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Informativo eletrônico - Edição 1525 Segunda-Feira, 01 de setembro de 2014
 

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Economia Brasileira

  • FOCUS: Após resultado recessivo do 2º trimestre, projeção do PIB para 2014 sofre novo corte

    Economia Internacional

  • PIB da Alemanha recua 0,2% no segundo trimestre
  • PMI da Zona do Euro chega a 50,7 pontos em agosto
  • PMI chinês desacelera e chega a 50,2 pontos em agosto

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Após resultado recessivo do 2º trimestre, projeção do PIB para 2014 sofre novos cortes

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (01/09) pelo Banco Central, apresentou novas revisões em suas principais variáveis macroeconômicas avaliadas. De acordo com o boletim atual, após a divulgação na última sexta-feira (29/08) do PIB no segundo trimestre onde a economia do país entrou em recessão técnica ao recuar 0,6%, o mercado apresentou sua décima quarta revisão baixista para o PIB de 2014, desta vez passando de 0,70% para 0,52%. Em 2015, por sua vez, as previsões para o crescimento da atividade econômica recuaram para 1,10%, após três leituras em 1,20%, sendo a previsão atual muito abaixo do que se esperava há quatro semanas (1,50%).

    Em relação à inflação, o mercado manteve a projeção do IPCA em 6,27% para 2014, ao passo que para 2015 mostrou ligeira alta, ao passar de 6,28% para 6,29%. No que se refere à taxa Selic, para 2014 foram mantidas as projeções (11,0% pela décima quarta semana), ao passo que em 2015 as projeções recuaram para 11,75%, após exibirem 12,00% nas últimas leituras.

    No que tange à taxa de câmbio, o boletim informa pela sétima vez taxa de R$/US$ 2,35 em 2014 e manteve pela décima quarta semana a taxa de R$/US$ 2,50 para 2015.

    Para o setor externo, as perspectivas para o déficit da conta corrente do balanço de pagamentos em 2014 diminuíram sutilmente de US$ 81,90 bilhões para US$ 81,80 bilhões. Em relação ao saldo comercial em 2014, o mercado reduziu suas expectativas de superávit comercial de US$ 2,50 bilhões para US$ 2,17 bilhões, resultado que deve sofrer alterações após a divulgação hoje (01/09) do desempenho da balança comercial de agosto. Para 2015, as projeções do superávit seguem em US$ 8,00 bilhões pela terceira semana.

    Por fim, foi ligeiramente amenizada a expectativa de retração da atividade industrial brasileira neste ano (de -1,76% para -1,70%), podendo sofrer modificações após a divulgação da PIM (Produção Industrial Mensal) do IBGE referente a julho que será conhecida amanhã (02/09). Para 2015, as projeções em relação à produção industrial seguem em 1,70% pela sétima leitura, sinalizando expectativa de baixo desempenho do setor para o próximo ano.

    PIB da Alemanha recua 0,2% no segundo trimestre

    De acordo com os dados divulgados nesta manhã (01/09) pelo Instituto Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis), o PIB do país registrou queda de 0,2% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior – resultado sazonalmente ajustado –, em linha com a prévia divulgada no último dia 14/08. No primeiro trimestre do ano, o PIB havia registrado avanço de 0,7%, sendo que a queda na produção recente já havia sido apontada pelos indicadores de confiança (IFO e ZEW) e de produção (PMI). Na base de comparação interanual (mesmo período frente ao ano anterior), o avanço neste trimestre foi de 0,8% (preços ajustados), forte desaceleração frente ao resultado do primeiro trimestre (2,5%).

    A demanda interna continua alicerçando a atividade econômica do país, dado a estabilidade do emprego e alta dos salários. No segundo trimestre de 2014 observou-se alta tanto no consumo das famílias (+ 0,1%) quanto no consumo do governo (+ 0,1%) em relação ao primeiro trimestre, após os devidos ajustes sazonais. Já os investimentos (FBCF) caminham em sentido contrário: a formação bruta em máquinas e equipamentos recuou 0,4% nesta leitura, enquanto que na construção a queda foi de maior intensidade (-4,2%), sendo esse resultado influenciado em boa medida pela antecipação dos investimentos no primeiro trimestre. O setor externo também não contribuiu para o crescimento do produto, dado que a alta de 0,9% vista nas exportações foram superadas pelo crescimento de 1,6% das importações.

    PMI da Zona do Euro chega a 50,7 pontos em agosto

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação da Zona do Euro ficou em 50,7 pontos em agosto, de acordo com dados divulgados hoje (01/09) pelo instituto Markit. O resultado ficou levemente abaixo da estimativa (50,8 pontos) bem como do resultado de julho (51,7 pontos). Portanto, a taxa de crescimento do PMI foi a menor em 13 meses de divulgação do índice.

    Mostraram menor crescimento tanto a criação de novos empregos quanto a demanda por produtos. Alguns países, como França, Alemanha e Itália, tiveram fortes perdas no nível de emprego. De acordo com a publicação, a instabilidade geopolítica da região tem deteriorado os resultados da indústria de transformação. Todavia, a redução no número de estoques indica que a situação pode levemente melhorar nos próximos meses.

    Alemanha e França, as economias mais maduras da Zona do Euro, chegaram a 51,4 pontos e 46,9, respectivamente. Enquanto que na Alemanha era esperado resultado de 52,0 pontos, na França a expectativa situava-se em 46,5 pontos. A situação da França ainda permanece preocupante, evidenciada pela instabilidade política do país, principalmente na área econômica.

    De acordo com Rob Dobson, economista sênior da Markit, a indústria de transformação perdeu vigor no mês de agosto, o que tende a prejudicar a economia no terceiro trimestre do ano. Apesar da contínua melhora em alguns países, a desaceleração da Alemanha e a contínua instabilidade da França preocupa. Assim, espera-se mais medidas pelo BCE (Banco Central Europeu) para estimular a economia na região.

    PMI chinês desacelera e chega a 50,2 pontos em agosto

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação na China apresentou recuo na passagem de julho para agosto, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (01/09) pelo instituto Markit. O índice passou de 51,7 pontos para 50,2 pontos em agosto, constituindo desaceleração, já que ainda se encontra em expansão por estar acima de 50 pontos.

    A desaceleração reflete a queda nas vendas de bens e em novos negócios. Tanto a demanda interna quanto a demanda externa desaceleraram no mês de agosto. Com isso, também houve redução no nível de emprego do país. Todavia, as empresas estão vislumbrando maior nível de produção nos próximos meses.

    De acordo com o economista-chefe do HSBC na China, Hongbin Quo, a queda na demanda interna foi um dos motivos da desaceleração do índice. Mas, mesmo com esse menor ritmo, a indústria de transformação continua em expansão.

     
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