação. O resultado adveio após alta de 0,7% aferida no mês anterior. Em relação a junho de 2013, a produção da indústria registrou queda de 0,6%, inferior aos 1,8% registrado em maio, na mesma base de comparação.




|