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Informativo eletrônico - Edição 1522 Quarta-Feira, 27 de agosto de 2014
 

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Economia Brasileira

  • Nível de Confiança da Indústria sofre oitava queda consecutiva e atinge menor nível desde abril de 2009
  • Índice de Preços ao Produtor mostra nova queda em julho

    Economia Internacional

  • Índice de confiança do consumidor americano mostra nova elevação em agosto
  • GfK: Confiança do consumidor alemão deve recuar em setembro

  • Nível de Confiança da Indústria sofre oitava queda consecutiva e atinge menor nível desde abril de 2009

    O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou recuo de 1,2% em agosto, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (27/08) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado confirma a prévia divulgada pela FGV na semana passada. Na passagem do mês de junho para julho o recuo foi maior, já que a queda apresentada foi de 3,2%. Com isso, o índice chegou a 83,4 pontos em agosto, ante 84,4 em julho, o menor nível desde abril de 2009.

    A queda no ICI de agosto teve forte contribuição da situação corrente. O Índice de Situação Atual (ISA) apresentou recuo de 3,6% em agosto, ante queda de 4,8% em julho. Já o Índice de Expectativas (IE) apresentou melhora no mês atual, avançando 1,4% e chegando a 84,1 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apresentou estabilidade em agosto, permanecendo no mesmo patamar de julho (83,2%).

    A proporção dos entrevistados que acredita que a situação atual de negócios está boa caiu para 8,1%, frente a 10,8% em julho. Já a parcela que considera como fraca passou de 26,0% para 29,3%. Todavia, na pesquisa que tenta inferir como estará a produção nos próximos meses, a parcela que prevê aumento da produção passou de 27,6% para 27,8%, enquanto que a proporção que espera redução passou de 20,8% para 16,1%.

    De acordo com o economista da FGV, Aloisio Campelo, a melhora nas expectativas se deu devido à normalização da atividade econômica, já que a parada para a Copa do Mundo prejudicou o setor produtivo e, por isso, a produção nos próximos meses pode aumentar.

    Índice de Preços ao Produtor mostra nova queda em julho

    O Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentou recuo de 0,29% em julho, de acordo com dados divulgados hoje (27/08) pelo IBGE. O resultado mostra maior aceleração da queda, já que, em junho, a variação registrada foi de -0,16%. Para efeito de comparação, no mesmo período do ano anterior, o IPP apresentou avanço de 1,21%. No acumulado em doze meses, o índice registra alta de 3,45%.

    Das 23 atividades pesquisadas da indústria de transformação, somente 6 apresentaram alta de preços em julho. Destaque para as quedas nos setores de Impressão (-2,15%), Calçados e Artigos de Couro (-1,38%) e Alimentação (-1,18%). Já os setores que apresentaram avanço na margem foram: Refino de Petróleo e Álcool (0,51%) e Veículos Automotores (0,22%).

    No acumulado em 12 meses, destaque para os aumentos de preços na fabricação de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (11,46%) e Produtos Derivados do Petróleo e Álcool (8,93%). Já entre os setores que apresentaram queda de preços, destaque para o recuo em Produtos de Madeira (-3,98%) e Equipamentos de Informática (-2,79%).

    Índice de confiança do consumidor americano mostra nova elevação em agosto

    O Índice de Confiança do Consumidor americano, divulgado ontem (26/08) pelo The Conference Board, exibiu nova alta em agosto (de 2,3%), passando de 90,3 para 92,4 pontos nesta leitura. O resultado aferido reflete o aumento na confiança dos consumidores quanto à situação corrente, dado que suas expectativas quanto ao futuro recuaram ligeiramente.

    O Índice de Situação Atual (ISA) registrou aumento de 7,6% na passagem de julho para agosto, passando de 87,9 para 94,6 pontos. O resultado é explicado pela alta dos consumidores que veem as condições de negócios como boa (de 23,3% para 23,9%), enquanto os que consideram como ruim diminuíram (de 22,8% para 21,5%) em agosto. Há também melhora em relação ao mercado de trabalho, onde atualmente os consumidores que consideram empregos em abundância passaram de 15,6% para 18,2% entre julho para agosto.

    Já em relação ao Índice de Expectativas (IE), foi visto perda de 1,1% nas expectativas futuras dos consumidores americanos, tendo o índice passado de 91,9 para 90,9 pontos em agosto. A piora foi uma resposta às expectativas quanto ao mercado de trabalho nos próximos meses, onde a proporção de entrevistados que acreditam em mais aberturas de vagas de emprego passou de 18,7% para 17,0%, embora a parcela que acredita em menor criação de vagas também recuou de 16,6% para 15,8%.

    Por fim, segundo o relatório do Conference Board, a quarta alta seguida na confiança do consumidor ajudou a impulsionar a disposição de compra dos consumidores; no entanto, os consumidores estão menos otimistas em relação às perspectivas de curto prazo.

    GfK: Confiança do consumidor alemão deve recuar em setembro

    De acordo com os dados divulgados nesta quarta (27/08) pela GfK (Associação alemã de Pesquisas ao Consumidor), a confiança do consumidor alemão permaneceu em 8,9 pontos em agosto, levemente abaixo das previsões divulgadas na última leitura, quando a associação acreditava que o índice chegaria a 9,0 pontos. Além do resultado oficial do mês, o instituto ainda indica que através de alguns indicadores e previsões já conhecidos, há possibilidade da confiança do consumidor recuar para 8,6 pontos no mês de setembro. O resultado vai em linha com a deterioração do clima de negócios apresentado pelo Instituto Ifo nesta última segunda (25/08), visto que a GfK indica que as expectativas de renda e a propensão a consumir apresentaram uma ligeira diminuição, ao passo que as expectativas econômicas apresentaram deterioração.

    Os consumidores estão cada vez mais sensíveis quanto à situação geopolítica (Ucrânia, Rússia e Oriente Médio), ponderando-a em suas considerações de como a economia alemã irá se comportar ao longo dos próximos meses. O indicador caiu de 35,5 para 10,4 pontos nesta leitura. Um declínio desta magnitude em apenas um mês não foi registrado desde que a pesquisa começou em 1980, anulando praticamente toda a melhora no indicador vista no ano passado. As sanções contra a Rússia já estão impactando significativamente as exportações alemãs, visto que os primeiros dados do PIB no segundo trimestre indicam declínio nas exportações e investimentos.

    O indicador de expectativas de renda caiu 4,6 pontos e atingiu 50,1 pontos, sendo esta queda atribuída principalmente ao colapso das perspectivas econômicas; no entanto, este se fixou num nível elevado (reflexo da estabilidade do emprego e da renda). Quanto à propensão a consumir, embora o indicador tenha recuado 1,7 ponto nesta leitura, o consumo deve-se manter elevado; atualmente está em 49,3 pontos, não sofrendo até o momento com o arrefecimento da economia do país.

    Por fim, o relatório ressalta que o adverso panorama geopolítico do Iraque, Israel e Ucrânia Oriental, bem como o gradual aumento de sanções a Rússia, já apresentam impactos negativos sobre as perspectivas econômicas, que estavam em altos níveis anteriormente.

     
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