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Informativo eletrônico - Edição 1519 Sexta-Feira, 22 de agosto de 2014
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Custo de produção da indústria no Brasil é 23% maior do que nos EUA em 2014
  • CAGED apresenta criação de aproximadamente 12 mil vagas de trabalho em julho

    Economia Internacional

  • Antecedente Econômico dos EUA avança 0,9% em julho
  • Prévia da Confiança do Consumidor na União Europeia recua em agosto

    Agenda Semanal

  • Custo de produção da indústria no Brasil é 23% maior do que nos EUA em 2014

    Em estudo lançado este mês, o BCG (Boston Consulting Group) divulgou a relação de custo de produção em seu estudo "The Shifting Economics of Global Manufacturing" (O deslocamento econômico da indústria global) dos 25 maiores países exportadores, onde tem como base o custo de produção nos Estados Unidos (100 pontos) em 2014, compilando dados de salários industriais, produtividade, custo de energia e taxa de câmbio. O estudo agrupa os países em 4 categorias: (i)"sob pressão" (under pressure), que reúne países que tradicionalmente apresentavam baixos custos e observaram a deterioração de sua produtividade ao longo dos anos (especificamente 2004 a 2014); (ii)países do grupo "perdendo posição" (losing ground), que são aqueles que tradicionalmente apresentam altos custos e perda de competitividade dado o recuo da produtividade e altos custos de energia; (iii) holding steady, os que mantiveram sua competitividade ao longo do período; e (iv) "em ascensão mundial" (rising global stars), que são os que vem apresentando ganhos de competitividade.

    De acordo com o estudo, o custo de se produzir no Brasil em 2014 é cerca de 23% (123 pontos) maior do que nos Estados Unidos (100 pontos, país como referência), colocando o país no primeiro grupo ("sob pressão"), juntamente com China e Rússia. A situação brasileira é a mais dramática desses países, visto que sua perda de produtividade (é o 19º dentre os 25) e aumento de salários levou o país a este patamar atual. Já nos outros dois membros do BRICS, a pressão vem da disparada nos custos de energia e do trabalho. Outros pontos citados pelo estudo como impactantes nos custos brasileiros são a baixa especialização, baixo investimento, infraestrutura inadequada e a complexa estrutura de negócios.

    A Austrália, França e Itália figuram no segundo grupo ("perdendo posição"), ao passo que Índia, Reino Unido e Países Baixos se mantiveram estáveis, portanto no terceiro grupo. O destaque da consultoria ficou com o México, que figura junto com os Estados Unidos no quarto grupo, em ascensão. O país latino-americano teve seus custos estimados em 9% inferiores aos dos EUA, mais baixos inclusive em relação aos da China (4% inferior). O fator que contribui para esta ascensão asteca foi o alto crescimento da produtividade do país. O custos atrativos da eletricidade e dos gases naturais explicam, juntamente com o menor crescimento dos salários em relação aos outros países, a posição ocupada pelo país.

    CAGED apresenta criação de aproximadamente 12 mil vagas de trabalho em julho

    Foi divulgado ontem (21/08) os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED), pelo Ministério de Trabalho. Segundo o CAGED, houve criação de apenas 11.796 vagas em julho de 2014. Na série ajustada (que considera as informações entregues fora do prazo), o saldo gerado no acumulado do ano (632.224 vagas) foi inferior ao acumulado no mesmo período dos anos anteriores, inclusive 2009. Tanto a Indústria de Transformação brasileira quanto a paulista apresentaram queda no mês, variando -0,18% e -0,38% respectivamente.

    No mês de julho de 2014, o saldo de postos de trabalho foi positivo em 11.796, representando uma variação de apenas 0,03% no nível de empregos formais no Brasil. Na série ajustada (que considera as informações entregues fora do prazo), o saldo gerado no acumulado do ano (632.224 vagas) foi inferior ao acumulado no mesmo período dos anos anteriores, inclusive 2009.

    A indústria de transformação teve uma queda de 0,18% em julho em relação a junho, com o fechamento de 15.392 vagas. Os principais destaques negativos foram: material de transporte (-0,72%); metalúrgica (-0,45%) e material elétrico e de comunicações (-0,81%). O setor de alimentos, bebidas e álcool foi o principal destaque positivo (0,17%).

    No ano de 2014, a indústria de transformação brasileira apresentou saldo positivo de 30.507 vagas, representando uma variação de 0,36%, bastante inferior ao acumulado no mesmo período nos anos anteriores, com exceção de 2009. No acumulado em 12 meses, a variação da indústria de transformação foi negativa, variando -0,68% com o fechamento de 57.792 vagas no período. Após apresentar crescimento desde dezembro de 2009, nesta comparação, o emprego industrial passou a apresentar resultado negativo no acumulado em 12 meses a partir de junho.

    No Estado de São Paulo, o mês de julho de 2014 foi positivo, com a criação de 8.308 postos de trabalho, o que significou um aumento de 0,06% no nível de emprego em relação a junho de 2014.

    A indústria de transformação apresentou resultado negativo, com o fechamento de 11.069 vagas no mês. Com isso, o nível de emprego apresentou queda de 0,38% em relação ao mês anterior. Os principais destaques negativos foram: material de transporte (-0,64%); metalurgia (-0,53%) e mecânica (-0,39%). Nenhum dos setores apresentou resultado positivo no mês. No ano de 2014, a indústria de transformação paulista acumulou um saldo negativo de 335 vagas, representando uma queda de -0,01% no nível de emprego. Apenas este ano e o ano de 2009 apresentaram resultados negativos no acumulado neste mesmo período.

    Antecedente Econômico dos EUA avança 0,9% em julho

    O Indicador Antecedente Econômico dos Estados Unidos (LEI) avançou 0,9% em julho em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados ontem (21/08) pela The Conference Board. Em junho, o indicador já tinha mostrado avanço de 0,6%. No acumulado em seis meses, o LEI apresentou variação de 4,0%. Já o Indicador Coincidente da Economia (CEI) avançou 0,2% julho, desacelerando em relação a junho, quando a variação registrada havia sido de 0,3%, na mesma base de comparação.

    De acordo com os economistas da The Conference Board, o indicador sugere que a economia está ganhando mais ritmo em seu crescimento, e que esta deve ser a tendência durante o ano de 2014, principalmente pelo ganho de ímpeto da atividade industrial e pela melhor situação do mercado de trabalho do país.

    Prévia da Confiança do Consumidor na União Europeia recua em agosto

    A prévia do Índice de Confiança do Consumidor da Zona do Euro apresentou recuo no mês de agosto, de acordo com dados divulgados ontem (21/08) pela Comissão Europeia de Serviços, órgão ligado à União Europeia. Os dados na Zona do Euro estimam que na passagem de julho para agostou houve queda de 10,0 pontos, enquanto que na União Europeia a queda foi menor, alcançando 6,4 pontos. Nos meses anteriores, o avanço registrado foi de 1,6 e 0,9 ponto, respectivamente.

    O indicador mostra perda de ímpeto na atividade econômica nesse terceiro trimestre na região, também evidenciado pelas prévias apresentadas ontem do PMI da Zona do Euro. Apesar disso, a região tem mostrado recuperação da atividade econômica.

     
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