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Informativo eletrônico - Edição 1523 Quinta-Feira, 28 de agosto de 2014
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IGP-M recua pela quarta leitura consecutiva
  • Confiança de Serviços recua 3,1% em agosto, a oitava queda seguida
  • Confiança do Comércio recua 7,3% em agosto

    Economia Internacional

  • Sentimento sobre economia na Zona do Euro perda força em agosto

  • IGP-M recua pela quarta leitura consecutiva

    O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou 0,27% no mês de agosto, desacelerando o ritmo cadente em relação ao resultado do mês anterior, quando a variação foi de -0,61%. É a quarta queda consecutiva do índice, principalmente em função da queda nos preços no atacado. O índice acumula 4,89% de alta em 12 meses e 1,56% no ano de 2014 até o oitavo mês. Os dados foram divulgados hoje (28/08) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que corresponde a 60% do IGP – registrou menor ritmo de queda, visto que nesta análise de agosto mostrou variação de -0,45%, ante -1,11% no mês de julho. Na abertura por estágio de processamento, a categoria Matérias-primas Brutas teve seu índice de preço variado negativamente em 1,33%, refletindo a deflação da soja (-1,65%), e milho (-4,49%). Já as categorias Bens Finais (de -0,71% para -0,13%) e Bens Intermediários (de -0,26% para -0,04%) mostraram deflação mais moderada neste mês de agosto, causada pelas variações dos preços dos subgrupos alimentos in natura (de -7,71% para -3,73%) e de materiais e componentes para a manufatura (-0,54% para -0,36%), respectivamente. Na abertura por origem, o arrefecimento do IPA foi fortemente influenciado pelos produtos industriais, dado que seu índice de preços recuou 0,93%, ao passo que os produtos agropecuários registraram queda menos intensa, de 0,27%.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que compõe 30% do IGP – registrou variação de 0,02% no período em análise, desacelerando frente a julho, quando havia crescido 0,15%. A estabilidade dos preços reflete o fato de que quatro das oitos classes de despesas evidenciaram acréscimo na última leitura (embora três delas com desaceleração), sendo: Habitação (de 0,48% para 0,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,38% para 0,24%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,04% para 0,13%) e Despesas Diversas (de 0,23% para 0,14%). Já as categorias Alimentação (de -0,07% para -0,11%), Vestuário (de 0,03% para -0,72%), Transportes (de -0,01% para -0,03%) e Comunicação (de 0,06% para -0,38%) exibiram queda dos preços na passagem de julho para agosto.

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – com peso de 10% do IGP – cresceu 0,19%, taxa inferior à do período anterior (0,80%), influenciado tanto pela desaceleração do Custo da Mão de Obra (1,11% para 0,23%), quanto pelo componente Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,80% para 0,19%), impactados pelo menor aumento dos custos com Ajudante especializado (de 1,23% para 0,16%) e dos elevadores (de 0,67% para 0,51%).

    Confiança de Serviços recua 3,1% em agosto, a oitava queda seguida

    O Índice de Confiança de Serviços (ICS) apresentou queda de 3,1% em agosto, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (28/08) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na passagem de junho para julho, o índice tinha registrado queda de 0,6%. Com isso, registrou-se a oitava queda consecutiva do ICS no ano, chegando a 104,0 pontos, o menor desde abril de 2009.

    A queda no índice reflete a deterioração das expectativas nos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) apresentou avanço de 0,8% no mês de julho, ante queda de 7,2% no mês de julho. Já o Índice de Expectativas (IE) apresentou forte queda no mês de agosto, ao apontar recuo de 5,7%, mais intenso (em termos absolutos) do que o avanço em julho (4,3%).

    O grau de otimismo em relação à tendência de negócios recuou em agosto, variando -5,6% em relação a julho. A parcela de empresas que espera uma melhora na situação nos próximos meses declinou para 32,7%, ante 37,4% em julho. Já a proporção que espera uma piora no mesmo período passou para 11,2%, ante 9,4% em julho.

    Confiança do Comércio recua 7,3% em agosto

    O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) apresentou recuo de 7,3% no trimestre findo em agosto, em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados hoje (28/08) pela FGV. No mês anterior, na mesma base de comparação, o ICOM sofreu decréscimo de 6,3%. No índice de base mensal, o ICOM chegou a 112,6 pontos, ante 114,9 em julho.

    Diferentemente da Confiança de Serviços, a queda no índice decorreu de uma piora na situação atual e de uma melhora nas expectativas dos próximos meses. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 12,1%, ante queda de 8,9% em julho. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) passou de um recuo de 4,7% em julho para 4,3% em agosto, na mesma métrica de comparação.

    De acordo com a publicação, as maiores quedas trimestrais, em comparação com o mesmo período do ano anterior, foram registradas nos setores de Veículos, Motos e Peças (-13,8%) e no setor de Construção Civil (-8,3%). Atacado, Varejo Restrito e Varejo Ampliado apresentaram quedas de 6,2%, 6,5%, e 7,8%, respectivamente.

    Sentimento sobre economia na Zona do Euro perda força em agosto

    Nesta quinta-feira (28/08), a Comissão Europeia (EC) apresentou o resultado para agosto de seu Indicador de Sentimento Econômico (Economic Sentiment Indicator, em inglês). De acordo com a leitura atual, o ESI registrou queda de 1,5 ponto na Zona do Euro (atingindo 100,6 pontos) na passagem de julho para agosto, primeira queda desde abril, mesmo movimento visto para a avaliação da União Europeia no período (-1,2 ponto, retornando a 104,6 pontos), chegando à segunda queda seguida. Todos os dados estão sazonalmente ajustados.

    Na abertura por área avaliada, a queda da confiança na área do euro foi influenciada pelos resultados aferidos em todos os principais setores. A confiança no setor varejista (-2,3 pontos) foi a que sofreu maior deterioração, refletindo a piora na avaliação quanto à situação atual e às expectativas futuras, principalmente quanto ao alto nível de estoque. Os consumidores também mostraram-se mais cautelosos, visto que sua confiança recuou 1,6 ponto no período, principalmente pelas preocupações quanto ao desemprego e à situação geral da economia no futuro. A indústria (-1,5 ponto) também mostrou queda na confiança associada à produção, alinhada com o nível de estoque praticamente inalterado entre julho e agosto, enquanto que os empresários do setor de serviços (-0,5 ponto) mostraram-se descontentes com as demandas passadas e a situação de negócio.

    Por fim, as empreiteiras do setor de construção (-0,2 ponto) mostraram-se divididas entre o baixo resultado dos novos pedidos e a melhora nas expectativas no mercado de trabalho.

    Dentre os países analisados, os recuos mais significativos foram Itália (-4,1 pontos) e Alemanha (-1,9 pontos), enquanto França (-0,6 ponto) e Países Baixos (-0,8 ponto) registraram perda de menor intensidade.

    A Comissão Europeia também divulgou a avaliação do Indicador de Clima de Negócios (Business Climate Indicator, em inglês), cujo índice sofreu ligeira queda de 0,01 ponto em agosto, retornando ao patamar de 0,17 pontos no mês (ante 0,17 ponto em julho), reflexo das melhoras na avaliação quanto à produção passada.

     
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